Revista

BRASIL-EUROPA

Correspondência Euro-Brasileira©

 

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Fotos de Werl: A.A.Bispo 2014 ©Arquivo A.B.E.
Foto antiga de Angelina no texto:
Gedenkbuch zur Jahrhundertfeier Deutscher Einwanderung (...) op.cit..

 

Revista Brasil-Europa - Correspondência Euro-Brasileira 150/12 (2014:4)
Editor: Prof. Dr. A.A.Bispo, Universidade de Colonia
Direção administrativa: Dr. H. Hülskath

Organização de Estudos de Processos Culturais em Relações Internacionais (ND 1968)
Academia Brasil-Europa
Instituto de Estudos da Cultura Musical do Espaço de Língua Portuguesa (ISMPS 1985)

© 1989 by ISMPS e.V. © Internet-edição 1998 e anos seguintes © 2014 by ISMPS e.V. Todos os direitos reservados
ISSN 1866-203X - urn:nbn:de:0161-2008020501

Doc. N°3124





Angelina (SC)
A pequena Lourdes do Brasil
e a tradição de peregrinações marianas de Werl na Vestfalia
P. Zeno Wallbröhl OFM (1866-1925) e P. Josaphat Immenkötter OFM (1877-1908)



Reflexões no Forum dos Povos dos Franciscanos em Werl


 
Werl. Foto A.A.Bispo 2014 ©Arquivo A.B.E

Com uma visita ao Forum dos Povos em Werl na Vestfália, museu franciscano que é um dos mais importantes e ricos em materiais dos vários centros etnológico-missiológicos da Europa, procurou-se aprofundar contextualmente estudos que vem sendo há muito desenvolvidos relativos às atividades de franciscanos alemães no Brasil.


Werl. Foto A.A.Bispo 2014 ©Arquivo A.B.E
A cidade Werl já tinha sido considerada na década de 70 no âmbito dos preparativos para o Simpósio Internacional „Música Sacra e Cultura Brasileira“ levado a efeito em São Paulo, em 1981, assim como ao colóquio que se seguiu em Petrópolis, principal centro franciscano a ser considerado em estudos culturais e musicais no Brasil.


Werl foi então lembrada sobretudo como local de edição de uma das principais publicações referentes às primeiras décadas das atividades dos franciscanos alemães no Brasil, chegados em 1891: a obra comemorativa dos 25 anos do ressurgimento da Província da Imaculada Conceição no Sul do Brasil, completados em 1926. (Festschrift zum Silberjubiläum der Wiedeererrichtung der Provinz von der Unbefleckten Empfängnis im Süden Brasiliens 1901-1926, Werl i. West.: Franziskus 1929)


Com a renovada popularidade do Franciscanismo na atualidade do Pontificado do Papa Francisco, que embora sendo jesuíta traz à consciência ideais e modos de procedimento franciscanos, pareceu ser oportuno retomar questões anteriormente tratadas sob novas perspectivas em Werl.


Essa necessidade decorreu também do fato de constatar-se hoje um recrudescimento religioso em várias partes do mundo e intentos de re-evangelização da Europa, assim como de fomento de um renovado espírito missionário em países como o Brasil, o que leva a preocupações por parte daqueles que aqui vêm problemáticos desenvolvimentos para uma visão do mundo e do homem que não se encontre em discordância com os conhecimentos alcançados pela ciência e para conquistas sociais e de Direitos Humanos.


Esses círculos de críticos não defendem uma sociedade exteriorizada e brutalizada, entregue somente a interesses materiais, ao lucro, e sem escrúpulos éticos, como é acusada a secularidade pelos anti-secularizadores, mas sim um humanismo que deve ser necessariamente compatível com os conhecimentos científico-naturais.


Esse conflito, que toma aspecto de uma nova „luta cultural“, pôde ser constatado anteriormente em Eichstädt, um dos principais centros universitários católicos da Alemanha, onde, na „Galeria dos Críticos da Igreja“ ali existente tomou-se conhecimento que um desses principais conflitos entre anti-secularizadores e aqueles que defendem desenvolvimentos seculares teve lugar em Werl. (Veja)


Werl. Foto A.A.Bispo 2014 ©Arquivo A.B.E

„Cidade de peregrinações“ na esfera da Província Franciscana da Saxônia


Foram protestos e campanhas informativas públicas que impediram que essa cidade fosse cognominada de „cidade de peregrinações“, o que passaria a ser citado em timbres, documentos oficiais e placas em estradas. O conhecimento desse conflito trouxe à luz, assim, relações entre peregrinaçãos e processos anti-secularizadores, ou seja, de reintensificação de elos da sociedade com a vida de igreja e a defesa da moral segundo normas eclesiásticas.


Werl. Foto A.A.Bispo 2014 ©Arquivo A.B.E
A pretendida designação de „cidade de peregrinações“ justificava-se pelo fato de ser Werl um dos principais, senão o principal centro de peregrinação mariana dos franciscanos na Alemanha.


Os peregrinos de diferentes comunidades, em particular da região de Münster, da Baixa Saxônia e de paróquias da área do Reno do norte, procuram em Werl uma imagem de Nossa Senhora ali venerada e que, - de extraordinárias qualidades artísticas e expressivas -, remonta à Idade Média, sendo pelo que tudo indica associada com região afastada, em meio à natureza.


A veneração dessa imagem cognominada como „consoladora dos aflitos“ deu-se até à época da Reformação na cidade próxima de Soest, quando foi afastada da igreja local, sendo então trazida para Werl em 1661.


O culto local é assim marcado nos seus fundamentos históricos com a época da Reforma e Contra-Reforma, assim como com a da intensificação de reforma interna da religiosidade da sociedade católica, levando a perseguições, à tortura e à queima de pessoas que fariam supor o seu risco, acusadas de feitiçaria.


A veneração foi primeiramente confiada a Capuchinhos, sendo que a igreja teve ser reconstruída de forma ampliada em fins do século XVIII devido ao grande número de peregrinos que a visitavam. Uma grande cisão na história religiosa local deu-se com a secularização, que levou à saida dos Capuchinhos em 1836. Reassumindo a direção das peregrinações em 1849, os Franciscanos mantiveram a memória e os ressentimentos dessa secularização. Êles próprios, porém tiveram que abandonar a cidade no contexto da „luta cultural“, em 1875.


Ao retornarem, em 1887, ainda que marcados por esse passado contra-reformatório e pelos traumas da secularização e da „luta cultural“, deram início a grandes atividades construtivas, com o intento de edificação de uma igreja de maiores dimensões, que substituisse a igreja barroca em estilo neoromânico correspondente ao espírito historista da época. Essa nova igreja, construída entre 1904 e 1906, foi consagrada no mês de Maria de 1911, sendo um dos grandes momentos da Ordem, celebrado em todo o mundo.


Culto mariano em Werl e aparições de Maria: Fátima de portugueses na Alemanha e Lourdes


O significado de Werl como centro mariano que abre possibilidades de estabelecimento de relações com outras localidades marcadas por aparições mais recentes de Maria revela-se no fato de ser hoje a cidade centro procurado por migrantes portugueses na Alemanha, que ali realizam grande procissão com a imagem de Nossa Senhora de Fátima.


Essa capacidade ainda hoje constatada de referenciação do culto mariano com diversas tradições locais e contextos, contribui à compreensão do grande significado que adquiriu a veneração de Nossa
Senhora de Lourdes em círculos franciscanos desde a segunda metade do século XIX.


A extraordinária importância das aparições de Lourdes de 1858 para o movimento de reintensificação católica e anti-secularizadora do século XIX explica-se pelo fato de vir de encontro não só à tradição religiosa secular da Imaculada Conceição, mas também à sua fixação dogmática pela Igreja.


Essas aparições, ocorrentes na gruta cuja denominação trazia
associações com „velha rocha“, ao lado da qual surgia uma fonte, atualizou e difundiu essas imagens de remotas origens na Antiguidade na linguagem visual do Catolicismo.


Também ao lado da nova igreja de Werl encontram-se oratórios em forma de grutas e cavidades em rochas. Segundo a tradição, teria sido Maria ela própria que teria pedido que os sacerdotes passassem a organizar procissões à igreja construida ao lado da gruta.


A notícia das aparições em Lourdes difundiu-se por todo o mundo católico, alcançando também o Brasil muito antes da vinda dos Franciscanos alemães. A própria Imperatriz Dona Thereza Christina (1822-1889), em viagem à Europa, que na sua religiosidade diferenciava-se de posições de Dom Pedro II, visitou Lourdes.


Entretanto, a maior propagação da veneração da Imaculada Conceição de Lourdes deu-se sob o regime republicano com a vinda de religiosos europeus para revitalizar não só a vida conventual como a religiosa da população, vista como secularizada. Para isso o fomento da frequência à igreja, da assistência a missas e ao recebimento dos sacramentos foi visto como passo fundamental para a revitalização e reforma da vida religiosa da população e da defesa da moral vista como em perigo ou decadente. A criação de comunidades segundo o novo espírito tornou-se centro das atenções sobretudo em povoados novos em regiões de expansão colonial até então cobertas de matas nos Estados do sul do Brasil.


Angelina na história da restauração católica dos Franciscanos alemães no Brasil


Um momento significativo e mesmo decisivo na história da ação anti-secularizadora, anti-modernista, moralizadora e reformadora do clero do fomento do culto à Imaculada Conceição na sua referenciação com a aparição de Lourdes na Província de mesma designação da Ordem Franciscana no Brasil deu-se na pequena cidade de Angelina, em Santa Catarina.


As ocorrências que levaram à esse significado da localidade na história da veneração e das suas peregrinações no Brasil podem ser estudadas segundo fontes históricas, a tradição transmitida no meio franciscanos e a tradição popular. O próprio visionário que criou a tradição escreveu cartas à sua mãe relatando os acontecimentos. Essas diferentes aproximações refletem-se no texto sobre Angelina publicado na Alemanha na mencionada obra do P. Cletus Espey relativa à história do restabelecimento da Província da Imaculada Conceição.


O autor abre o seu relato lembrando de um fato considerado como explicativo da denominação do lugar e que revela o seu sentido no movimento restaurativo religioso dos missionários, caracterizado pelo fomento à frequencia de missas e de outros atos sacramentais, surgindo aqui o batismo como sinal relevante da religiosidade das famílias. A localidade, anteriormente chamada Mondeo, foi rebatizada de Angelina segundo o nome da primeira criança que foi batizada na igreja construida pelos franciscanos.



„O vale silencioso, distante do mundo, era pouco conhecido até 1900 no próprio Estado. Os nossos padres de Santo Amaro visitavam uma vez por mês a localidade para ali desenvolverem os seus trabalhos de cura de almas. Hoje, Angelina é um famoso local de peregrinações, visitado quase que diariamente por peregrinos piedosos das proximidades e de regiões distantes.“(op.cit. 69)


Doença e sonhos visionários do Pe. Zeno Wallbröhl OFM na tradição de Lourdes


Na sua crônica, o Pe. Cletus Espey trata do papel desempenhado pelo Pe. Zeno Wallbröhl na implantação do culto, na construção da gruta e na introdução da prática das peregrinações.


„A causa (da transformação de Angelina em cidade de peregrinações) foi dada por um membro da nossa Província, P. Zeno Wallbröhl, cujo nome por todos os tempos permanece ligado com a história de Angelina. Numa grave doença, fêz êle a promessa à Mãe de Deus de, no caso de cura, fundar para ela uma gruta de Lourdes. Quando mais tarde, com alguns habitantes, procurou um lugar adequado, encontrou acidentalmente um gruta natural até então por ninguém conhecida de 80 metros de profundidade e 10 metros de largura, situada em terreno elevado, ao lado da qual de uma cachoeira caia a água nas profundezas. Feliz e surpreendido em encontrar ali todas as condições para o seu projeto, o P. Zeno determinou que essa gruta se tornasse um santuário da Mãe de Deus e incentivou o entusiasmado povo a abrir um caminho em serpentina, com 14 curvas, até os altos da gruta, que se encontrava
escondida totalmente nas matas. O dia 15 de agosto de 1907 foi escolhido para a sagração solene da gruta e da colocação de uma bela imagem de 1,90 metros de altura. Uma quantidade inumerável de pessoas acorreu nesse dia a Angelina e percorreu pela primeira vez em solene procissão as 14 curvas em direção à gruta, festivamente enfeitada. A partir desse dia começaram as peregrinações de súplicas dos fiéis, que de ano para ano aumentaram, de modo que o local, antes tão ermo, tornou-se uma pequena Lourdes. A pedido do digníssimo bispo diocesano, a Província decidiu fundar uma residência nesse local milagroso, que foi aberta em 1920. Ao mesmo tempo, o distrito foi elevado à paróquia independente sob o título de Imaculada Conceição de Angelina. O Pe. Gervasius Kraemer atuou ali como primeiro vigário e superior da casa. Como a vida religiosa pôde ganhar com isso pode-se ver da seguinte estatística:

No ano de 1907 foram distribuidas 1541 comunhões, no ano de 1925 já foram 23851“. (loc.cit.)


O Pe. Zeno Wallbröhl nascera na cidade de Erpel, na região média do Reno, próxima de Neuwied, Koblenz e Unkel, em esfera marcada pela irradiação cultural e religiosa de Colonia. Essa pequena cidade, profundamente religiosa, conheceu à época de sua infância casos de aparições que, se tivessem sido reconhecidos pelas autoridades religiosas, teriam possivelmente transformado o local numa outra Lourdes. Essa tradição mariana de Erpel pode explicar-se pela lembrança da passagem das relíquias dos Três Reis Magos pela cidade, quando foram transportadas de Milão a Colonia, e que se concentram na adoração do Filho de Deus e na veneração de sua mãe. Um antigo sino da igreja, fundido em 1641, revela essa tradição mariana de Erpel, sendo dedicado a Maria. Essa marca de sua formação pode, assim contribuir à explicação das decorrências das quais foi principal motor.


Tendo vindo ao Brasil com apenas 25 anos, P. Zeno Wallbröhl atuou na Colonia de Teresópolis (Águas Mornas). Conhecido pelos seus intensos trabalhos, a sua vida foi marcada pela tuberculose, dirigindo-se a Petrópolis para recuperar-se em clima mais favorável. Ali fêz a sua promessa que daria origem à introdução do culto a Nossa Senhora de Lourdes em Angelina.


Em 1899, em estado febril, teve então o sonho que foi interpretado como uma visão. A tradição conhece aqui diferentes variantes, constatando-se a interpretação segundo a qual o padre já teria visualizado a montanha coberta de matas, as rochas e a cachoeira, o que não corresponde àquela da crônica do P. Espey. As estações seguintes da sua vida após a cura foram Guaratinguetá em São Paulo e, a seguir, Santo Amaro da Imperatriz e São José em Santa Catarina. (Veja) Dali passou a visitar as capelas da região, entre elas Angelina.


Segundo a tradição - não considerada na crônica - o P. Wallbröhl teria tido nessa localidade outro sonho, no qual revelava-se ser ali o local adequado para a construção da gruta. Numa próxima visita a Angelina, teve um novo sonho, no qual se confirmava ser ali o ideal desejado para a gruta. O sonho repetiu-se em outra visita, de modo que se solidificou a presença de que se tratava de um desejo da própria Mãe de Deus. Foi então que ter-se-ia dado o episódio relatado na crônica e que levou ao descobrimento da gruta; segundo a tradição, porém, teria sido esta indicada pelo ruído das águas que se ouvia das matas.


A vinda da imagem para a gruta foi possibilitada pela sua mãe que, na Alemanha, sabendo da cura do filho e dos seus sonhos pelas cartas que este enviava, ofereceu em gratidão a Maria pelo seu restabelecimento a imagem que foi mandada ao Brasil e que reproduzia aquela de Lourdes, tendo esta chegada a Florianópolis em 1902, ou seja, muito antes da sagração da gruta. A história de Angelina pode ser assim considerada como uma recepção de Lourdes através da sua recepção na Renânia.



Significado de Josaphat Immenkötter OFM (1877-1908), franciscano nascido em Werl


No trabalho de construção do caminho e da preparação da gruta, o P. Zeno Wallbröhl foi auxiliado por outros franciscanos, sendo os trabalhos dirigidos por Frei B. Sasse und Frei Josaphat Immenkötter (1877-1908).


Este último merece ser considerado com especial atenção, pois nasceu em Werl, em 21 de novembro de 1877. Com isso, estabelece-se uma relação explícita com a tradição mariana de Werl. Tendo sido aceito no noviciado em 1899, foi enviado ao Brasil logo após a sua sagração ao sacerdócio, em 1904.  (P. Cletus Espey, op.cit. 157)


Após realizar os seus estudos teológicos em Blumenau, atuou no colégio dos franciscanos, sendo transferido para Gaspar, onde trabalhou na assistência religiosa, posteriormente em Santo Amaro. Foi nesse local que adoeceu do fígado, sendo que a sua moléstia não pôde ser curada, mesmo por renomados médicos de Porto Alegre. Compreende-se, assim, o seu empenho nos trabalhos de fomento ao culto de Nossa Senhora de Lourdes em Angelina.


O caminho com 14 voltas em Angelina, no qual trabalhou, corresponde àquele que se encontra em Werl, no qual as estações da via sacra podem ser vistas em grutas construídas para os passos.


Surgimento de novas tradições populares e a cultura popular religiosa consuetudinária


Com esse empenho do  Pe. Zeno Wallbröhl e com a participação do Frei Josaphat Immenkötter de Werl, os franciscanos, que tanto tinham criticado práticas religiosas e festivas da tradição luso-brasileira como exteriores, na realidade a substituiram por outras de sua época na Europa. O posicionamento perante a religiosidade popular demonstrou ser, aqui, justificado pelo costume adquirido durante a sua própria socialização e formação na Renânia e na Vestfália.


Em regiões coloniais não foram assim introduzidas as práticas religiosas e as formas de expressão festivas da tradição brasileira de remotas origens, mas sim outras que correspondiam àquelas da religiosidade popular da Europa do século XIX e que eram fomentadas pela Igreja a serviço da revitalização restaurativa e ultramontana do Catolicismo na França e na Alemanha.




De ciclos de estudos da A.B.E. sob a direção de

Antonio Alexandre Bispo






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Indicação bibliográfica para citações e referências: Bispo, A.A. (Ed.).“Angelina (SC). A pequena Lourdes do Brasil e a tradição de peregrinações marianas de Werl na Vestfalia. P. Zeno Wallbröhl OFM (1866-1925) e P. Josaphat Immenkötter OFM (1877-1908)“. Revista Brasil-Europa: Correspondência Euro-Brasileira 150/12 (2014:4). http://revista.brasil-europa.eu/150/Angelina.html