Capoeira ao som do sino da paz de Rovereto

Revista

BRASIL-EUROPA 163

Correspondência Euro-Brasileira©

 

N° 163/11 (2016:5)



Capoeira ao som do sino da paz de Rovereto

memória de guerra, luta como ludo e esporte e confraternização de nações



Ciclo de estudos euro-brasileiros em Colle di Miravalle - Fondazione Opera Campana dei Caduti

 

A cidade de Rovereto, no Trentino, merece especial atenção nos estudos de processos culturais, não só para aqueles voltados às relações Itália - Brasil.


Para além de aspectos históricos das relações ítalo-brasileiras de significado para os estudos da imigração italiana e dos processos identitários de italianos e seus descendentes no Brasil relacionados com a Primeira Guerra Mundial, são sobretudo aspectos simbólicos e a mensagem de iniciativas e promoções culturais de projeção internacional que fazem com que a cidade norte-italiana assuma um significado de particular relevância para os estudos de processos culturais.


Os elos entre essa cidade do Trentino com o Brasil que se relacionam om a Primeira Guerra Mundial, com os processos políticos que a ela levaram e a ela seguiram, foram alvo de ciclo de estudos desenvolvidos em Trento em maio de 2016. (Veja).


Neles, lembrou-se de Rovereto como cidade do movimento italiano Pro Patria, do papel desempenhado pela Accademia local e sobretudo como terra natal do compositor Riccardo Zandonai (1883-1944), autor do hino triunfal a Carlos Gomes (1836-1896) nas suas relações com imigrantes italianos em São Paulo.


Com texto escrito para o Centenário da Independência do Brasil, em 1922, e executado por ocasião do centenário de Carlos Gomes em 1936, essa obra surge como relevante para os estudos de processos político-culturais de entre-Guerras nas relações ítalo-brasileiras e de suas consequências para interpretações históricas e criação de imagens. (Veja)


Esses estudos mostraram a necessidade de terem prosseguimento através de uma consideração mais atenta de Rovereto e do papel desempenhado pela memória de seu complexo passado na sua vida cultural da atualidade, o que levou a uma visita da cidade em julho de 2016.


Atualidade da atenção a Rovereto nos estudos de processos culturais


A atualidade dessa atenção ao Trentino-Alto Adige e a Rovereto em especial deriva do recrudescimento do nacional, do nacionalismo e de movimentos identitários nacionais em vários países europeus. Neles se critica a atual configuração da Europa supra- ou transnacional a partir de seus órgãos em Bruxelas e propagam um refortalecimento de fronteiras e competências nacionais; acentuam o patriotismo e a consciência histórica e nacional dos diferentes países, revitalizando concepções de cunho étnico e racial que pareciam já superadas.


Esse fenômeno presente traz à lembrança concepções, fatos, desenvolvimentos e suas consequências de épocas passadas e favorece comparações com processos que antecederam e que se seguiram à Primeira Guerra Mundial, em particular daqueles que levaram ao fascismo dos anos trinta e à Segunda Guerra Mundial.


Também essa lembrança da hecatombe bélica de 1914-1918, rememorada no presente pela passagem dos seus cem anos, justifica a atualidade da atenção a Rovereto.


Esta cidade norte-italiana encontra-se entre aquelas que mais foram marcadas pela Primeira Guerra, cuja memória é mantida sempre presente.


A perene presença da Guerra na memória de Rovereto é indissoluvelmente ligada à memória dos caídos na guerra e que não eram apenas roveretanos. O Ossario Castel Dante, com os restos mortais de ca. de 20.000 soldados mortos na Primeira Guerra, em Miravale, ao sul de Rovereto, traz à mente os combatentes que não só de toda a Itália e de italianos do Exterior, mas também de outras nações que perderam a vida em decisivas batalhas, entre êles soldados do exército austro-húngaro e da Legione Cecoslovacca.


Significativamente, o monumento-mausoléu é designado como Sacrario militare. O conceito salienta a sua função como local de culto memorial de destacados vultos do irredentismo italiano. Ali jazem, entre outros, os restos mortais dos trentinos Fabio Filzi e Damiano Chiesa, caídos em junho de 1916, lembrados em 2016  pela passagem dos cem anos dos ataques e contra-ataques ali ocorridos.


O culto à memória do irredentismo e a construção histórica: Castel Dante


A história do Sacrário é reflete os desenvolvimentos políticos italianos de pós-guerra entre o irredentismo anterior à italianização e o nacionalismo fascista. Já em 1920 instalou-se ali um marco memorial a Federico Guella (1893-1915), destacado representante do irredentismo, assim como um cemitério militar. O monumento, porém, foi construído em plena era fascista, em 1938, por ocasião dos 20 anos do fim da guerra. O sacrário foi concebido como um templo-mausoléu cilíndrico ao alto da colina, alcançado por escadaria, iluminado internamente por vitrais, com os nomes dos caídos registrados nos muros e um busto de Guglielmo Pecori Giraldi (1856-1941), comandante da primeira armada a partir de 1916.


O monumento traz à lembrança a tradição arquitetônica do tropeu como monumento de vitória e mausoleu funerário da antiga Roma. Como culto a personalidades do irredentismo insere-se em tradição da fundamentação do movimento nacional do processo de unificação da Itália no século XIX e que se manifesta na sua designação de Castel Dante.


Segundo a tradição, Dante Alighieri teria estado em castelo que existira sobre a colina e que cita na sua descrição do inferno. A menção a Dante nessa construção da era fascista revela uma relação entre o Sacrario e o monumento a Dante da próxima cidade de Trento, levantado na segunda metade do século XIX como marco das aspirações italianas de afirmação da italianiade e de resgate de territórios então sob a égide da Áustria. (Veja)


O Sacrario Militare Castel Dante traz assim à consciência as complexas relações entre fatos históricos e construções históricas em diferentes situações epocais de processos político-culturais relacionados com o nacional do período anterior à Guerra, o nacionalismo após a vitória e o fascismo.


Museu Storico Italiano della Guerra no castelo-burgo de Rovereto



A conservação museológica de materiais, documentos, armas e veículos da guerra e a pesquisa histórica nos seus múltiplos aspectos e dimensões são tarefas do Museo Storico Italiano della Guerra, instalado no castelo veneziano de Rovereto.


O museu, criado em 1919 com o objetivo de não deixar fenecer a memória da Guerra então terminada e que, aberto em 1921, é hoje, nas suas grandes dimensões e quantidade de materiais, instituição de fundamental importância para estudos relativos à Guerra.


Ainda que em primeiro plano nele se considere sobretudo a participação italiana, nos seus trabalhos e em exposições especiais ali tambem é tratada a problemática da guerra nos seus aspectos gerais. Entre estes, encontra-se a questão da interpretação de ocorrências bélicas segundo a perspectiva das diferentes nações, e, assim, da problemática historiográfica representada por visões nacionais e nacionalistas, particularmente aquelas de vencedores.


De cidade da Guerra a Rovereto como cidade da paz - o sino dos caídos ou da paz



Apesar de ser marcada de forma trágica pela Guerra e de possuir o mais importante museu militar italiano, o Ossario dos caídos e outros memoriais, Rovereto apresenta-se hoje e cultiva a imagem de ser "cidade da paz".


O seu passado surge como admoestação ao entendimento entre os povos, ao convívio pacífico entre as nações, ao respeito às diferenças na convicção da unidade do humano e, assim aos direitos do Homem. Para além de frequentes atividades que marcam neste sentido a vida cultural da cidade, a imagem e a ressonância de Rovereto como cidade internacional da paz é justificada pelo grande área monumental ao redor do "sino dos caídos" ou "sino da paz", que, nas alturas da Colle de Miravale, domina de forma sobranceira a paisagem.



Nela encontra-se um vasto edifício da Fondazione della Campana dei Caduti, com instalações para reuniões e exposições. Ali se apresentam documentos relacionados com a iniciativa que tem a sua expressão no sino, com obras artísticas relacionadas com problemas humanos e culturais que levam ou que são resultados de conflitos. Ali se apresentam reflexões sobre a diversidade, a unidade, a tolerância, o convívio pacífico e os direitos do Homem. Muitos dos posicionamentos de artistas ali tratados surgem como manifestações de significado para as reflexões culturais da atualidade.



A parte externa, cujo principal foco é o grande sino, é marcada pelo grande caminho circular que a êle leva e que é ladeado por mastros com bandeiras de todas as nações. Aquele que se dirige ao sino passa pela plástica de Maria Dolens, invocação mariana que revela a fundamentação teológica de toda a área e que designa o próprio sino.


Ao redor do sino, que soa diariamente ao cair da tarde, abre-se uma área circundada por arquibancadas na qual se realizam apresentações de música, dança ou outras relacionadas diretamente ou indiretamente com a mensagem de paz, de compreensão entre as nações e com os direitos humanos.


Do som de sinos ao ruído das armas, do ruído das armas ao som do sino da paz


O símbolo central de Rovereto que une tanto a memória dos caídos e a mensagem da paz é o sino que soa diariamente do alto da Colle de Miravale.


A sua foça simbólica reside no fato de ter sido fundido com o metal de armas de 19 nações envolvidas na guerra. Essa fundição representou o inverso do que ocorrera em várias nações durante a guerra. À procura de metal para a produção de armas, em vários países procedeu-se à confiscação de sinos das igrejas que, fundidos, tiveram o seu metal utilizado na indústria bélica. Excetuaram-se apenas aqueles sinos de maior valor histórico ou artístico.


Com o término da Guerra, os sinos que ainda não tinham sido fundidos foram reconduzidos a depósitos ou voltaram aos campanários, sendo recebidos festivamente pela população, como se conhece de França. O retorno dos sinos assumiu grande significado simbólico para cidades e regiões. No caso de Rovereto, o sino da paz adquire uma carga simbólica ainda maior, uma vez que foi fundido com o metal de armas.


O projeto deveu-se ao Pe. Antonio Rossaro (1883-1952 ), sacerdote de Rovereto. Com o sino criado com o bronze das armas, Rossaro pretendeu tornar perene a memória dos caídos na Guerra e, concomitantemente, chamar as consciências à paz.


O sino foi fundido em Trento, em 1924, na fundição Luigi Colbacchini. A sua configuração plástica foi confiada ao escultor Stefano Zuech (1877-1968 ). Trazido para Rovereto, foi primeiramente instalado no bastião Malipiero do castelo da cidade.


Significativo para a consideração de contextos histórico-culturais e de sentidos em que se inseriu o sino no decorrer do século XX é o fato de ter sido refundido em diferentes épocas e situações políticas.


O sino dos primeiros anos após a Guerra foi refundido em plena era fascista pela fundição Cavadini de Verona, em 1938, e, por problemas então surgidos, novamente em 1939. Este sino passou a soar em Rovereto em 1940.


Após a Segunda Guerra, por motivo de diferentes problemas, também estáticos do bastião, foi refundido em 1964. A obra, realizada pela fundição Capanni de Castelnovo ne'Monti, foi possibilitada pelo Lions Club da Itália, tendo sido consagrado pelo Papa Paulo VI.


Pelas suas dimensões - 3,36 metros de altura e 3,21 de diâmetro - e pêso - 22,6349 toneladas, o pêndulo com 0,6 toneladas -, que impossibilitavam a sua instalação na torre do castelo de Rovereto, foi colocado, em 1966, nos altos da Colle di Miravalle. Já pelas suas dimensões e peso, o sino da paz passou a ocupar um papel de destaque na campanologia, vindo logo acima do "sino de São Pedro" da catedral de Colonia, sendo o quarto em peso do mundo.


Após a morte do Pe. A. Rossaro, em 1952, o seu sucessor, o capuchinho Pe. Eusebio Iori (1918-2016) , desenvolveu o conceito da universalidade da missãõ da Campana, condensando o pensamento na frase "a Campana é em Rovereto, mas não é de Rovereto". Empenhou-se em propagar a mensagem internacionalmente utilizando-se do rádio, do cinema e da Televisão. A grande Piazzale delle Genti passou a hospedar o sino, tornando-se local de encontro aberto ao diálogo entre os povos na moldura da natureza, montanhas e matas transformadas em teatro, daquele da guerra à pacificação dos ânimos.


Apos a morte do Pe. Iori, destacou-se a fiugura do ex-prefeito de Rovereto, Pietro Monti, que dedicou-se ao aprofundamento do tema da paz e aquele do incentivo do diálogo entre as religiõees.


Numerosos foram os encontros internacionais, importantes as adesões por parte das nações, em particular daquelas criadas com a desagregação do bloco do Leste europeu. O caminho tomado levou à criação da Università Internazionale delle Istituzioni dei Popoli per la Pace e, a seguir, com o Osservatorio sui Balcani. O complexo monumental foi completado sob a direção do seu sucessor, o senador Alberto Robol.


Mais recentemente, promoveu-se a internacionalização com parcerias com o Conselho da Europa e com a conquista do status consultivo especial por parte da ONU.



Presença do Brasil nos espaços do sino dos caídos ou da paz Maria Dolens


Entre as bandeiras constantemente hasteadas nos altos de Rovereto encontra-se a brasileira. A presença do Brasil mais significativa, porém, manifesta-se na sequência áudio-visual apresentada no ampla e arquitetonicamente arrojado espaço de exposições da Fondazione Opera Campana dei Caduti, criada em 1968, organização que tem a finalidade de cooperar com a educação à paz de novas gerações, assim como dos Direitos Humanos.


Anualmente, em maio, se realiza em Miravalle o Congresso dei Ragazzi alla Campana. Nele participam jovens das escolas primárias e secundárias do Trentino que, com diversas iniciativas, tratam de temas da paz, da tolerância e da confraternização humana.


Na documentação dos eventos apresentada no áudio-visual, vêem-se não apenas encenações de grupos infanto-juvenis de escolas a serviço da mensagem da paz, do convívio pacífico entre os povos, da tolerância e dos direitos humanos, como também grupos representativos de diferentes nações em logradouros públicos do centro histórico de Rovereto. Entre eles, constata-se a participação de um grupo de capoeira do Brasil.


Complexas questões culturais levantam-se nessas ações. Entre elas, destacam-se aquelas que questionam o emprêgo de expressões culturais tradicionais e reconstruidas para fins pedagógicos,  turísticos ou de representação nacional em diferentes contextos e países com os ideaís supra-e internacionais do humano e dos Direitos do Homem.


Justamente muitas das expressões da tradição popular dos diferentes povos empregadas trazem em si marcas de instrumentalizações para fins nacionais e nacionalistas a que devem a sua revitalização no passado.


Independente dos diferentes sentidos inerentes à linguagem visual das tradições, a suas inserções no ciclo festivo do ano, várias dessas expressões evidenciam reinterpretações por que passaram na história e instrumentalizações para fins de educação político-cultural nacional e nacionalista. Apesar dessas evidências, ludos, danças e encenações são colocadas a serviço da mensagem do convívio entre as nações, do internacional ou supranacional, do humano em geral, o que a complexas situações paradoxais e questionáveis.


Questionável surge, à primeira vista, a presença da capoeira como representação do Brasil na programação que se realiza sob o signo da Campana dei Caduti, uma vez que não há elos históricos e contextuais que a justifiquem mais diretamente.


Surgindo ao lado de danças típicas nacionais e regionais, há o risco de que sejam nivelados sentidos em nova instrumentalização - ainda que a serviço de altos ideais -, em prejuízo da pesquisa e da análise cultural específica, marcada que é por graves problemas de fontes e interpretação.


Essa primeira e negativa apreciação quanto à pertinência da capoeira nas ações pela memória dos caídos e pelos Direitos Humanos de Rovereto dá lugar, porém, a reflexões positivas quanto a seu significado a partir dos trabalhos expostos nos espaços da Fondazione Opera Campana dei Caduti.


Justamente o fato de ser uma luta praticada como ludo e esporte vem de encontro aos contextos tematizados que se referem ao campo de tensões guerra/paz e à atualidade da competição esportiva entre as nações por motivo dos jogos olímpicos no Rio de Janeiro em 2016.



A Bandeira das Bandeiras, collage de Domenico Carella, expressa a idéia de que toda a nação é uma estrêla de ferrugem-memória, de fragmentos de linguas, culturas e códices, que com o collage de correspondências e números representa as 196 nações unidas em uma única bandiera, ultrapassada de uma estrela de paz.





A diversidade é uma variável da Humanidade


Na obra do artista italiano Giancarlo Beltrame, fotografia móvel e instalação, o artista lembra que não é necessário ir longe para experimentar a diversidade. ela é própria da condição humana. Isso o demonstra os 144 retratos de pessoas que o artista encontrou nos últimos anos. Pelo gênero, pelos traços de seus olhos e de sua face, pela forma da boca, pela cor da pele, pelos cabelos, pela expressão que revela os pensamentos, diferenciam-se umas das outras. Isso era confirmado pelos nomes, idades, lugares de nascimento, nacionalidade, profissão ou estado civil. Todos seriam porém seres humanos - a diversidade é uma variável da conição humana.


A música como melhor instrumento para superar barreiras da diversidade


Na sua obra Enjoy the sound, acrílico sobre tela, Rino di Terlizzi exprime o conceito de que a música é o melhor meio para a superação de preconceitos e de barreiras da diversidade. A música une e não divide.


O que quer dizer diversidade?


A artista Adele Lo Feudo, na sua obra em técnica mista designada Da sola, levanta a questão do que quer dizer diversidade. Diverso do que? Por vezes se é diverso de si mesmo, da imagem que se tinha criado. A diversidade é um bem, um confronto, um impulso para crescer e é conservada e protegida a custo de grandes sacrifícios.


Somos diversos?


Uma diferenciação das reflexões sobre a diversidade é feita por Teresa Condito na sua instalação em técnica mixta Siamo diversi??????. As suas reflexões são expressas nas frases: Sono un uomo; Sono una donna/Sono uno o una, sono entrambi; Siamo diversi?????


Do mar, da terra, do sol, do vento


Iaia Zanella, do Laboratorio da Associazione Terra Aperta - Itália, Senegal, Gambia, Ghana, Togo, Mali, tematiza a questão da diversidade como tarefa da percepção, da observação, do procurar compreender. A artista parte dessaas capacidades do homem e, para isso, utiliza-se de suas mãos que, como na África, são instrumentos.


Individualidade e universalidade da criação artística


A instalação em técnica mista de Fabrizio Fabbroni tematiza a questão do pessoal e do universal na criação de um artista. A sua obra, que é o mais individual que produz, torna-se universal e não cria divisões e diversidade. Toda ela participa da vida do gênero humano.


A "Mãe da Criação" - a Magna Mater - como denominador comum e compleição


Uma interpretação simbólica profunda da questão dos fundamentos e da compleição da diversidade resulta da escultura Mater Mundi, em madeira e cerâmica, de Venere Chilleme. Para a espécie humana, animal e vegetal, o artista lembra que a "Mater Mudi", a Grande Mãe, é a síntese e a compleição de toda a diversidade.



A Peregrinação civil da paz de 2014


A Fondazione Opera Campana dei Caduti promoveu, em 2014, a Pellegrinaggio civile della pace. A proposta foi de caminhar não só como excursionista, não só pela paixão histórica pelos feitos das armas e da arquitetura militar, mas por motivos de meditação sobre a vida humana dos soldados, sua existência breve e sempre confrontada com o mistério da morte. Tratou-se, assim, de um caminho de formação pessoal. Em doze telas expostas no espaço da Fundação, expõe-se a experiência do autor Paolo Aldi.


Terraço de visões


Do terraço do edifício pode-se ver as montanhas nas quais se situaram as frontes rivais na Primeira Guerra Mundial e que agora surgem como que coroa de Maria Dolens que se encontra no fim da Via das Nações. Céu e montanha, prados e árvores representam uma natureza que canta silenciosamenta e oferece momentos de prazer, paz e visões. A série de grandes discos colocados em pequeno jardim zen convidam à imersão na beleza dos panoramas interiores e exteriores.



De ciclo de estudos sob a direção de
Antonio Alexandre Bispo

Indicação bibliográfica para citações e referências:
Bispo, A.A.(Ed.)“ Capoeira ao som do sino da paz de Rovereto-memória de guerra, luta como ludo e esporte e confraternização de nações“
. Revista Brasil-Europa: Correspondência Euro-Brasileira 163/11 (2016:05). http://revista.brasil-europa.eu/163/Sino-da-paz-de-Rovereto.html


Revista Brasil-Europa - Correspondência Euro-Brasileira

© 1989 by ISMPS e.V. © Internet-edição 1998 e anos seguintes © 2016 by ISMPS e.V.
ISSN 1866-203X - urn:nbn:de:0161-2008020501


Academia Brasil-Europa
Organização de Estudos de Processos Culturais em Relações Internacionais (ND 1968)
Instituto de Estudos da Cultura Musical do Espaço de Língua Portuguesa (ISMPS 1985)
reconhecido de utilidade pública na República Federal da Alemanha

Editor: Professor Dr. A.A. Bispo, Universität zu Köln
Direção gerencial: Dr. H. Hülskath, Akademisches Lehrkrankenhaus Bergisch-Gladbach
Corpo administrativo: V. Dreyer, P. Dreyer, M. Hafner, K. Jetz, Th. Nebois, L. Müller, N. Carvalho, S. Hahne





 







Rovereto 2016. Fotos A.A.Bispo ©Arquivo A.B.E.

 

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