Rovereto, Trento e Brasil - Riccardo Zandonai

ed. A.A.Bispo

Revista

BRASIL-EUROPA 162

Correspondência Euro-Brasileira©

 

N° 162/4 (2016:4)





Rovereto, Trento e Brasil
Do irredentismo ao fascismo na música e na "poesia d'oltroceano" de entre-guerras

O Hymno Triumphal a Carlos Gomes de Riccardo Zandonai (1883-1944)



Estudos euro-brasileiros em Trento 2016, Città della Pace. Società Filarmonica V. Gianferrari

 

O recrudescimento de nacionalismo na Europa da atualidade e os movimentos que defendem antes uma "Europa de nações" ao contrário de uma Europa sentida como organismo supra-nacional de muitos países levam a tentativas de procura e de paralelos na história e de análises de consequências de desenvolvimentos similares no passado. (Veja)


Neste sentido, os processos que levaram à configuração de estados nacionais no século XIX e prepararam os nacionalismos do século XX merecem particular atenção. A  passagem dos cem anos da Primeira Guerra Mundial traz à consciência o marco crucial representado pela hecatombe bélica de 1914-1918 no processo político que definiu em linhas gerais a constelação das nações européias que ainda hoje vigora e no qual também o Brasil participou.


Esse processo se manifesta de forma particularmente expressiva na derrocada do Império Áustro-Húngaro, o estado de "muitos povos", de diferentes etnias, línguas e tradições, e que representou, sob muitos aspectos, o fim da antiga ordem européia.


A Itália merece neste contexto uma consideração especial sob a perspectiva dos estudos euro-brasileiros devido aos elos particularmente estreitos entre as duas nações e em particular devido à grande emigração italiana ao país e ao significado das colonias ítalo-brasileiras assim originadas, também e sobretudo sob o aspecto cultural.


O movimento de unificação itálica e a fundação do reino nacional no decorrer do século XIX levou, no âmbito de aspirações do Irredentismo de integração de regiões de mesma cultura e língua em nação definida territorialmente, a conflitos em territórios fronteiriços do plurinacional Império Austro-Húngaro.


Nas lutas da Primeira Guerra, foram essas regiões do norte da Itália mais atingidas e que mais experimentaram os conflitos de tendências contrárias e as transformações causadas pelo desfecho da guerra.


O maior museu de história militar da Itália encontra-se justamente numa cidade dessa região, Rovereto, nas proximidades de Trento, no vale do Etsch/Adige, o Museo Storico Italiano della Guerra, assim como o Ossario Castel Dante, com os restos mortais de ca. de 20.000 soldados caídos na guerra.


Pertencente ao Tirol austríaco, ali se encontravam, em 1914, estacionadas várias unidades militares reais e imperiais da Áustria, quando, em 1915, a cidade foi alvo do ataque italiano. Até 1919, forças austríacas ainda mantiveram posições nas circunvizinhanças. A intensidade dos combates e a grande perda humana levaram a que a cidade passasse a ser considerada como um fanal que clama pela paz, o que se manifesta na sua própria designação de Città della Pace e no sino de paz para os caídos de nome Maria Dolens - La Campana Internazionale dei Caduti, fundido em 1924 em Trento com o metal dos canhões das nações envolvidas.


Pro Patria em Rovereto. Monumentos em Bozen/Bolzano e em Trento


Bolzano. Foto A.A.Bispo 2016. Copyright
O maior monumento da italianidade da região do Trentino-Alto Adige é o dedicado a Dante Alighieri (1265-1321) em Trento e que se relaciona estreitamente com o movimento político-cultural de Rovereto, onde, em fins do século XIX, criara-se a organização Pro Patria.


Do lado austríaco-alemão levantara-se em Bozen/Bolzano, em 1889, um monumento ao poeta-cantor medieval Walther von der Vogelweide (cca. 1170-ca.1230), manifestando e afirmando simbolicamente na figura idealizada do maior representante da lírica alemã e dos mestres-cantores, a presença da língua e da criação poético-musical alemã na cidade e região.


Em Trento, os patriotas italianos procuraram, em contrapartida, salientar a italianidade do Trentino com o monumento a Dante. Realizando-se um concurso, este foi vencido pelo artista plástico Cesare Zocchi (1851-1922), sendo iniciado em 1893. Desde então, esse monumento tornou-se um símbolo da italianidade.

Trento. Foto A.A.Bispo 2016. Copyright

Em monumental conjunto plástico, com relêvos de cunho dramático, o poeta e filósofo surge com a mão direita elevada e o livro à esquerda, em atitude muito mais enérgica e indicadora do avenir do que aquela do mestre-cantor da vizinha Bozen/Bolzano sob os signos da lira, do instrumento de corda e do cisne.


A cidade de Rovereto como berço do Pro Patria e o papel que desempenhou nos embates do reino nacional da Itália e do império dos "muitos povos" áustro-húngaro merecem ser estudados sob a perspectiva da história cultural das relações ítalo-brasileiras.


Rovereto como terra de nascimento de Riccardo Zandonai (1883-1944)


Trento. Foto A.A.Bispo 2016. Copyright
Em Sacco, Rovereto, ainda sob a égide da Áustria-Hungria, nasceu Riccardo Zandonai (1883-1944), compositor e regente italiano cujo nome mantém-se vivo no presente sobretudo através da denominação de um concurso para canto lírico segundo o seu nome.


Tendo sido aluno  de Vincenzo Gianferrari (1859-1939), um dos principais vultos da música de Rovereto e Trento, assim como de Pietro Mascagni (1863-1945), teve o seu mérito reconhecido já antes da Guerra com a sua nomeação a membro correspondente da Accademia Roveretana degli Agiati di Scienze, Lettere ed Arti.


Essa tradicional instituição de ciências naturais e humanas, no passado de excepcional importância na esfera austríaca, reconhecida no século XVIII pela imperatriz Maria Theresia (1717-1780) como Imperial Regia Accademia, agregou personalidades de liderança da história cultural italiana, entre êles Alessandro Manzoni (1785-1873).


Esse nome do principal filho de Lecco, a cidade de escolha de Carlos Gomes no seu convívio com os scapigliati e para a construção de sua Villa Brasilia (Veja), pode ser visto como testemunho das relações da Accademia degli Agiati com movimentos intelectuais e artísticos que marcaram a Itália do século XIX.


Em fins do século, a instituição passou a ser marcada por anelos irredentistas de seus membros e, após a Primeira Guerra, com a anexação do Trentino à Itália, pela celebração de heróis nacionais mortos pelos austríacos e pelo nacionalismo facista: em 1926, Benito Mussolini (1883-1945) foi nomeado membro honorário da Academia.


Duas óperas de Riccardo Zandonai adquiriram especial projeção internacional, aqui também incluindo-se o Brasil. Uma delas, Francesca da Rimini, cuja estréia deu-se em Turim em 1914, foi  escrita segundo tragédia de Gabrielle d'Annunzio (1863-1938), tratando musicalmente de obra de um intelectual que se destacou pelo seu papel no irredentismo e na propaganda intervencionista em época de preparação do povo italiano à guerra.  Francesca da Rimini é hoje uma das poucas obras de Zandonai que continuam a ser lembradas, bastando lembrar de sua reapresentação após décadas, no ano 2000, no Teatro Colón de Buenos Aires.


A outra ópera de maior projeção internacional de Zandonai foi Giulietta e Romeo, com libretto de Arturo Rossato (1882-1942), redator de Popolo d'Italia, próxima ao movimento de Benito Mussolini (1883-1945), autor de Mussolini: colloquio intimo, publicado em quarta edição em 1922 (Milão: Modernissima). Esta ópera, apresentada pela primeira vez em Roma, em 1922, o ano da marcha de Mussolini em Roma, teve repercussão na América Latina, lembrando-se aqui da difusão de textos de Arturo Rossato, libretista de L'Innocente de Francisco Mignone (1897-1986).


Já o nome de d'Annunzio e Rossato indicam assim os elos estreitos de Zandonai com complexos movimentos político-culturais que levaram das aspirações nacionais de décadas ao irredentismo e ao nacionalismo fascista.


O Hmyno Triumphal a Carlos Gomes: necessidade de estudos de contextos


Tendo sido aluno de Pietro Mascagni (1863-1945 ), que visitou o Brasil e, em São Paulo, manteve intensos contatos com círculos musicais ítalo-brasileiros e com professores do Conservatório Dramático e Musical de São Paulo (Veja), obras de Zandonai tiveram maior difusão no Brasil do que em muitos outros países do mundo. Um dos principais promotores de sua obra foi Antonio Zampedri (1875-?), poeta e músico italiano residente em São Paulo.


Zandonai foi lembrado recentemente no Brasil sobretudo pelo fato de ter escrito um Inno Trionfale a Carlos Gomes para as comemorações de seu centenário de nascimento, em 1936. O autor da letra em italiano, foi Antonio Zampedri, sendo a tradução em português, de Arsenio Lacorte, uma versão rítmica adaptada do texto original.


Trento. Foto A.A.Bispo 2016. Copyright
Em 1996, essa sua obra foi executada pelo centenário de falecimento do compositor no Memorial da América Latina, em São Paulo, pelo Coral Municipal e Banda Sinfônica do Estado de São Paulo sob a regência de Monica Meira Vasques.


O Hino Triunfal a Carlos Gomes de Zandonai necessita, porém, ser considerado na sua inscrição em processos político-culturais de entre-guerras. Não corresponde, sob o ponto de vista cultural e mesmo na sua linguagem estética àquele da época do falecimento de Carlos Gomes em Belém. Considerado de forma adequada sob o aspecto político-cultural adquire importância para estudos de relações Itália-Brasil, sobretudo para aqueles voltados à imigração.


A música de Carlos Gomes no Trentino-Alto Adige


Zampedri, nascido em Viarago, Pergine, poeta e músico, foi amigo de Zandonai em Rovereto. Da vida musical local, conheciam e apreciavam obras de Carlos Gomes.


Esse apreço do compositor brasileiro no Trentino pode ser explicado pelo fato de Carlos Gomes ter escrito o hino-marcha em homenagem ao exército italiano (Veja), assim como o Inno Alpino (Veja). A difusão de obras de Carlos Gomes - em especial de Il Guarany - em instrumentação para bandas levou a que as suas obras fossem largamente conhecidas. (Veja)


A importância e a qualidade da prática musical no Trentino eram conhecidas supra-regionalmente, o que não só se expressava na prática coro-orquestral de igrejas como na música orquestral e na ópera. Obras de compositores do círculo de Carlos Gomes, como A.Ponchielli (1834-1886), (Veja), foram ali cultivadas, sobretudo devido à atuação de Vincenzo Gianferrari (1859-1939). O representativo edifício da Società Filarmonica V. Gianferrari, com a sua sala de concertos e biblioteca, oferece um testemunho do significado da prática musical na região.




Antonio Zampedri, a Primeira Guerra e o Centenário da Independência do Brasil em 1922


Antes da eclosão da Guerra, em 1912, Antonio Zampedri emigrou para o Brasil. Por ocasião do Centenário da Independência do Brasil, em 1922, ano da estréia de Giulietta e Romeo e da "marcha de Roma", escreveu os versos do seu hino a Carlos Gomes. Esses versos, portanto, não foram escritos para o centenário do compositor em 1936, mas em outra fase dos desenvolvimentos políticos internacionais. Surgiu em época marcada pela euforia da vitória da Itália na Segunda Guerra, sentida como recompensa pelo força e perseverança dos italianos no caminho das aspirações de unidade nacional.


É significativo que Zampedri inicie o seu hino a Carlos Gomes com a menção de Dante, ou melhor, ao solo de Dante que hospedou Carlos Gomes. O ideal da libertação de co-nacionais que estiveram sob a égide da Áustria-Hungria - a sua "redenção" - manifesta-se no decantar o Brasil como "sacro solo de liberdade", o que indica o espírito do tempo do Centenário da Independência, em 1922.


Tendo enviado a poesia a Zandonai, então já atuante na Sicília, este compôs o hino, datado de Pesaro, de maio de 1922, a ser executado por ocasião do centenário do nascimento de Carlos Gomes, em 1936.


O hino pelo Centenário de Carlos Gomes, em 1936


Vários fatores teriam motivado esse gesto: a amizade ítalo-brasileira celebrada neste ano na Itália pelo estado fascista e que revivificou o nome e a obra de Carlos Gomes, e a apresentação de Giulietta e Romeo de Zandonai em São Paulo.


Testemunho de que o gesto de Zandonai esteve sob o signo da celebração dos estreitos elos entre a Itália e o Brasil pode ser visto no fato de ter feito questão que a obra fosse impressa no Brasil.


Esta teve diferentes versões, uma reproduzindo o próprio manuscrito, com exemplares numerados trazendo a assinatura do autor da letra,, outra impressa tipograficamente pelo estabelecimento gráfico-musical Paulista J. Mari & Cia., situado no Brás, bairro por excelência da imigração italiana.


A edição segundo o manuscrito, preparada para o dia comemorativo de nascimento, o 11 de julho de 1936, teve uma dedicatoria do Consul Geral da Itália no Brasil, datando-a com a indicação de tratar-se do XIV ano da era fascista.



A obra foi executada por grandes conjuntos instrumentais e corais em Campinas e em São Paulo em realizações promovidas pela colonia ítalo-brasileira.


Em Campinas, foi realizada pela banda do 4° Regimento de Infantaria sob a direção de Dante Corradini, com coro e orquestra regida por G. Manfredini.


Em São Paulo, a obra foi apresentada no dia 12 de outubro, data festiva do Descobrimento da América e, assim, de Colombo, por um coro de centenas de vozes e pela Banda da Força Pública por ocasião da inauguração do monumento a Carlos Gomes na Praça Ramos de Azevedo, obra oferecida pela colonia italiana de São Paulo, de autoria de Luigi Brizzolara (1868-1937). (Veja)


Como os versos de Zampedri e o hino de Zandonai haviam sido compostos por motivo do primeiro centenário da independência do Brasil, em 1922, manteve-se a dedicação original dos versos na edição do hino pelo centenário de Carlos Gomes em 1936, uma vez que, na sua capa, incluiu a menção "Lembrança do 1° Centenário da Independência do Brasil". A edição segundo o manuscrito, segundo redução do autor para piano e canto, traz, diferentemente, a indicação "Lembrança doo 1° Centenario de nascimento do grande campineiro".


Estabeleceu-se, assim, uma ponte entre as comemorações de 1922 e 1936, sendo porém que a primeira foi dedicada ao Brasil, a segunda ao compositor.


A apresentação do hino de Zandonai em 1936 deu-se em contexto político-cultural na Itália diverso daquele dos anos em que o imigrante escreveu os versos em São Paulo. Inscreveu-se em período da celebração da amizade ítalo-brasileira devido à posição do Brasil relativamente à invasão da Etiópia pela Itália fascista de Mussolini e pela proclamação do Império. (Veja)


Os versos de Zampedri revelam concepções e imagens laudatórias que, no seu contexto de época, poderiam ter recebido um outro tratamento musical do que aquele escrito nos anos 30.


Já de início, não é o compositor, mas a Itália que é decantada, que no seu fulgor de gloria deu ao Brasil a sua flor mais bela. Por fim, é a mente altiva e varonil do compositor que é salientada, o que poderia ser visto como um indício de uma já modificada imagem de Carlos Gomes que, nos anos fascistas de meados da década de 30, tornou-se sobretudo máscula e heróica. (Veja)




Arsenio Lacorde e desenvolvimentos políticos no Trentino entre ítalo-brasileiros


O autor da versão rítmica do texto é de Arsenio Lacorte, imigrante italiano que, ao lado de suas atividades na indústria e comércio, dedicava-se à poesia.


Em 1927, em Trieste, Arsenio Lacorte lançou livro com suas obras, com o subtítulo de "cancioneiro de um italo-brasileiro" (Poesia d'oltreoceano - Il canzoniere d'un italo-brasiliano, prefazione di Ferdinando Pasini, Trieste: Parnaso). Os conhecimentos que se possui de sua vida, ainda que parcos, indicam que atuou em São Paulo e no litoral paulista, mantendo contatos por correspondência com Riccardo Zandonai.


Um caminho para estudos das relações de ítalo-brasileiros com o Trentino e a problemática política do Tirol na complexa passagem da soberania áustro-húngara para a italiana oferece o prefácio do cancioneiro ítalo-brasiliano de Arsenio Lacorte por Ferdinando Pasini.


Arsenio Lacorte e Ferdinando Pasini (1876-1955)


Tendo realizado estudos superiores tanto em Florença como em Viena e em Innsbruck, e atuado como professor em Trieste e outras cidades da região antes da Primeira Guerra, Pasini surge como personalidade significativa desse período de tensões político-culturais como ativista do movimento irredentista. Durante a Guerra, em 1916, foi preso em classe em Trieste, sendo processado por traição e condenado (Come fui sepolto vivo, 1929).


A luta pela causa nacional italiana nessa região sob a égide austro-húngara marcou a sua vida e permite que se compreenda posicionamentos e preocupações de determinados círculos da imigração italiana no Brasil. Após a Guerra, Pasini voltou a ensinar no Istituto Superiore di Scienze Economiche e Commerciali da Fundação Revoltella de Trieste.


O seu renome junto a círculos de intelectuais e artistas de língua alemã que procuravam novos caminhos de renovação após a derrocada da antiga ordem européia com o desfecho da Guerra, em particular de grupo concentrado em Salzburg, deveu-se sobretudo a seu livro sobre Gabriele D'Annunzio, de 1925.


Na sua participação na vida político-cultural e proximidade a organizações culturais influentes da região do Veneto, do Tridentino e da Ístria (por exemplo da Deputazione Veneta di Storia patria e da Accademia di Scienze e Lettere Veneto-Trentino-Istriana), tornou-se conhecido por artistas e intelectuais que participaram em eventos de música contemporânea em Veneza e que, a seguir, transferiram-se para o Brasil.


Particular atenção merece os seus elos com Rovereto, a terra natal de Ricardo Zandonai, pertencendo, também como este à Accademia Roveretana degli Agiati.


Entre os nomes honrados pela instituição destacava-se o de Cesare Battisti (1875-1916), socialista e irredentista que, lutando pela causa italiana, fora executado. Pasini destacou-se como companheiro de ideais e valorizador da memória de Battisti, visto como um dos precursores do fascismo.


A reedição reelaborada do livro de Pasini, em 1933 (Diario di un sepolto vivo 1915-1918), reatualizou a problemática nacional italiana no Brasil, justificando também a atualidade do Inno Trionfale de Zandonai.


O significado da homenagem a Carlos Gomes por Riccardo Zandonai não se reduz, assim, apenas ao fato de ser uma obra escrita por um dos mais destacados compositores italianos do século XX, dando testemunho da celebração do compositor várias décadas após a sua morte.


A composição representa um documento das relações e interações entre a Itália e os italianos residentes no Brasil e seus descendentes, da projeção de produção lítero-poética de imigrantes e ítalo-brasileiros na própria Itália, adquirindo assim significado para estudos de processos culturais da imigração e de elos recíprocos entre os dois países em anos de celebração do fascismo triunfalista.




De ciclo de estudos sob a direção de
Antonio Alexandre Bispo



Atenção: este texto deve ser considerado no contexto geral deste número da revista. Veja o índice da edição


Indicação bibliográfica para citações e referências:
Bispo, A.A. (Ed.)“Rovereto, Trento e Brasil. Do irredentismo ao fascismo na música e na 'poesia d'oltroceano' de entre-guerras. O
Hymno Triumphal a Carlos Gomes de Riccardo Zandonai (1883-1944)“.Revista Brasil-Europa: Correspondência Euro-Brasileira 162/4 (2016:04). http://revista.brasil-europa.eu/162/Riccardo_Zandonai.html


Revista Brasil-Europa - Correspondência Euro-Brasileira

© 1989 by ISMPS e.V. © Internet-edição 1998 e anos seguintes © 2016 by ISMPS e.V.
ISSN 1866-203X - urn:nbn:de:0161-2008020501


Academia Brasil-Europa
Organização de Estudos de Processos Culturais em Relações Internacionais (ND 1968)
Instituto de Estudos da Cultura Musical do Espaço de Língua Portuguesa (ISMPS 1985)
reconhecido de utilidade pública na República Federal da Alemanha

Editor: Professor Dr. A.A. Bispo, Universität zu Köln
Direção gerencial: Dr. H. Hülskath, Akademisches Lehrkrankenhaus Bergisch-Gladbach
Corpo administrativo: V. Dreyer, P. Dreyer, M. Hafner, K. Jetz, Th. Nebois, L. Müller, N. Carvalho, S. Hahne

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Trento 2016. Fotos A.A.Bispo ©Arquivo A.B.E.

 

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