Itália-Brasil-USA no Ano Carlos Gomes 1986

ed. A.A.Bispo

Revista

BRASIL-EUROPA 161

Correspondência Euro-Brasileira©

 

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N° 161/17 (2016:3)



All roads leads to the world's fair


Itália - Brasil - Estados Unidos
nas comemorações do "Ano Carlos Gomes" de 1986

The A. Carlos Gomes Fund de New York
e Carlos Gomes na perspectiva histórica dos mórmons

50 anos de homenagem a Carlos Gomes em São Paulo (1966)

40 anos do início dos trabalhos do programa euro-brasileiro em Milão (1976)

30 anos do Ano Carlos Gomes (1986)



 

Relações e interações entre o Brasil, a Europa e os Estados Unidos vêm sendo consideradas sob diversos aspectos nos estudos culturais e sobretudo musicais das últimas décadas conduzidos no âmbito da Academia Brasil-Europa e do Instituto de Estudos da Cultura Musical do Espaço de Língua Portuguesa (I.S.M.P.S.), como é demonstrado em várias edições da Revista Brasil-Europa. (Veja)


Dirigindo a atenção a processos, orientação de movimento iniciado em São Paulo, em 1966, o programa euro-brasileiro, desde o seu início na Alemanha, em 1974, não poderia deixar de ver as relações Europa-Brasil no contexto mais abrangente daquelas entre o Velho e o Novo Mundo na história dos descobrimentos, da colonização, da missão e de desenvolvimentos posteriores.


Relativamente à história dos encontros da era das grandes navegações, o olhar volta-se aqui às relações interno-européias nos seus elos com processos desencadeados no continente americano, surgindo aqui Colombo como principal figura histórica na problemática de prioridades quanto a iniciativas e feitos pioneiros entre Portugal, Espanha e Itália.


Não só o olhar dirigido ao passado, mas também aquele às relações mais recentes, em particular àquelas remontantes a situações causadas pela Primeira Guerra é de grande significado, pois nesses desenvolvimentos em dimensões globais se inserem correntes do pensamento, da prática e de rêdes de contatos e intercâmbios que determinam o presente.


Os estudos de processos culturais com a sua tendência antes histórica de análise de decorrências no tempo não podem ser assim conduzidos separadamente da preocupação de consideração consciente de correntes e de rêdes sociais e culturais que condicionam os próprios estudos (science studies, Wissenschaftswissenschaft).


A constatação de que a própria pesquisa é marcada pela inserção de pesquisadores em determinado contexto histórico e em processos político-culturais, o que condiciona perspectivas e interpretações, foi e é de particular significado sob a perspectiva do interamericanismo.


Nas estreitas relações com Francisco Curt Lange (1903-1997), o principal nome do americanismo musical, considerou-se repetidamente a contextualização histórica dos seus empenhos das décadas de 30 e 40, assim como a necessidade de sua atualização.


As transformações na configuração interno-européias, das relações entre a Europa e os EUA e dos países americanos entre si após a Segunda Guerra e sobretudo no âmbito dos anelos de superação da divisão européia e de sua integração não podiam deixar de ser considerados na atualização de perspectivas do americanismo jusical


Essas reflexões tornaram-se particularmente atuais no âmbito de projeto dedicado às "Culturas Musicais na América Latina no século XIX" desenvolvido no Instituto de Musicologia da Universidade de Colonia a partir de 1975. (Veja)


De iniciativa de musicólogo de orientação histórica, mas desenvolvido na área da Etnomusicologia, esse projeto motivou a consideração mais atenta de expressões populares comuns remontantes à Europa comuns a vários países as Américas e a músicos que, com formação européia, atuaram também em diferentes países do continente. Entre êles, salientou-se compreensivelmente Antonio Carlos Gomes (1836-1896), considerado como o maior compositor de óperas das Américas, que atuou em evento de importância das relações entre o Brasil do Segundo Império e os EUA e que deixou uma obra de fundamental importância sob o aspecto euro-americano: Colombo.


Consequentemente, foi Colombo - o principal marco das reflexões assim conduzidas, e que, nos anos seguintes, foram prosseguidas em cooperação com o musicólogo norte-americano Robert Stevenson (1916-2012). A expressão máxima dessas relações deu-se no Congresso Brasileiro de Musicologia realizado no Rio de Janeiro pelos 500 anos do descobrimento da América, em 1992, o "Ano Colombo", quando Robert Stevenson apresentou, como conferência inaugural, estudo que inseriu a obra de Carlos Gomes na história cultural da memória de Colombo à época de Carlos Gomes na Itália e que teve também expressão em criações de outros compositores.


A programática desse congresso de 1992 não pode ser assim compreendida sem o desenvolvimento das reflexões dos anos que a precederam, e entre elas salientaram-se aquelas encetadas por ocasião da celebração do sesquicentenário de Carlos Gomes, em 1986.


Transcorridos 30 anos do "Ano Carlos Gomes", surgiu como oportuno recordar as relações entre os EUA, a Itália e o Brasil que foram então revitalizadas. Como não poderia deixar de ser, foram particular significado para as iniciativas comemorativas em Milão, cidade de excepcional significado na vida do compositor brasileiro. Com base nos materiais conservados no Civico Istituto musicale instalado na Villa Gomes em Maggianico-Lecco, sob a direção de Gianluca Cesana, (Veja) pôde-se considerar alguns aspectos dos elos entre iniciativas e desenvolvimentos nos EUA e em Milão.


Carlos Gomes nos EUA nos estudos italianos


Os materiais ainda hoje conservados na Villa Gomes das comemorações de 1986 em Milão dão testemunho de estudos sobre a atuação de Carlos Gomes no EUA desenvolvidos com base documental mais consistente no âmbito do Centro culturale Italo-Brasiliano de Milão e que faz supor o empenho sobretudo de Gaspare Nello Vetro.


Principal fonte para esses estudos foi cópia do jornal The Chicago Herald, de 8 de setembro de 1893. Sob o título "All roads lead to the world's fair", encontra-se relato do World's Fair Bureau de significado para a consideração do contexto onde se deu a atuação de Carlos Gomes e sua recepção pelos norte-americanos. A matéria é ilustrada com um desenho do palácio da exposição, o mesmo que, posteriormente, foi reedificado no Rio de Janeiro como Palácio Monroe.



Merece atenção o pêso dado à aparência do compositor - e do público em geral - o que corresponde àquele também registrado quando da sua chegada em Milão, décadas atrás. Se agora a sua aparência já não era mais "selvagem", trazendo marcas de distinção, a côr de sua pele continuava a ser registrada.


"Maestro Carlos Gomes is the Brazilian master of music. He has a bronzed countenance, a pair of flashing eyes, a thin and whitening mustache and iron-gray hair falling nearly to his shoulders. It was only natural that, having como all the way from Brazil to conduct the concert on the day of Brazilian independence, he should be given a great welcome."


O registro do jornal adquire interesse também para a história da presença do Brasil e da história da comunidade brasileira nos Estados Unidos. É digno de menção que, como emblema do país, todo o brasileiro presente trazia um pequeno arco com as cores nacionais, o que demonstra o quanto o indígena ainda marcada a identidade nacional.


"Music hall held several hundred invited guests. The entire Brazilian colony was there. The men were dark and handsome. They wore long coats, carried silk hats and shook hands with their guests. The señoras and señoritas hat reserved seats in a section was hung with folds of green and gold. Every true Brazilian wore a little bow made of the national colors. Very fw people knew, perhaps, that 200 Brazilians are at the Columbian Exposition. The guests of the day included many Fair officials and members of the foreign commissions."


Não sem leve ironia - que transpassa toda a matéria, o jornal oferece um pormenorizado relato da execução musical.


"The Exposition orchestra played, the great Brazilian master waved the baton and the whole programme was punctuated with roussing cheers, bravos and floral offerings. When Maestro Carlos Gomes first came on the stage his contrymen rose to their feet and greete him with waving hats and fluttering handkerchiefs. The first orchestral number of the programme was the dashing symphony of the opera Il Guarany. At its conclusion the happy Brazilians cheered for the maestro, who in turn applauded the orchestra. Mr. Al. Boetti, the tenor, sung the romance of the opera Salvator Rosa and Miss Kate Beneberg, the soprano, gave a ballad from the opera Il Guarany. Both singers were applauded to the echo and another outbreak of enthusiasm awaitet Mr. Orme Darval, the basso, who appeared later in the programme. Every participant in the concert received armloads of roses. At each presentations the audience arose and filled the air with bravos, which were well deserved. The concert was of the highest order of merit. All the music was of Brazilian compositions, selected from the operas of Condor, Il Guarany, Salvator Rosa, Fosca and Schiavo."


Sob o signo do Arco Iris: The A. Carlos Gomes Fund da Arcenciel Opera Company



A principal iniciativa norte-americana referente a Carlos Gomes que refletiu em Milão foi aquela da instituição de The A. Carlos Gomes Fund da Arcenciel Opera Company, funada em 1981 e sediada em New York, empreendimento sem interesses lucrativos, supervisionada e dedicada exclusivamente à apresentação das obras do compositor. O corpo diretivo de The Arcenciel Opera Co., Ltd constava, além do seu diretor geral Earl L.H.Baker, Chris Nance como Musical Consultant, e Marshall J. Gluck, Emily Madoff e William G. Plumb.


Com o intento de procura de apoiantes, várias instituições, também da Itália e do Brasil, receberam, em 1984, cartas e materiais apresentando o projeto e solicitando contribuições financeiras. Assim como Campinas, também o Centro Culturale Italo-Brasiliano de Milão recebeu materiais apresentando os intentos a serviço da obtenção de verbas.


O Diretor Geral do fundo foi Earl L.H. Baker. Nas suas palavras de apresentação do projeto, Baker relembra a passagem dos 150 anos do compositor, designado como o mais brilhante do Brasil do século XIX e que, durante a sua vida, compôs oito óperas, duas cantatas, um oratório, duas óperas bufas, além de numerosas obras orquestrais e canções de todos os tipos.



Baker salienta os elos de Carlos Gomes com os EUA, lembrando ter sido o compositor convidado a ir aos EUA em 1893, ali regendo excertos de suas óperas na Columbian Exposition de Chicago.


A seguir, Baker salienta a necessidade de apresentação de óperas de Carlos Gomes nos EUA para o preenchimento de uma grave lacuna. Muitas de suas árias e duetos existiam em gravações de artistas de renome - Baker apresentava aqui uma lista - tais quais Enrico Caruso, Beniamino Gigli, Bidu Sayão, Emmy Destine, Giacomo Lauri-Volpi e Pasquale Amato; entretanto, nunca teria havido uma apresentação completa de uma de suas óperas nos Estados Unidos. Foi assim para corrigir esse lapso que The Arcenciel Opera Company criara o A. Carlos Gomes Fund. O objetivo da campanha era alcançar a soma de um milhão de dólares, que seria administrada por The Arcenciel Opera Company através de um conselho de especialistas de ópera e que se orientavam segundo princípios de excelência. O fundo deveria ser empregado na aquisição de partituras, na pesquisa da música, do drama e da necessária tradução de materiais.


O projeto da apresentação completa das óperas que seriam executadas exatamente como compostas por A. Carlos Gomes previu a de Lo Schiavo, em 1985, e a de Il Guarany, no ano do sesquicentenário, em 1986. Ambas deviam ser apresentadas em versão de concerto por artistas e orquestras de renome internacional com o objetivo de angariar fundos. Cada concerto, com a participação de coros e orquestras, exigia uma quantia de 150.000,00 dólares. Já se encontrava em ação uma larga campanha para a obtenção de fundos nos EUA, esperava-se porém a participação de firmas e instituições brasileiras, assim como da comunidade brasileira nos Estados Unidos, o que seria de grande significado para o intercâmbio cultural entre as nações do continente do qual A. Carlos Gomes era nativo.


O caderno de apresentação do projeto inclui excertos de Lo Schiavo, lembrando-se ser baseado em texto de Alfredo Taunay e ter tido a sua estréia em 27 de setembro de 1889 no Teatro D. Pedro II, no Rio de Janeiro. Os excertos publicados foram aqueles de duas árias em versão para canto e piano: a ária Sogno d'Amore e Traditor, La Guista Vendetta, do Ato IV.


De Il Guarany, Baker publicou, também em redução, excertos da Protofonia, da ballata C'era una volta un principe, do II ato, e o dueto Sento una forza indomita, do I Ato.


Impacto de estátuas dos jardins do Teatro Municipal de São Paulo para o empresário


O interesse de Baker por Carlos Gomes tinha sido despertado em 1964, quando, em viagem com o Robert Shaw Chorale a São Paulo, vira, nos jardins do Teatro Municipal de São Paulo, as estátuas de personagens de óperas de A. Carlos Gomes. Retornando a New York, passou a estudar todos os livros que encontrava com dados sobre o compositor, interessando-se sobretudo por Lo Schiavo. Não tendo encontrado a redução para piano da obra no Brasil, passou a procurá-la em diferentes bibliotecas e arquivos dos EUA. Em 1979, por acaso, passou a ter em mãos uma edição para voz e piano da obra, editada pela casa Ricordi. Estudando-a, ficou entusiasmado pelas suas qualidades: "The music was magnificent, far beyond my expectations. It took well over a year and a trip to Italy before I was able to secure the rights to produce Lo Schiavo in the United States."


O papel de Carlos Gomes como "man of color" no interesse por questões étnicas


A Arcencial Opera Company, através do A. Carlos Gomes Fund encontrava-se agora na posição única - devido à posse de direitos - de apresentar não só Lo Schiavo, mas outras obras de Carlos Gomes aos amantes do gênero nos EUA. Para além de Lo Schiavo e de Il Guarany, Baker pesquisou e localizou outras obras referentes a "ethnic peoples" dos quais nunca tinha ouvido falar.


O seu objetivo não seria só o de apresentar essas obras aos amantes da ópera nos EUA, mas também o de promover "ethnic performers" talentosos de modo que estes pudessem se identificar com a sua herança cultural e histórica. Citando Charles Pradez, em menção de 1872 em Nouvelles Etudes sur le Brésil,  lembra ter sido Carlos Gomes, como único músico de maior relêvo produzido pelo Brasil, um "man of color".


Oportunidade da lembrança de Carlos Gomes na atualidade de guerras


Baker salienta que Gomes compôs Lo Schiavo em comemoração à emancipação dos escravos de 1888 e esse fato vinha de encontro a preocupações da atualidade, não só por tratar-se de questões étnicas, do interesse pela história da escravidão nos anos 80, como também por relacionar-se com guerras. Na apresentação a ser feita pela companhia Arcenciel, incluir-se-ia novamente a ária dramática Guerra... cantada por Ilara no terceiro ato. Essa ária do original de 1888 não se encontrava nas edições posteriores, mas adquiria particular significado na atualidade. O drama de Lo Schiavo não era assim só de significado para o Brasil, pois podia ser também relocalizado nos EUA ante-bellum da época. No mundo atual, marcado por convulsões, haveria a necessidade de unidade através de intercâmbios e compreesão. Para isso, nada melhor seria a música, e para isso contribuiriam aqueles que financeiramente, apoiassem o fundo da companhia do empresário.





Carlos Gomes e a história da América segundo concepções dos mórmons


Em visão retrospectiva, surge como merecedor de ser registrado que o "Ano Carlos Gomes" de 1986 encerrou-se, em Milão, com apresentações de algumas de suas obras em concerto realizado no ambiente mormônico da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias  no dia 21 de novembro de 1986 em Milão.


Essa sessão musical constituiu a segunda parte de evento de título "Antichi Popoli d'America" presidido por Mario Ghidini e dirigido por Franco Ferreri.


Após o hino de abertura, o canto comunitário de N° 85 "Il Mattino era sereno", seguido de pregação de Stefania Controzorzi, deu-se a apresentação de Franco Ferrari, que traçou um panorama dos anais do povo de Nefi e também dos Lamanitas e do livro de Ether, "scritti per comandamento, sigillati e tenuti nascosti dal Signore affinchè non venissero distrutti, per poi tornare alla luce per dono e potere di Dio ed essere interpretati".


A "presentazione del Compositore brasiliano Carlo Gomez" deu-se na segunda parte da sessão, intitulada Momenti Musicali. Foram apresentadas as canções Mamma Dice,
Rondinella e Bonheur,  interpretadas por Judy Moore, soprano dramática, acompanhada ao piano por Gabriella Perucchuini.


A inclusão do compositor brasileiro em programa que teve a participação de musicistas de diversos países revelava a convicção de seus organizadores do papel relevante desempenhado pela ópera no desenvolvimento cultural de cidades de todo o mundo à luz da concepção historiográfica do livro Mormon.


Essa apresentação de Judy Moore pode ser vista como significativa no estudo das relações entre os EUA, a Itália e a memória de Carlos Gomes no seu sesquicentenário. Tendo-se formado em música e ópera pela University of California in Los Angeles,
transferira-se para Milão, onde aperfeiçoou-se com Renata Tebaldi (1922-2004), tornando-se renomada intérprete de Verdi e Puccini.


Judy Moore tornou-se conhecida na Alemanha por ter estabelecido um centro de artes da performance em Regensburg, onde dedicou-se à promoção de novos talentos. De retorno aos Estados Unidos, fundou o Las Vegas Voice Studio, difundindo técnica de canto na tradição de Renata Tebaldi, publicando artigos em jornais e atuando como vice-presidente do corpo diretivo da Opera Las Vegas.


A personalidade, porém, que merece ser principalmente salientada na inclusão das obras de Carlos Gomes na solenidade da igreja de Milão é a pianista italiana acompanhante, Gabriella Perucchini. docente de piano no Conservatorio Giuseppe Verdi de Turim. Também estudiosa de história das religiões e do mundo antigo, compreende-se a sua participação no evento "Antichi Popoli d'America", onde a história dos elos do continente americano com a história bíblica foram apresentados segundo concepções dos mórmons.



De ciclo de estudos sob a direção de

Antonio Alexandre Bispo



Atenção: este texto deve ser considerado no contexto geral deste número da revista. Veja o índice da edição


Indicação bibliográfica para citações e referências:
Bispo, A.A. (Ed.).“ Itália - Brasil - Estados Unidos nas comemorações do "Ano Carlos Gomes" de 1986. The A. Carlos Gomes Fund de New York e Carlos Gomes na perspectiva histórica dos mórmons “
.Revista Brasil-Europa: Correspondência Euro-Brasileira 161/17 (2016:03). http://revista.brasil-europa.eu/161/Carlos_Gomes_Brasil-Italia-USA.html


Revista Brasil-Europa - Correspondência Euro-Brasileira

© 1989 by ISMPS e.V. © Internet-edição 1998 e anos seguintes © 2016 by ISMPS e.V.
ISSN 1866-203X - urn:nbn:de:0161-2008020501


Academia Brasil-Europa
Organização de Estudos de Processos Culturais em Relações Internacionais (ND 1968)
Instituto de Estudos da Cultura Musical do Espaço de Língua Portuguesa (ISMPS 1985)
reconhecido de utilidade pública na República Federal da Alemanha

Editor: Professor Dr. A.A. Bispo, Universität zu Köln
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Corpo administrativo: V. Dreyer, P. Dreyer, M. Hafner, K. Jetz, Th. Nebois, L. Müller, N. Carvalho, S. Hahne
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Fotos A.A.Bispo ©Arquivo A.B.E.