O Matatuto em Darwin
ed. A.A.Bispo

Revista

BRASIL-EUROPA 168

Correspondência Euro-Brasileira©

 

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Darwin. Foto A.A.Bispo 2017. Copyright

Darwin. Foto A.A.Bispo 2017. Copyright

Darwin. Foto A.A.Bispo 2017. Copyright

Darwin. Foto A.A.Bispo 2017. Copyright







Darwin. Fotos A.A.Bispo 2017.
No Texto: Sao Paulo 2016 e Darwin 2017©Arquivo A.B.E.

 


Palacio das Industrias, SP. Foto A.A.Bispo 2016. Copyright
N° 168/3 (2017:4)



Timor-Leste/Austrália: o
Manatuto em Darwin.
Memória da descolonização timorense no contexto da história da aviação militar australiana Museologia de transportes no Brasil, no arquipélago malaio e na Austrália

Prosseguimento, no Australian Aviation Heritage Centre, Darwin de reflexões encetadas no Catavento Cultural, São Paulo

 

Os estudos relativos à presença portuguesa na história e no presente do Sudeste Asiático dizem respeito a processos globais nos quais o Brasil historicamente se insere. Esses estudos relacionam-se compreensivelmente com a história da navegação. Foi através das viagens marítimas que se estabeleceram os primeiros contatos luso-asiáticos e realizaram-se intercâmbios através de séculos.

Museus da navegação no estudo de processos culturais

Museus que consideram prioritariamente a navegação constituem compreensivelmente importantes centros para os estudos dessas relações culturais com Portugal e outras regiões do globo marcadas pelos portugueses.

Um desses centros de estudos mais importantes para o arquipélago malaio e o mundo insular do Sudeste Asiático é o Museu Marítimo de Malaca com a reconstruída nave „Flor do Mar“. Essa instituição é, ao mesmo tempo, significativo museu para a história das navegações e dos Descobrimentos em geral, levantando questões historiográficas no tratamento de temas histórico-marítimos. (Veja)

Para a consideração de desenvolvimentos da história mais recente, os meios de comunicação por terra - estradas, ferrovias, linhas de telégrafo -, adquirem significado para a compreensão de relações e intercâmbios. Neste sentido, destaca-se também Malaca por possuir uma área museal que ocupa vasta área do seu antigo centro urbano. (Veja)

Museus de transportes em geral, da técnica e indústria

Essa área museu pertence ao tipo de museus de história da técnica e da indústria que se encontram em muitos países do globo e cujo significado é cada vez mais reconhecido também nos estudos culturais.

Catavento Cultural SP. Foto A.A.Bispo 2016. Copyright
No Brasil, destaca-se neste sentido o museu instituído no Palácio das Indústrias no Parque Dom Pedro II, em São Paulo, possuidor de veículos históricos de valor para a história do desenvolvimento urbano, da vida quotidiana, da ocupação do interior, da imigração e colonização.

Em recente visita realizada por pesquisadores da A.B.E. considerou-se o alto significado desse museu para estudos de processos culturais em relações internacionais referenciados pelo Brasil.

Considerar esse e outros museus do gênero no Brasil em cotejo com outros museus de história técnico-industrial de outros países pode abrir novas perspectivas e situar em dimensões mais amplas o despertar de interesses para a história mais recente de relações.

Esses museus, incluindo veículos e outros objetos importados de diferentes nações, oferecem fontes para a história das relações econômicas e políticas, assim como para a influência que exerceram com a sua técnica, desenho industrial e estética na paisagem e na cultura de regiões.

Veículos e objetos conservados nesses museus possuem também uma história própria e representam em alguns casos peças da memória de regiões e países, vinculadas que foram a fatos históricos e por vezes com carga afetiva. Inúmeros são os veículos de todos os tipos que se tornaram conhecidos pela sua aparência, nomes e números em cidades e regiões. Tornaram-se em muitos casos parte da memória de localidades, sendo lembrados em tradições orais, estórias, anedotas e mesmo em cantos.

Museus da aviação - estudos inter- e intracontinentais e de esferas insulares

Em vastos territórios de dimensões continentais como o Brasil ou em mundo insular como aquele das ilhas Sunda no Sudeste Asiático a aviação merece uma atenção maior do que em geral recebem no estudo cultural de relações, comunicações e intercâmbios.

Não é recente a consideração da história da aviação em estreito relacionamento com os estudos culturais no Brasil. Um dos principais motivos desse interesse já em fins dos anos de 1960 foi devio ao fato de que o museu da aeronáutica situar-se no mesmo edifício do Museu de Artes e Técnicas Populares de São Paulo (Museu de Folclore), no Pavilhão L. Nogueira Garcez, no Ibirapuera.

O Catavento Cultural instalado em 2009 no Palácio das Indústrias, em São Paulo, contribui à retomada e à atualização desse interesse. Nele demonstra-se em exemplares históricos o valor desses veículos para estudos de patrimônio cultural.

Uma das aeronoves ali apresentadas é um DC 3, um dos aviões mais fabricados em todos os tempos para fins militares e civís e que foi utilizado pela VASP até 1972.

Na área encontra-se também um avião Bandeirante cedido pela EMBRAER, o
primeiro fabricado no Brasil, do qual 498 foram produzidos, 253 para o Brasil e 245 vendidos para o Exterior.

Um exemplo do significado da aviação para o estudo da história mais recente de Timor Leste oferece o Museu da Aeronáutica de Darwin, Austrália - o Australian Aviation Heritage Centre.

Nele conserva-se um avião que tornou-se legendário na história das comunicações internas em Timor. Ao mesmo tempo, a aeronave encontra-se conservada e exposta
ao lado de grandes aviões militares que documentam a participação australiana em guerras mundiais e em conflitos regionais.
A presença do bimotor tão lembrado da história recente interna de Timor nesse museu predominantemente de história militar traz à tona os problemas por que passou a região nas guerras do século XX, não só por ocasião da ocupação japonesa na Segunda Guerra, quando timorenses procuraram abrigo na Austrália, como também e
sobretudo na época mais recente pós-colonial que antecedeu à independência de Timor-Leste e que foi tão gravemente marcada por conflitos, destruições e atrocidades.

A nave tematiza contextos existentes entre desenvolvimentos internos da antiga colonia portuguesa e a política internacional, de relações entre a política desenvolvimentista colonial das últimas décadas da administração portuguesa, da de-colonização e do papel desempenhado pela Austrália nas forças internacionais que interviram nos conflitos decorrentes da ocupação da antiga colonia em fins do século XX.


Darwin no contexto de relações australianas com a esfera lusófona

A presença do histórico bimotor de Timor no Australian Aviation Heritage Centre de Darwin traz à luz também o significado dessa cidade para estudos de processos culturais relacionados com Portugal e com os países marcados pelos portugueses na sua formação.

Com isso, contribui por caminhos indiretos ao reconhecimento da pertinência e relevância de estudos que focalizam relações entre o Brasil e a Austrália, ainda insuficientemente desenvolvidos.

Não somente sob a perspectiva dos estudos voltados à problemática indígena e sua transformação cultural em dimensões globais, e que incluem necessariamente os aborígenes australianos, ou sob a perspectiva da história dos Descobrimentos, da colonização e da imigração cumpre considerar a Austrália no âmbito dos estudos euro-brasileiros, como até hoje tem ocorrido. (Veja)

A própria história do pensamento e do desenvolvimento científico exige a consideração desse amplo contexto que inclui tanto a Austrália como o Brasil, o que o nome de Charles Darwin (1809-1882) lembra. (Veja)

A cidade que traz o seu nome chama a atenção sobretudo a uma fase mais recente das relações regionais em contextos internacionais e que adquire cada vez maior relevância atual.

Esse significado deriva do grande número de brasileiros, timorenses e representantes de outros povos marcados pelos portugueses e seus descendentes na Austrália e também de situações atuais das relações com Timor-Leste, não isentas de conflitos.

Essas tensões relacionam-se com questões de limites marítimos, levantando-se vozes que reclamam de uma posição por demais influente da Austrália e veem na libertação desses elos demasiadamente fortes uma esperada „segunda independência de Timor-Leste“. Com isso, a problemática do colonialismo e pós-colonialismo adquire novos aspectos e novas dimensões, pois não se referem mais exclusivamente a Portugal.

A posição privilegiada de Darwin para os estudos de processos culturais nas suas relações com a esfera insular da Ásia e da Oceania deriva de sua própria situação geográfica. Como capital do Northern Territory, essa cidade do norte australiano é sob muitos aspectos mais distante dos grandes centros do país através de longas e demoradas viagens por estradas e ferrovias do que do mundo insular vizinho com o qual se liga pelo mar. O aeroporto internacional de Darwin possibilita ligações aéreas para várias regiões asiáticas , às ilhas Sunda e as da Oceania.

É compreensível, assim, que temas relacionados com o binômio Cultura/Natureza possam ser ali privilegiadamente estudados. Este fato evidencia-se não só nos parques naturais da região, mas sim também no museu dedicado a répteis de Darwin, onde a atenção é dirigida a crocodilos e seu papel na ecologia, na vida dos homens, na cultura e na economia nas diferentes regiões daquela esfera do mundo e da América do Sul.

Fundada em 1869, destruída váias vezes por ciclones, Darwin adquire interesse para a história da arquitetura e da cultura do quotidiano mais recente.

As transformações das construções, de mobilias, de objetos de uso, da vida de sua população, de seus hábitos e de sua vida doméstica são lembradas em exposição no museu local. Apresentando-se também como uma das mais significativas instituições da Austrália para estudos relacionados com aborígenes, com o meio ambiente e com a história local nos seus confrontos com forças naturais, o museu cobre uma variedade temática que revela relações e sentidos inesperados, fornecendo impulsos a cotejos e a reconhecimento de paralelos ultrapassadores de fronteiras.


O Dove Manatuto e a ocupação de Timor em 1975

Restaurado e exposto nos vastos espaços do museu ao lado de aviões que desempenharam importante função na história civil e militar da Austrália, o avião que no passado pertenceu às Linhas Aéreas de Timor surge como um memorial da época o Timor português e da agitada e mesmo trágica era do período revolucionário de Timor. 

Trata-se de um „Dove“ do tipo DR 104 construido pela Havilland Company em 1962 e batizado com o nome de Manatuto. A aeronave era registrada CR-TAG pelo Govêrno Português e operava formalmente pela Companhia de Transportes Aéreos de Timor.

A vinda definitiva da aeronave a Darwin foi estreitamente relacionada com a Revolução de 1974 em Portugal e com a anexação de Timor Leste pela Indonésia em ação militar, em novembro de 1975. O museu expõe com as seguintes palavras as relações da aeronave com a revolução de 1974 em Portugal:

„In April 1974 the authoritarian dictatorship of Estado Novo was overthrown in a military coup in the ‚Carnation Revolution‘. The new democratic Portugal decided to shed its colonies, including abanoning its presence in East Timor. In 1975 Portugal pulled out of East Timor. East Timor had been a Portuguese controlled colony for 455 years,“

A aeronave, em geral a partir do aeroporto de Dili, era usada para transporte de passageiros, da mala postal ou de serviços de cargo no interior de Timor, sendo também fretada para transporte de turistas a partir de Darwin. Passageiros da companhia aérea australiana TAA que se dirigiam a Dili, podiam ser ali transferidos ao „Dili Dove“ para o prosseguimento da viagem.

Devido à situação militar tensa no Timor Leste, o capitão A. Ferreira voou diretamente da ilha de Ataúro a Darwin com a aeronave em novembro de 1975. Tendo sido permitido o pouso sob a alegação de tratar-se de aeronave em trânsito, o avião foi a seguir considerado como sendo uma importação ilegal pelo serviço da alfândega australiana, o que deu início a demorados trâmites legais e políticos entre a Austrália, Portugal e a Indonésia que então ocupava o Timor-Leste.

Caminhos do reconhecimento do valor histórico da aeronave

Desde 1977, a Aviation Historical Society, perante a aeronave que se deteriorava no aeroporto de Darwin, procurou adquiri-la para fins de restauro e preservação. Com a mediação do Departamento de Assuntos Estrangeiros de Camberra, a aeronave foi doada à sociedade pelo govêrno português em janeiro de 1978. A seguir, as autoridades alfandegárias e da aviação civil da Austrália aprovaram a importação da aeronave e a propriedade legal da mesma por parte da sociedade.

O avião, então estacionado no terreno da associação no Gardens Hill, foi removido para o novo Darwin Aviation Museum. Em recinto fechado, os trabalhos de restauração puderam ter continuidade de forma mais adequada. Com o apoio financeiro do museu, a sociedade esteve em condições de contratar um engenheiro especializado em 1990. Este, em tempo integral, passou a restaurar tecnicamente o avião. Com a ajuda de voluntários da sociedade, pôde-se substituir as partes corroídas e restaurar o motor.

O Havilland DH 104 Dove na aviação de pós-Guerra e a América Latina

Como o museu salienta, o Havilland DH 104 Dove foi um dos monoplanos britânicos de maior aceitação e sucesso do período posterior à Segunda Guerra. A aeronave do museu de Darwin assume, assim, um significado para a história técnica da aviação que extrapola a região.

542 Doves e variantes foram construídos, incluindo 127 Devons militares entre 1946 e 1967. O maior número de Doves foi para a América Latina. A Argentina adquiriu 70 aviões desse tipo, usados sobretudo na força aérea do país. 30 Devons foram produzidos para a Royal Air Force, sendo usados para transportes leves durante mais de três décadas. A Royal New Zealand Air Force adquiriu 30 Devons que permaneceram em serviço até meados da década de 1970.

Significado do nome a aeronove: a cidade de Manatuto

O DH 104 Dove Manatuto recebeu o nome de uma cidade e concelho de Timor Leste. Em monografia sobrre Timor, publicado nos últimos anos do período anterior à revolução, o concelho de Manatuto é descrito como tendo uma pequena densidade populacional, embora a capital, a vila de Manatuto, fosse dos maiores aglomerados populacionais da então província. Os postos, além da sede, eram Barique, Laclubar, Laleia e Lacló.

No concelho habitavam os grupos populacionais galole, idaté e tétum, que se dedicavam em grande parte à agricutura, especialmente à cultura de arroz. As formas de artesanato mais importantes eram o fabrico e panos, de artigos de palha, e verga e de cerâmica. No concelho haviam algumas atividades industriais, entre elas panificação, descasque de arroz, cerâmica, extração e destilação de petróleo, extração de sal e conserva de camarões. (Timor: Pequena Monografia, Lisboa: Agencia-Geral do Ultramar, 1970. 145-146)
Nos anos da história da aviação marcada pela aeronave, Timor tinha um aeroporto internacional, em Baucau, constituído por uma pista asfaltada de 2500 metros. Realizavam-se duas viagens semanais com aviões de uma companhia australiana, fretados pelo Govêrno da província, ligando Darwin a Timor. Previa-se que logo haveria uma outra ligação: Baucau-Dili-Cupão, este no Timor indonésio e Bali. Através de Bali completava-se então a ligação aérea com o Exterior.

Para os transportes internos, Timor-Leste dispunha de aviões próprios que utilizavam o aeródromo de Dili, várias pistas no interior, além do aeroporto de Baucau.

O interesse da população timorense pelo transporte interno por avião foi crescente; em 1966 os quilômetros percorridos tinham triplicado relativamente a 1963, assim como duplicado o número de passageiros e quintuplicado o da carta transportada.

Em fotografia do aeródromo de Dili, vê-se o avião Dove das viagens internas. Essa fotografia, - não considerada no Museu da Aviação de Darwin-, constitui um documento que contribui a salientar o significado da aeronave ali conservada. O grande número de pessoas no terraço da torre de observação demonstra o interesse pela aviação, sendo as partidas e chegadas da aeronave um dos motivos de atração e de lazer da cidade de Dili. (op.cit. 135/136)


Publicações histórico-militares de relevância para estudos culturais

O Australian Aviation Heritage Centre oferece uma vasta literatura de história militar e da aviação que surge como relevante também para estudos concernentes à história mais recente das relações entre a Austrália e a esfera de formação portuguesa, em particular de Timor-Leste.

Entre as publicações australianas, destaca-se o livro de um diácono que serviu como capelão na Australian Regular Army na International Force in East Timor (INTERFET) de setembro de 1999 a fevereiro de 2000. (Graeme Ramsden, Letters from Timor: A Chaplain‘s Tour of Duty, Sydney: Big Sky 2011.

Para além do interesse histórico do relato de suas experiências para o estudo da atuação de forças internacionais nessa fase crucial de Timor-Leste, Ramsden oferece muitas referências significativas para o estudo de encontros e intercâmbios culturais, salientando-se aqui aspectos referentes ao papel desempenhado pelos religiosos e pela música. (Veja)

Ramsden não deixa de mencionar a participação de brasileiros nas forças constituídas por soldados de diferentes nações. Salienta o papel de um médico brasileiro que auxiliava na exumação de cadáveres de assassinados na guerra, e lembra daqueles que trabalhavam como auxiliares de cozinha numa casa de detenção.

Comparando as características culturais, a disciplina e a vida militar das diferentes nações, salienta que os brasileiros se destacavam sobretudo pelos seus uniformes... (sic!)

„There were a few Brazilians, mainly MPs who worked at the detention centre. A couple of them worked as kitchen hands, and one in particular accompanied the Brazilian doctor when we were recovering bodies. I had interesting conversations with him in a mixture of Portuguese, Tetum, and English about how well he had washed his hands. (...) It was a great mix but I believe it took all of General Cosgrove‘s considerable talent to make it all work. The variety of uniforms and different ration packs was amazing. First prize for ration packs went to the French, an for uniforms - the Brazilians.“ (op. cit. 93)


Indicação bibliográfica para citações e referências:
Bispo, A.A.(Ed.) „ Timor-Leste/Austrália: o Manatuto em Darwin. Memória da descolonização timorense no contexto da história da aviação militar australiana Museologia de transportes no Brasil, no arquipélago malaio e na Austrália“
. Revista Brasil-Europa: Correspondência Euro-Brasileira 168/3 (2017:4).http://revista.brasil-europa.eu/168/Timor_Leste_em_Darwin.html


Revista Brasil-Europa - Correspondência Euro-Brasileira

© 1989 by ISMPS e.V. © Internet-edição 1998 e anos seguintes © 2017 by ISMPS e.V.
ISSN 1866-203X - urn:nbn:de:0161-2008020501


Academia Brasil-Europa
Organização de Estudos de Processos Culturais em Relações Internacionais (ND 1968)
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Editor: Professor Dr. A.A. Bispo, Universität zu Köln
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