„Aculturação“ e „Ecumenização“
ed. A.A.Bispo

Revista

BRASIL-EUROPA 168

Correspondência Euro-Brasileira©

 

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Adelaide. Foto A.A.Bispo 2009. Copyright

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Adelaide. Fotos A.A.Bispo 2009©Arquivo A.B.E.

 


N° 168/10 (2017:4)


Austrália e Brasil na discussão teórica no estudo de processos culturais:
o debate sobre „aculturação“ e „ecumenização“ na esfera da Oceania
com Andrew Dalgarno McCredie (1930-2006)

Pelos 40 anos de fundação da seção de Etnomusicologia
do Institut für hymnologische und musikethnologische Studien, Colonia/Maria Laach

 
Pela passagem dos 40 anos de fundação da seção de Etnomusicologia do Institut für hymnologische und musikethnologische Studien em Colonia/Maria Laach, departamento que atuou durante 25 anos sob direção brasileira e em estreitas relações com instituições do Brasil, cumpre lembrar alguns dos pesquisadores que mais marcaram as discussões teóricas e os trabalhos desde então desenvolvidos.

Na atualidade dos estudos euro-brasileiros realizados em 2017 no Sudeste Asiático e na Austrália, merece ser salientado o musicólogo australiano Andrew Dalgarno McCredie que, desde a fundação da instituição representou o principal contato com a pesquisa musical e as instituições universitárias da Austrália.

McCredie esteve encarregado de representar essa esfera do globo nos trabalhos do instituto, transmitindo informações sobre pesquisas em andamento e desenvolvimentos músico-culturais e contribuindo com estudos próprios ao avanço dos conhecimentos. No evento que precedeu a fundação do instituto, um simpósio etnomusicológico realizado em Roma, em 1976, McCredie tinha apresentado uma documentação sobre a música sacra na Ásia, na Austrália e na Oceania.

Lembrado merece ser porém sobretudo o papel que desempenhou no debate teórico, salientando-se
sobretudo as diferenças entre as suas posições daquelas defendidas no âmbito euro-brasileiro e remontantes a reflexões encetadas no Brasil já em fins da década de 1960.

À época da criação do departamento, McCredie passava a ocupar relevantes postos acadêmicos na Universidade de Adelaide, onde foi Senior Research Fellow, Senior Lecturer, Reader e Professor de Musicologia no Elder Conservatorium of Music, uma função que desempenhou até 1994.

McCredie deu início a um processo de implantação acadêmica da musicologia na Austrália, e nesses esforços correspondia aos anelos   paralelos relativos a Portugal e ao Brasil que eram discutidos no âmbito da universidade de Colonia e que por fim levaram à criação do Departamento de Ciências Musicais da Universidade Nova de Lisboa e à fundação da Sociedade Brasileira de Musicologia em 1981.

A discussão de caminhos e de conceitos da implantação dos estudos musicológicos na Austrália decorreu assim paralelamente e em relações com aquela referente a Portugal e ao Brasil.

Similar desenvolvimento deu-se com a iniciativa de McCredie de realização de encontros internacionais e simpósios.

De particular significado para esses trabalhos foi o Terceiro Simpósio da Sociedade Internacional de Musicologia realizado em Adelaide, em setembro de 1979. Já a organização desse evento contou a participação de vários pesquisadores de diferentes países que nos anos que se seguiram desempenharam papel relevante em iniciativas referentes ao Brasil e no projeto „Música na Vida do Homem“ do Conselho Internacional de Música/UNESCO: Samuel Claro-Valdés, Malena Kuss, Robert Stevenson e outros. Os elos com a Universidade de Colonia eram aqui garantidos através de Robert Günther, Professor de Etnomusicologia da Universidade de Colonia.

Esse papel relevante exercido por McCredie nesse trabalho estreitamente relacionado com Portugal e o Brasil na Alemanha explica-se pelo renome que gozava nos meios musicológicos alemães devido à sua formação européia.

Nascido em Sydney, onde obteve a sua formação, desenvolveu os seus estudos na Dinamarca, Suécia e na Alemanha, alcançando o doutoramento em Hamburgo.

Tendo escrito a sua tese sobre a ópera alemã do Barroco, foi um musicólogo de orientação histórica que, pela sua origem, abria-se à pesquisa musical do mundo extra-europeu, em particular da Austrália e da Oceania.

Essa orientação interdisciplinar vinha de encontro à orientação brasileira que procurava superar limites de áreas históricas, empíricas e sistemáticas na pesquisa a partir de direcionamento das atenções a processos, ultrapassando limites nos seus múltiplos sentidos. Este anelo já tinha levado, em 1968, à constituição de uma organização voltada ao estudo de processos culturais em São Paulo (ND).

A proximidade quanto ao reconhecimento da necessidade de consideração de processos históricos no estudo de desenvolvimentos em regiões do mundo marcadas na sua formação pela colonização e ação missionária européia, como a Austrália e o Brasil, possibilitou uma fundamental similaridade de interesses australiano-brasileiros por fontes da história colonial e missionária nas diferentes esferas do globo.

Essa visão ampla de desenvolvimentos histórico-musicais levou a que McCredie se destacasse na Austrália através de trabalhos e conferências sobre a música européia, em particular norte- e centro-européia em sequência à sua formação e a seu trabalho de doutoramento. McCredie tornou-se um dos maiores conhecedores da personalidade e da obra de Karl Amadeus Hartmann (1905-1963), compositor, professor e erudito alemão que também marcou a formação de brasileiros.

De forma crescente, McCredie passou a dedicar-se à história da música australiana, em particular daquela dos grandes centros do sul da Austrália. Esses estudos iriam ser posteriormente publicados sob o título From Colonel Light into the Footlights (1988).

Núcleo principal do debate teórico: o conceito de „aculturação“

A principal controvérsia do debate teórico com McCredie no departamento de Etnomusicologia sob a direção brasileira disse respeito ao conceito de aculturação.

Esse conceito tinha representado uma das principais preocupações no movimento de renovação teórico-cultural dos anos de 60 em S. Paulo. Utilizado primordialmente por sociólogos e na etnologia indígena - entre outros por Egon Schaden (1913-1991) - passara a fazer parte do vocabulário de folcloristas no âmbito a Associação Brasileira de Folclore.

Tornara-se comum a utilização de expressões como „de aculturação indígena“, „de aculturação bantu“ etc., o que revelava não apenas uma questionável compreensão do termo como também uma concepção teórica que se revelava como problemática. Ela demonstrava a permanência de concepções de categorização do objeto e consequentemente das respectivas áreas de estudos, o que contrariava o debate renovador que defendia um direcionamento da atenção a processos.

Ainda que o termo fosse intendido como referente a processos, sobretudo transformatórios - mudanças através de contatos - implicava em concepções de cultura substancializadas, dirigindo assim a atenção em geral a uma dinâmica desencadeada por encontros de culturas concebidas como configuradas, mais ou menos estáticas. Percebia-se aqui um problema fundamental de compreensão do termo cultura.

Essa discussão marcou não só as reflexões quando da introdução da Etnomusicologia nos cursos superiores de música e Licenciatura em Educação Musical em São Paulo, em 1972, como também na Alemanha a partir do início do programa euro-brasileiro em 1974.

O ápice desse debate deu-se em 1976/1977 com seminário dedicado ao tema sob a direção de Robert Günther no Instituto de Musicologia da Universidade de Colonia. Nesse seminário, procurando-se discutir os conceitos e os problemas teóricos do termo aculturação em diálogo com outros pesquisadores evidenciou-se as fundamentais dissidências com as concepções teóricas originaas no Brasil e representadas pelo editor desta revista.

Nesses diálogos, tomou parte entre outros Klaus Wachsmann (1907-1984), autor do texto „Criteria for Acculturation“ apresentado no oitavo congresso a Sociedade Internacional de Musicologia em 1961. As mesmas dissidências teóricas levaram a discussões e mesmo tensões com Josef Kuckertz (1930-1996), também professor em Colonia e, a seguir, em Berlim.

Essas mesmas discussões tiveram lugar no âmbito das preocupações teóricas relacionadas com o uso do termo „inculturação“ por teólogos e mesmo pesquisadores voltados a desenvolvimentos músico-culturais pós-conciliares.

Se alguns desses representantes do pensamento e da prática pastoral utilizavam-se do termo aculturação, outros o diferenciavam daquele de inculturação. A problemática desse último termo, porém, evidenciava de forma ainda mais grave os riscos do termo aculturação. Ela revelava uma concepção de cultura em analogia à terra na qual se lança sementes e que dela crescem. O contexto teológico dessa concepção manifestava-se sobretudo no uso de um outro conceito, o de encarnação. Aqui a imagem da terra relacionava-se com concepções teológicas do homem terreno ou carnal.

Na discussão desse complexo de conceitos e compreensões de cultura e processos, que aqui podem ser apenas esboçados, solicitou-se a McCredie que preparasse um estudo relativo ao tema nas suas relações com a aproximação e o diálogo religioso.

Esse estudo foi publicado, ao lado de textos referentes ao Brasil de Francisco Curt Lange, José Geraldo de Souza, Nicole Jeandot, Guilherme Schubert e do editor sob o título „Aculturação e Ecumenização - Alguns exemplos da Bacía do Pacífico Sul“ em Roma, em 1982. (Andrew D. McCredie, „Acculturation and Ecumenisation. Some Examples from the South Pacif Basin“, Musices Aptatio 1982, Roma 1982, 121-134).

McCredie inicia o seu trabalho constatando que a historiografia da transmissão intercontinental da música a serviço do Cristianismo ocidental representa um estudo de longo processo de transplantação e aculturação.

Esse processo seria aquele esboçado na primeira tentativa de definição de aculturação de 1936 num Memorandum para o estudo da aculturação. Citando também os critérios de aculturação apresentados por Klaus Wachsmann, afirma de início que „aculturação compreende os fenômenos que resultam quando grupos de indivíduos de diferentes culturas entram em contato contínuo, com mudanças subsequentes nos patterns da cultura original de um ou de ambos os grupos“.

Mais uma vez, assim, partia-se na compreensão do termo de encontro de culturas substancializadas, revelando concepções intrínsecas de categorizações de objeto. McCredie reporta-se também a Charles Seeger (1886-1979), lembrando que aculturação ocorre não apenas entre grupos, mas dentro de mais ou menos distintos estratos social dentro de cada grupo como resultado do contato cultural. Também essa definição, apresentada por McCredie como uma contribuição à diferenciação maior do conceito, revelava os mesmos problemas conceituais.

McCredie, seguindo K. Wachsmann, lembra também o papel de pressões ideológicas que geram ou ocorrem dentro do processo de aculturação. Em períodos de insegurança ideológica, tradições tenderiam a sofrer ou reagir mais rapidamente do que em períodos de estabilidade. Sob tais condições, estilos novos ou originados de civilizações estrangeiras ou de subcultura vizinha tenderiam a ser favorecidos. Confrontados com ideologias conflitantes, músicos tenderiam a procurar novos estilos, seja de dentro ou e fora de suas próprias sociedades.

A grande controvérsia na exposição de McCredie foi levantada pelo fato de citar The Anthropology of Music de A. Merriam (North Western University Press, 1964), em passagem na qual se sugere que o estudo da aculturação como uma esfera da historiografia deveria tentar guiar-se por analogias biológicas.

Essa sugestão, que já tinha sido discutida de forma polêmica quando da introdução da Etnomusicologia no Brasil, sendo de novo lembrada por McCredie, deu origem a um debate teórico que teve o seu ápice no encontro regional para a América Latina e o Caribe do projeto MLM do Conselho Internacional de Música/UNESCO, quando o conceito de „transplante“ em analogia com aquele das ciências naturais foi tratado criticamente, demonstrando-se os problemas teóricos e os riscos de tal procedimento.

McCredie retomou no seu texto outra concepção de Merriam que tinha sido discutida de forma particularmente crítica no Brasil, ou seja, aquela que distinguia o processo da aculturação entre „ethnic, populist and art musics“ (sic!). Essa distinção contrariava o principal anelo do movimento de renovação teórica que criticava justamente tais categorizações de objeto de estudos, de compreensões de esferas culturais compreendidas como espécie de compartimentos. Nada poderia revelar um pensamento mais superficial e ilógico nos seus critérios do que uma distinção entre „étnico, populista (!) e erudito“.

Para McCredie, a relação entre aculturação e ecumenização já teria sido também esboçada por Alan Merriam. Para McCredie, a ecumenização ocorre quando duas organizações religiosas com um número de comuns objetivos teológicos e ideológicos participam de um mesmo ambiente físico e social, realizam os seus ritos em comum espaço, serviços numa linguagem comum e com ministros que colaboram mutuamente. Esses fatores comuns físicos e ambientais levam a similaridades mais ou menos exteriores, na arquitetura religiosa ou na arte, na língua, nos costumes, no vetuário e no repertório musical.

Esse processo de ecumenização resulta em atividades literárias, comissões litúrgicas e proução de lecionários, hinários e outras publicações que servem a ritos de diferentes denominações. Essa procura de traços comuns levaria a uma ampla produção de músicas religiosas para diferentes igrejas - católica, anglicana e protestantes em geral - na Austrália.

A transmissão das doutrinas do Cristianismo Ocidental seria vista como um processo sensitivo envolvendo uma forma de aculturação entre o europeu ocidental e as tradições não-ocidentais. A perspectiva pós-conciliar favorecia um pluralismo eclesial em oposição à uniformidade de uma estrutura monolítica, a confraternidade de igrejas locais em concordância com o gênio nativo e a tradição de seus membros. Particular ênfase dava-se na adaptação de expressões de arte e da linguagem de populações indígenas. Mencionando  autor de estudo sobre a indigenização nas ilhas Carolinas e Marshall, McCredie lembra que uma igreja nativa era aquela na qual o cristianismo poderia ser pensado e vivido segundo o milieu cultural dos insulanos, não como „fiéis de Boston ou dos Países Bascos“.

MCredie registra porém a ambiguidade ou incoerência de muitas dessas acepções. As próprias regiões de cultura indígena mais afastadas confrontavam-se com a presença crescente de tecnologia e da industrialização globalizante e precisavam inicialmente com elas reconciliarem-se.

Na época anterior ao Concílio, as sociedades indígenas não europeizadas não se tinham ainda mudado radicalmente, prevalecendo economias agrícolas tradicionais, havendo pouca exploração de minérios ou de reservas petrolíferas ou de gases. Além do mais, a indústria turística ainda não estava por demais intensa.

A subsequente abertura econômica e comercial e exploração introduzira fatores que estavam mudando inexoravelmente situações até então equilibradas, introduzindo ambientes urbanizados e semi-urbanizados, com transformação rápida de hábitos, atitudes e expressões culturais. Nesse processo, os grupos mais atingidos pela urbanização eram aqueles do interior mais próprio e que participavam mais intensamente da transformação da economia rural à semi-urbana. 

O problema musicológico desse desenvolvimento fora colocado e discutido em várias sessões de conferência da Sociedade Musicológica Internacional em Berkeley, em 1977 sob o título „Music in Urban Centres Past and Present“ e „Rural/Urban Interchange in the Musics of South and West Asia.“

Essa consideração do espaço asiático, da Austrália e Oceania foi precedida por contribuição relativa a Salvador da Bahia por Gerard Béhague. („Interpenetration of Traditional end Popular Musics in the City of San Salvador, Bahia“, Report ot the Twelfth Congress Berkeley 1977, Kassel 1981, 298f.).

Tratando da problemática teórica de processos urbanizadores a partir de questionáveis colocações desse pesquisador, McCredie deixou de considerar todo uma discussão desenvolvida juntamente com arquitetos, urbanistas e pesquisadores culturais na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo desde a década de 1960, o que não poderia deixar de levar a debates e polêmicas quando da apresentação do seu texto.

McCredie acrescenta, nesse contexto, que para além, do processo dinâmico de mudança social através do contato com o urbano, devia-se considerar as novas culturas propagadas pela midia, pelo rádio e pela televisão, filmes e gravações. Neste sentido, lembra de artigo de Ivo Supicic („Music and the Mass Media - Some Basic Problems Reconsidered“, Report of the Twelfth Congress Berkeley, op.cit. 563 f.)

Passando a considerar mais especificamente a esfera insular da Micronesia, Melanesia e Polinésia, McCredie registra que eram manifestos um número de tendências comuns correspondentes aos fatores tratados anteriormente.

Em áreas urbanizadas não havia mais predominância de música indígena. Essas regiões atraiam não só populações adjacentes, como migrantes de outras ilhas e mesmo da Ásia, da Europa e da América. Como um termo que servia para designar popularmente uma síntese de tradições locais com estilos americanos, latinoamericanos e japoneses, propunha-se o conceito de Pan Pacific Pop.

Em Vanuatu, essas músicas aculturadas incluiam melodias country e western, hinos religiosos ou outros gêneros. Através das comunidades insulares era possível observar uma pluralidade de direções, representando indigenização, aculturação e uma contínua recepção de transmissões européias.

A ecumenização introduzia segundo êle uma outra dimensão a essa complexidade, representada no intercâmbio de repertórios e das ideologias com êles associadas. O resultado da extensão de permanências representadas nessas diferentes tendências parecia difícil de ser prognosticado.

(...)



Indicação bibliográfica para citações e referências:
Bispo, A.A. (Ed.) „Austrália e Brasil na discussão teórica no estudo de processos culturais: o debate sobre „aculturação“ e „ecumenização“ na esfera da Oceania com Andrew Dalgarno McCredie (1930-2006)“
. Revista Brasil-Europa: Correspondência Euro-Brasileira 168/10(2017:4).http://revista.brasil-europa.eu/168/McCredie_Oceania_e_Brasil.html


Revista Brasil-Europa - Correspondência Euro-Brasileira

© 1989 by ISMPS e.V. © Internet-edição 1998 e anos seguintes © 2017 by ISMPS e.V.
ISSN 1866-203X - urn:nbn:de:0161-2008020501


Academia Brasil-Europa
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Instituto de Estudos da Cultura Musical do Espaço de Língua Portuguesa (ISMPS 1985)
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Editor: Professor Dr. A.A. Bispo, Universität zu Köln
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