Massey Hall 1924 - E.P. Johnson e G. Novaes
ed. A.A.Bispo

Revista

BRASIL-EUROPA 156

Correspondência Euro-Brasileira©

 

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N° 156/14 (2015:4)


Massey Hall 1924:

E. P. Johnson (1878-1959) e G. Novaes (1888-1984)
Brasil em Toronto: memória musical II



Trabalhos da A.B.E. no Canada 2015. Telus: Centre for Performance and Learning, Royal Conservatory of Toronto
Edward Johnson Foundation, University of Guelph

 

Os anos que se seguiram à Primeira Guerra Mundial, de euforia para os países vencedores, foram marcados por uma intensificação de relações culturais, em particular musicais entre as nações que tinham lutado lado a lado. A consideração desses desenvolvimentos surge como sendo de particular importância para estudos de processos culturais referentes a cidades do continente americano, uma vez que em várias delas a década de 20 entrou na história como particularmente vital e marcada por fatos e decorrências de amplas consequências. (Veja)

Em ano no qual se comemora o Rio de Janeiro pelos seus 450 anos, torna-se assim oportuno recordar a intensificação de relações musicais entre o Brasil e a América do Norte nesse período de pós-Guerra.

Uma especial atenção merece Toronto devido à importância da comunidade de língua portuguesa nessa cidade e nas suas circunvizinhanças, assim como da prática musical de brasileiros ali residentes e de canadenses com vínculos artísticos com o Brasil. Trazer à consciência a história já longa de relações musicais entre Toronto, Portugal e o Brasil pode contribuir a uma diferenciação maior de perspectivas e a reflexões esclarecedoras em processos de transformação de identidades culturais de imigrantes e residentes. (Veja)

Dois marcos devem ser relembrados na história dessas relações canadenses-brasileiras através da música. Ambos se referem a concertos realizados no tradicional Massey Hall de Toronto e em ambos desempenhou papel preponderante a pianista brasileira Guiomar Novaes (1888-1984). O primeiro, realizou-se nos anos da Guerra, em 1917, e, com a sua finalidade patriótica, representou uma demonstração da solidariedade americana na Guerra. O segundo, em 1924, foi uma apresentação conjunta de dois artistas exponentes do Canadá e do Brasil, ambos estreitamente vinculados aos Estados Unidos. Tratou-se também de um evento nacional-patriótico, mas agora sob o signo do desenvolvimento promissor de elos entre nações vitoriosas.

Edward P. Johnson (1878-1959) e Beatriz da Veiga (†1919) e atualidade do tema

Arquivo A.B.E.
O cantor e empresário canadense Edward Patrik Johnson (Edoardo Di Giovanni) pode ser tomado como principal referencial para a consideração de interações culturais nos anos vinte do seculo XIX em Ontario.

Documentos a respeito de sua vida e de sua esposa Beatriz da Veiga são hoje conservados pela Edward Johnson Foundation na Universidade de Guelph, que tem como objetivo promover a educação musical pública.

A coleção é constituída por ca. de 70 caixas de materiais com diários, cartas, fotografias, gravações e outros documentos doados pelos netos do cantor, Sandra Scholey, de Londres, e Edward Drew, de Toronto. Relacionam-se em grande parte com a sua filha Fiorenza, casada com George Drew, de Guelph, personalidade da política conservadora de Ontario.

A vida da esposa de Johnson, Viscondessa Beatriz da Veiga, vulgo Bebe, foi recentemente tema de uma apresentação dramática e musical no Guelph Youth Music Centre, sendo o celebrado par representado pelo tenor Ryan Harper e por Marion Samuel-Stevens, acompanhados ao piano por Anna Ronai.

A obra baseou-se no livro All My Sweet Recall, de Gloria Dente, escrito a partir de cartas de Johnson e sua esposa. Sobretudo de Beatriz da Veiga dispõe-se de considerável número de longas cartas, algumas com mais de 20 páginas.

Formação e carreira de E. P. Johnson nos EUA e no Canadá

Nascido e falecido em Guelph, Edward Johnson teve a sua primeira formação musical em coro de igreja da sua cidade natal, apresentando-se como jovem solista em concertos que dividia com outros cantores. Foi essa prática de atuar em concertos como assisting artist nos quais também se apresentavam outros artistas que preparou e marcou a carreira artística de Johnson e o papel que desempenhou no intercâmbio cultural.

Como talento promissor, reconhecido pela contralto Edith Miller, dirigiu-se a Nova York, onde desenvolveu estudos e participou da vida musical e, a seguir, apresentou-se em Londres. Retornando aos Estados Unidos em 1902, passou a atuar em realizações que dividia com outros artistas de renome internacional, entre outros com Ernestine Schumann-Heink (1861-1936). (Veja)

Percorreu, em concertos assim divididos, várias regiões dos EUA e do Canadá. Ponto alto de sua carreira foi recital no Carnegie Hall, em 1904. No Canadá, apresentou-se como solista em Montreal, em 1904, como solista de Hiawatha de Samuel Coleridge-Taylor (1875-1912) e, em Toronto, em 1905, com o Toronto Mendelssohn Choir na execução do Salmo 13 de F. Liszt. A sua popularidade deveu-se também ao fato de ter aceito - ainda que com reservas- atuar em obras de maior alcance público, como em „Um sonho de valsa“ de Oscar Strauss (1870-1954) na Filadélfia, em Baltimore e por fim na Broadway, em 1907.

E. P. Johnson na Europa e contato com o meio cultural e artístico português

Em 1908, em Paris, trabalhou com Ricardo Barthélemy (1869-1937), pianista colaborador de Enrico Caruso (1873-1921), época em que conheceu aquela que seria a sua futura esposa, Beatriz da Veiga, personalidade que permite que se compreenda as suas relações com Portugal e artistas de lingua portuguesa. Dela, a fundação Edward Johnson guarda correspondência, em português, trocada com o seu pais, em Lisboa.

Decisivo na sua carreira foi a sua estadia na Itália, tendo sido para isso recomendado por Enrico Caruso. Estudou em Florença com um dos professores de Caruso, Vincenzo Lombardi, apresentando-se no Teatro Verdi de Padua, em 1912, no Teatro Costanzi de Roma, em 1912/13 e, em 1914, no Scala de Milão.

Relações com o Teatro Costanzi e viagens à América do Sul

A sua atuação no Teatro Costanzi deve ser particularmente considerada, uma vez que esse teatro esteve estreitamente relacionado com o Teatro Municipal do Rio de Janeiro, cujo empresário passou a ter a responsabilidade de realizações de estações líricas na capital do Brasil e na Argentina naqueles anos. (Veja) Significativamente, Johnson apresentou-se no Teatro Colón de Buenos Aires, em 1916.

Após a Guerra, Johnson retornou aos Estados Unidos, atuando como primeiro tenor na Opera de Chicago, em 1922, ano no qual deu-se a sua estréia no Metropolitan Opera de Nova York. Nessa época, ainda que atuando nos Estados Unidos, já era reconhecido como o maior cantor do Canadá e influente personalidade na sua vida musical.

Sempre ligado com a sua cidade natal, Johnson passou a promover a educação musical pública, o levaria dentre de alguns anos ao Guelph Musical Festival, em 1929, antecessor do Guelph Spring Festival.

Foi nesse período do desenvolvimento de sua carreira - antes à sua nomeação a empresário geral do Metropolitan Opera, em 1935, que deu-se os seus contatos e apresentação em conjunto com a pianista brasileira Guiomar Novaes .

Johnson e Novaes no Massey Hall em Toronto

Imperial Bank of Commerce, Toronto. Foto A.A.Bispo 2015
No dia 11 de Novembro de 1924, realizou-se, no tradicional Massey Hall, um concerto de Edward Johnson e de Guiomar Novaes.

Nem o cantor canadense, nem a pianista brasileira eram desconhecidos do público local, uma vez que ambos já tinham ali realizado apresentações.

O concerto reunia dois artistas que surgiam como estrêlas em duas esferas musicais, a da arte lírica e a da música instrumental, a do bel canto e da virtuosidade pianística. Essa apresentação conjunta dos dois celebrados artistas correspondia à prática de concertos divididos de Edward Johnson, com a diferença, porém, de que o artista que com êle participava do concerto não era uma cantora, mas uma pianista. Também o primeiro concerto de Guiomar Novaes em Toronto realizara-se juntamente com uma cantora, a soprano Anna Case. (Veja)

Representando artistas exponencias do virtuosismo, um vocal, e outro pianístico,o evento surgia como um espetáculo que necessariamente deveria atrair grande público e despertar sensação.

Ambos os artistas emprestavam especial atenção à conquista da simpatia dos ouvintes, ainda que com diferentes meios. Nos dois casos, os programas incluiam música conhecida e apreciada, incluindo algumas peças novas para o público canadense, no caso brasileiro, o Polichinelo de Heitor Villa-Lobos (1887-1959).

Organização a partir de New York

Os dois artistas tinham o seu principal centro de atuação em New York, tendo sido o concerto no Canadá ali organizado pelos agentes promocionais dos artistas.

O elo músico-cultural que aproximava Edward Johnson de Guiomar Novaes era aquele possibilitado pela estadia na França antes da Primeira Guerra dos dois artistas. Se através da já falecida Beatriz da Veiga, também formada e atuante em Paris, Johnson possuia contatos estreitos com o universo cultural franco-português, do lado brasileiro o marido de Guiomar Novais, o Dr. Otávio Pinto (1890-1950), que a empresariava, mantinha relações com a companhia responsável pelo Teatro Municipal do Rio de Janeiro, por sua vez vinculada ao Teatro Costanzi de Roma. (Veja)

Estas relações, porém, eram exclusivamente pragmáticas e relacionadas com o sucesso empresarial, uma vez que havia diferenças políticas fundamentais entre o posicionamento socialista de esquerda do empresariado lírico e a inserção de Edward Johnson e de Guiomar Novaes em correntes conservadoras da América do Norte.

Em primeiro lugar Edward Johnson - a presença de palco de Guiomar Novaes


O jornal Evening Telegramm de Toronto, na sua edição de quarta-feira, dia 12 de Novembro de 1924, salientou já no título do comentário do concerto realizado no dia anterior o fato espetacular da cidade receber mais uma vez a vista do grande cantor canadense. Apenas em segundo lugar dava-se as boas vindas à pianista brasileira.

Como em todos os demais jornais da cidade, o maior espaço nas críticas foi dedicado ao cantor, fato em si compreensível por tratar-se da mais celebrada personalidade canadense de projeção internacional na esfera musical. („Edward Johnson Back//At Memorable Recital//Exquisit Art and Golden Voice Charme Musical Toronto//Novaes Welcome, Too“).

„Guiomar Novais, a pianista brasileira, que em toda vez que aparece lembra a brilhante Teresa Carreno, novamente encantou Toronto com a sua versatilidade. Ela une uma força dinâmica que sugere a virilidade de nossos maiores pianistas homens com a delicadeza feminina que é quase que sobrenatural por vezes. Ela toca algumas das mais familiares composições para piano e deixa a sua audiencia sem fala com a interpretação nova que lhes dá. O seu primeiro número foi o Scherzo de Chopin Do Sustenido menor, e o aplauso ganhou a sua valsa mais familiar. O próximo grupo foi o Tambourin de Rameau, o noturno delicioso de Paderewski e o Polechinello de Villa-Lobos. Por último veio Feux-Follets de Philipp e Estudo Oriental de Szanto.“

Para o comentarista, o que mais impressionava na pianista brasileira era a sua presença no palco. Ela entrava com um ar despretencioso como se fosse „uma modesta secretária que fosse receber algum ditado“, transmitindo ar de eficiência. Sentando-se ao piano, porém, ela podia fazer com que se „sonhasse sonhos“.

Palco ornamentado de verde e flores e a distinção do público: uma noite ideal

O jornal The Globe, também no dia que se seguiu ao concerto, salientou as dimensões sociais do evento. A idéia condutora do
texto era a da sintonia entre público de alta distinção social e a atmosfera do teatro para a fruição estética.

„Uma casa lotada saudou Eward Johnson e Guiomar Novaes na noite passada no Massey Hall com demonstrações repetidas de entusiástica admiração e enorme prazer. O palco estava ornamentado com flores, a audiencia era distinta, tanto social como musicalmente, e toda a atmosfera estava perfeitamente em sintonia para o mais fino prazer estético.

Como uma análise detalhada do programa foi publicada nesta coluna ontem, e os dois artistas visitantes não eram apenas figuras mundiais, mas tmbém bem conhecidos dos frequentadores de concertos de Toronto devido a apresentações anteriores nesta cidade, apenas é necessário aqui um comentário bem breve.

O Sr. Johnson cantou quatro peças, do gênero o mais leve e doméstico, em resposta a pedidos prolongados e insistentes. A sua voz  vai de grande suavidade, calor e charme simpatético, mostrando particularmente na encantadora carícia do refrão da berceuse de Brahms todo o caminho até as mais elevadas alturas de grande tenor de ópera de verdade. A ária de Giordano culminou numa magnífica demonstração de arte vocal, enquanto o Puccini foi simplesmente estupenda, tanto do aspecto lírico como no dramático.

A Srta. Novaes mostrou como o verdadeiramente grande toque do piano pode ser altamente insprrante. Tons cantantes, notas claras, sonorididade perfeitamente arrrendondada e gotas de tons doces, energia e vitalidade gloriosa, desteridade de incrível pirotécnica, delicadeza, cor radiante, variedade infinita - mas não se pode tentar catalogar as suas perfeições. A sua primeira peça foi a familiar valsa de Chopin, tocada com distinção aristocrática e com o maior charme. A sua segunda peça foi uma completa enciclopédia da arte pianística: antes de nossos olhos ela transformou o piano numa harpa, num alaúde, numa dezena de diferentes instrumentos na sua deliciosa execução do arranjo de  Saint-Saens‘s da Alceste de Gluck. A sua terceira peça foi outra de beleza envolvente e transcrição variada, o arranjo de Ignaz Friedman de Les Ballets des Ombres Heureuses, do Orfeo de Gluck.

Foi uma noite ideal.“ (The Globe, Toronto, Wednesday, November 12, 1924)

„A única pianista mulher a quem não se pode aplicar o adjetivo feminino“

O comentário do jornal The Mail and Empire não foi o único que salientou o fato da pianista ser mulher, cuja arte, porém, podia ser comparada em virilidade com a de pianistas homens.

Também não foi o único jornal que lembrou, sob esse aspecto, de uma outra pianista latino-americana, a venezuelana Teresa Carreño (1853-1917), errôneamente designada como brasileira.

Essa comparação da já falecida „rainha do piano“ com a nova explicava-se pela formação pianística francesa das duas artistas. As duas artistas aproximavam-se também através do vulto de Louis Moreau Gottschalk (1829-1869): Carreño tinha sido sua aluna em Nova York, e Guiomar Novaes fechava os seus recitais com a fantasia sobre o Hino Nacional Brasileiro desse pianista-compositor. (Veja)

„Quando dois artistas, que podem cada um por si dar um recital sozinho absolutamente satisfatório visitam juntos uma cidade, o resultado soma-se a uma extraordinária riqueza. Edward Johnson o mais fino artista entre os tenores que nos visitam, apareceu em companhia com a amável pianista Guiomar Novaes, que não tinha sido ouvida aqui há anos. No primeiro entusiasmo de ouvir a sua execução novamente, tende-se a dizer que Miss Novaes é a rainha dos pianistas. Não se pode lembrar outra mulher desde o falecimento de Teresa Carreno, outra brasileira (sic!), de resto, que tem a amplidão de estilo e a virilidade masculina dessa jovem mulher. Houve apenas algo grave nesse concerto da noite passada - quando o Sr. Johnson estava cantando, desejava-se que ele desse todo o recital por inteiro, e quando Miss Novaes estava tocando, desejava-se que permanecesse no palco toda a noite.

Para o comentarista do The Mail and Empire, a riqueza de cores no toque de Guiomar Novaes era a sua mais notável qualidade. Ela possuia um grande tom, do tipo que costumava ser designado como orquestral, mas era infinitamente variado. Por vezes parecia modificar a textura de obras, como no Scherzo de Chopin, onde o tema e as passagens ornamentais eram distintamente contrastadas. Apesar da grande sonoridade, era notável a clareza que definia as diferentes partes de uma composição. Somando-se ao brilho da sua técnica e sonoridade, a pianista brasileira possuia poder emocional. Ela colocava um nota fortemente passional mesmo em peças grotescas como no humoresco Polichinelo de Villa-Lobos. Ela nunca era uma intérprete friamente cerebral. Tinha originalidade, e tudo o que oferecia parecia conter algo inusitado e novo, talvez às vezes em liberdade que poderia contrariar pianistas acadêmicos que desejassem sempre as mesmas interpretações. De fato, a maior parte das composições apresentadas não era a de clássicos estabelecidos. Eram todas interessantes, do pitoresco Tambourin até ao Noturno de Paderewski, ou pelo menos, a pianista fazia com que assim surgissem.

„Of course, she has stirring rhythm and she can make her instrument sing a lyric passage too. Miss Novaes ist the one woman pianist heard here in recent years to whom the limiting adjective feminine cannot be applie. There are only one or two pianists of either sex who can stir the pulses as she does.“ (The Mail and Empire, Toronto, Wednesday, November 12, 1924)

Augustus Bridle (1868-1952) no The Toronto Daile Star

Um crítico que particularmente apreciou a pianista brasileira foi Augustus Bridle. De modesta origem inglesa, enviado como órfão a Hamilton, Ontario, passou a atuar no jornalismo em 1903. Bridle escreveu para o Herald de Stratford, para o Toronto News e o Bulletin de Edmonton. A partir de 1908, atuou como editor do Canadian Courier e do Musical Canada e foi motor do Arts and Letters Club of Toronto.

A partir de 1922, Bridle passou a escrever críticas musicais para o Toronto Daily Star. Escreveu sobre a música e músicos canadenses no Canadian Courier de 12 de Outubro de 1912. Foi autor de ensaios sobre música publicados no The Year Book of Canadian Art 1913, membro do Toronto Mendelssohn Choir e promotor do grupo de pintores canadenses conhecido como „Grupo dos Sete“.

Segundo êle, a música em Toronto e em Montreal deparava-se com problemas de isolamento e regionalismo, sendo o primeiro que tentou fazer um levantamento da situação da criação musical no Canadá. Escreveu Sons of Canada (Toronto 1916).

Organizou nos anos 20 concertos de „boa música“ - posteriormento os Star Fresh Air Fund concerts - assim como concertos livres de música de fama e de natal, participando na criação do Canadian National Exhibition Chorus.

Guiomar Novaes inspired everybody. This little black-haired senorita from South America has a wonderful gift. She has the strength of a man, the fire of a poet and the reserve of a true artist. Her playing of the Chopin Scherzo was as clean and strong as a north wind or a blck-smith‘shammer. We seldom her such unisons and the harmonic runs against the melodic bass were lovely arabesques in fugres; a more virile even if less passionate Chopin than most we are accustomed to hearing.“ (The Toronto Daile Star, Toronto, Wednesday, November 12, 1924)


De ciclo de estudos da A.B.E.
sob a direção de
Antonio Alexandre Bispo


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Indicação bibliográfica para citações e referências:
Bispo, A.A.(Ed.). „ Massey Hall 1924. E. P. Johnson (1878-1959) e G. Novaes (1888-1984). Brasil em Toronto: memória musical II“.
Revista Brasil-Europa: Correspondência Euro-Brasileira 156/14 (2015:04). http://revista.brasil-europa.eu/156/Johnson_e_Novaes_1924.html


Revista Brasil-Europa - Correspondência Euro-Brasileira

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ISSN 1866-203X - urn:nbn:de:0161-2008020501


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Instituto de Estudos da Cultura Musical do Espaço de Língua Portuguesa (ISMPS 1985)
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