Trajes e danças na Grécia e Folclore no Brasil
ed. A.A.Bispo

Revista

BRASIL-EUROPA 170

Correspondência Euro-Brasileira©

 
Chania, Creta. Foto A.A.Bispo 2017. Copyright

Chania, Creta. Foto A.A.Bispo 2017. Copyright


Chania, Creta. Foto A.A.Bispo 2017. Copyright

Chania, Creta. No texto: E.S.Karwinsky e o editor 2002. Fotos A.A.Bispo 2017©Arquivo A.B.E.

 


N° 170/10 (2017:6)


„a indumentária é a escala do senso artístico de um povo“ (1836)

Trajes e danças tradicionais em processos de criação de consciência nacional na Grécia
e o Folclore grego em processos de identidade de imigrantes no Brasil
- aspectos de um debate: continuidades e descontinuidades da Antiguidade ao presente -

À memória de Esther Sant‘Anna Almeida de Karwinsky (+2003)
Museu de Folclore de Chania, Creta

 
Chania, Creta. Foto A.A.Bispo 2017. Copyright

Os estudos referentes à Grécia nas suas relações com o Brasil e a Alemanha levados a efeito em 2017 foram motivados pela passagem dos 150 anos da morte de Otto I (1815-1867), o primeiro rei da Grécia. Por ser príncipe bávaro, foi lembrado em eventos na Baviera que trouxeram à consciência o significado da atuação de alemães e austríacos no desenvolvimento político, cultural e científico do país que proclamou a sua independência no mesmo ano que o Brasil. (Veja)


A atenção foi dirigida a processos de formação e consolidação de consciência cultural e identidade que prepararam o movimento de emancipação grego sob o domínio osmânico e que acompanharam a construção do Estado nacional grego no século XIX.


A intensa co-atuação de outros países europeus no movimento de independência, na organização e no desenvolvimento da nova nação explica-se em grande parte pelo filohelenismo de personalidades da política, da cultura e das artes da Europa Central e Ocidental, fruto de uma formação humanística que sempre despertou a admiração e mesmo o fascínio pela cultura da Antiguidade clássica.


Na procura da fundamentação da nacionalidade, o estudo da história e da arqueologia desempenhou um papel fundamental. Procurou-se, com a valorização desse passado, chegar-se a um elo de continuidade entre a população do país que se tornava independente e aquela de remotas eras da antiga Grécia.


Se essa continuidade dificilmente podia ser assegurada do ponto de vista étnico devido aos conturbados movimentos humanos em tão longo período de tempo, ela passou a ser procurada sobretudo sob o aspecto cultural.


Compreende-se, sob esta perspectiva, que expressões tradicionais festivas e da vida do quotidiano ganhassem em significado. Esse significado de perspectivas culturais acima de enfoques étnicos na construção de consciência nacional faz com que o estudo dessa época da história grega surja como de singular atualidade teórica e de particular interesse para países como o Brasil. 


A Grécia merece ser considerada com atenção na história da área de estudos que posteriormente passou a ser conhecida internacionalmente como a de Folclore, e que então correspondeu a um interesse pelo transmitido oralmente ou em tradições despertado em diferentes países europeus.


A consideração da inserção desse interesse em processos político-culturais de formação de consciência e identidade nacional que se evidenciam na história grega pode contribuir ao debate das últimas décadas relativo à conceituação e a atualização teórica dessa área de estudos.


Empenho pelo estudo e conservação da cultura tradicional: um exemplo de Creta


Na viagem de estudos promovida pela A.B.E. à Grécia, em 2017, procurou-se observar a situação de iniciativas e estudos respectivos em alguns museus nas ilhas e no continente. É surpreendente o número de museus de folclore em ilhas como Creta. Muitos deles são relativamente pequenos e resultado do idealismo de particulares, como é o caso do Museu de Folclore de Chania, a assim chamada „Casa Crética“.


Assim como no Brasil, constata-se que também na Grécia o papel relevante desempenhado por mulheres no estudo, conservação e valorização do artesanato e outras expressões que testemunham a vida do quotidiano sobretudo de regiões rurais de um passado que alcança até meados do século XX. Essa casa de creta foi resultado do empenho entusiástico de Irin Koumandraki e Aspasia Bikaki.


Nesse museu particular, em espaços domésticos, expõem-se sobretudo trabalhos de bordados com motivos colhidos de antigos exemplares encontrados em pesquisa de campo e que as pesquisadores transmitem a aprendizes.

Esther Sant‘Anna de Almeida Karwinsky e a atenção ao folclore grego no Brasil


Esther Karwinsky e Bispo 2002. ABE 2002. Copyright
No Brasil, o significado do folclore em grupos de imigrantes gregos e seus descendentes foi considerado pela pesquisadora Esther Sant‘Anna de Almeida Karwinsky (ou de Karwinsky), falecida em 2003.


Com formação obtida no Museu de Artes e Técnicas Populares de São Paulo, posteriormente Museu de Folclore, em 1968, e especializações em instituições de diferentes países, Esther de Almeida Karwinsky de desenvolveu uma intensa atividade internacional, participando em congressos, colóquios e proferindo conferências.


Em estadias na Alemanha, tomou parte de colóquios promovidos pela A.B.E. sobre a conceituação de áreas de estudos culturais e, nesse sentido, sobre a necessidade de análises de processos culturais em relações internacionais.


Dese 1968, a sua principal área de atuação foi a da ilha de Santo Amaro e o litoral de São Paulo, concentrando-se sobretudo no Guarujá. As suas pesquisas de campo possibilitaram a formação de coleções e a realização das Semanas de Folclore do Guarujá e, a partir de 1972, dos Festivais de Folclore e Artesanato do Guarujá.


Com a fundação da Associação de Folclore e Artesanato do Guarujá, o seu trabalho ganhou uma estrutura institucional. No congresso de encerramento do triênio de eventos científico-culturais pelos 500 anos do Brasil, em 2002, organizou, como presidente dessa associação e membro da A.B.E., sessão na Câmara Municipal do Guarujá.


O interesse de Esther Sant‘Anna de Almeida Karwinsky mereceria ser considerado êle próprio como fato de interesse cultural. Como nos encontros em que participou o seu esposo na Alemanha, a tradição da família von Karwinsky - de antiga nobreza no Império Áustro-Húngaro -, chama a atenção ao filohelenismo do passado e abre nesse sentido novas perspectivas para a compreensão de processos culturais na colonia grega no Brasil.


Antonio Fyskatoris e Milena Kykouropoulos - a associação Nea-Niki de São Paulo


O início do seu estudo sobre o folclore grego no Brasil teve início em fins de 1990, quando entrou em contato com o brasileiro de ascendência grega Antonio Fyskatoris. Em 1983, este jovem passou a participar de um grupo que se dedicava a danças tradicionais gregas no salão da igreja ortodoxa grega no bairro do Brás da capital paulista.


Esse grupo, formado por filhos de imigrantes gregos e liderados por uma jovem grega, Milena Kykouropoulos, levou à fundação da associação Nea-Niki no dia 12 de julho de 1988 e que passou a atuar na Oficina Cultural Oswald de Andrade da Secretaria de Cultura o Estado de São Paulo. Entre êles, destacaram-se Péricles Trivisas, Roberval R. Barioni, Helena Barioni e Cristiana Kykouropoulos.


A associação foi constituída com o escopo de pesquisar, divulgar e manter viva a cultura grega em todos os seus aspectos no Brasil. Segundo esse objetivo, a prática de danças tradicionais foi ponto de partida, mas representou apenas um aspecto de um amplo espectro de anelos e atividades em todas as áreas do conhecimento e das artes. O grupo não só passou a usar as cores nacionais gregas - que são aquelas bávaras - como também manifestou no seu emblema os seus elos com elementos arquitetônicos da antiga cultura grega.


No intento de recuperação de danças tradicionais gregas, a memória de imigrantes gregos de mais idade, provenientes de regiões rurais foi de importância. Lembravam-se de passos de danças do seu próprio passado, mas muitas vezes já tinham esquecido de outros, como no caso do Koftos, o que passou a exigir reconstruções. Com isso, apesar do fundamento baseado na transmissão oral e do intento de dar continuidade à tradição, o processo recriador tornou-se inevitável.


Como também no caso de comunidades de imigrantes alemães no Brasil, esse empenho pela recuperação de danças e outras manifestações tradicionais levou ao reconhecimento de obtenção de dados e conhecimentos no próprio país. 


Em viagem de pesquisas à Grécia, as irmãs Milena e Cristina Kykouropoulos procuraram tomar conhecimento mais aprofundado de danças, da indumentária característica de regiões, do instrumental e do artesanato, em particular aqui de bordados. Os conhecimentos ganhos forneceram bases para atividades educativas e de difusão cultural na comunidade grego-brasileira.


Os estudos desenvolvidos e os materiais obtidos, também aqueles transmitidos por meios audio-visuais e apoiados por órgãos de divulgação cultural da Grécia, levaram a uma particular consideração de danças de áreas centrais e do norte da Grécia, assim como das ilhas na atuação da associação.


Em especial o patrimônio de danças e outras manifestações tradicionais do mundo insular grego passou a desempenhar um papel relevante no empenho de refortalecimento da consciência e identidade cultural dos brasileiros de ascendencia grega e em apresentações públicas.


Essa cultura insular passou a estar presente sobretudo através da dança Kritiko de Creta, uma forma de dança de luta ou de gueirreiros. Entre as danças que passaram a constituir o programa do grupo contavam-se os Kalamatianos para a abertura de festas e a Zebelkiko, considerada como uma daquelas de mais remotas origens.


Os estudos desenvolvidos com sentido de fortalecimento da consciência e identidade cultural, de diferenciação de grupo no processo integrativo de gregos e seus descendentes no Brasil não deixaram de ser influenciados de forma complexa por decorrências, música, artes e filmes contemporâneos e que empregam elementos culturais caracterizadores, como no caso do então popular filme Zorba, o Grego, o que se demonstrava na popularidade da dança Kasapiko praticada pelo grupo.


Esses estudos iniciados por Esther Sant‘Anna de Almeida Karwinsky em 1990, foram condensados para um artigo preparado para o periódico da Associação de Folclore e Artesanato do Guarujá por ela presidida („Folclore Grego no Brasil“, Folclore 16, Agosto 1991,11).


O Brasil no 5th World Congress on Dance Research em Atenas, em 1991


O início de suas pesquisas que se encontravam em andamento foi comunicado à comunidade internacional de estudiosos de dança em suscinto panorama geral oferecido por Esther de Almeida Karwinsky sob o título Greek Folk Dances in Brazil no V Congresso Mundial de Pesquisa em Dança realizado na Grécia, de 4 a 8 de setembro de 1991.


Como uma das edições dos congressos do Conselho Internacional de Dança - os mais importantes encontros de especialistas de dança do mundo - foi esse evento apoiado por outras organizações significativas da área, entre elas a associação La Recherche en danse (França) e a European Folk Dance Research (Grã-Bretanha).


Na sua realização, destacou-se sobretudo o especialista em dança grega Alkis Raftis, responsável pela seção grega da International Organization of Folk Art da UNESCO. O tema escolhido foi do maior interesse teórico, despertando assim grandes expectativas não só nos estudos culturais em geral, como naqueles da Antiguidade: „Dance and Ancient Greece“. No congresso deveriam ser discutidos aspectos da dança na antiga Grécia e as suas relações com a dança em outras épocas da história, no presente da Grécia e em outros países.


A problemática tematizada nesse escopo do Congresso veio ao encontro das discussões levadas a efeito anteriormente e a seguir na Alemanha e no Brasil.


Nos colóquios desenvolvidos com a pesquisadora, emprestou-se particular atenção à convicção constatada em São Paulo de que grande parte das danças tradicionais gregas teriam uma fundamentação religiosa, mas que esta, porém, remontava à Antiguidade pré-cristã. Milena Kykouropoulos procurava estabelecer uma ponte de continuidade com danças de culto de divindades que, por exemplo, se realizavam ao redor de árvores, vendo-se aqui a proveniência da forma circular ou da formação espiral ou de caracol de várias danças.


Discutiu-se, nesses encontros, o necessário cuidado a ser tomado na interpretação de sentidos e origens de danças tradicionais, uma vez que, como conhecido de países como a Alemanha e Portugal, muitas delas não só revelam o trabalho reconstrutivo dos séculos XIX e XX, como também o do emprêgo de expressões culturais para fins religiosos, políticos ou de representação. Essa problemática era até mesmo reconhecida no Brasil, onde salientava-se, por exemplo, que o enrêdo da dança Tsamiko celebrava a coragem do combatente grego à época do domínio osmânico, ou seja época muito posterior àquela da Antiguidade.


Aproximações a „sobrevivências“ no folclore: crítica e crítica da crítica


Já há muito tinha-se criticado visões nos estudos de Folclore orientadas segundo concepções de „sobrevivências“. Como discípula de Rossini Tavares de Lima, um dos pesquisadores que mais se salientaram na crítica a essa aproximação interpretativa, Esther Sant‘Anna de Almeida Karwinsky estava consciente da insuficiência dessa atenção a „survivals“.


Ao mesmo tempo, porém, nos diálogos com a pesquisadora levados a efeito na seção de Etnomusicologia do Institut für hymnologische und musikethnologische Studien, discutiram-se os problemas resultantes de críticas por demais indiferenciadas de todo e qualquer procedimento que poderia sugerir perspectivas voltadas a sobrevivências. Essa crítica - como também aquela de eurocentrismo - tornara-se comum de pesquisadores que procuravam e procuram projetar-se através da desqualificação de colegas.


A crítica por vezes por demais rápidas e superficiais a supostas aproximações segundo sobrevivências na pesquisa, podia ter graves consequências para a análise cultural de processos culturais por inibir o pesquisador quanto ao reconhecimento de mecanismos internos de um sistema que, em si, permite, leva e mesmo presupõe atualizações.


Os trabalhos que então se encontravam em andamento sobre o edifício de concepções e imagens do mundo e do homem revelavam essas características sistêmicas que possibilitavam atualizações em diversas épocas e contextos.


Considerou-se, assim, que estudos e análises no âmbito de uma pesquisa de base ou de fundamentos do sistema cultural que possui em si natureza processual e é caracterizada por mecanismos que levam a atualizações deveriam ser conduzidas conjuntamente com aquelas de suas manifestações em processos históricos em diferentes regiões.


Nesse intento, a consideração da função da dança no processo de criação de identidade cultural e de construção de nacionalidade na Grécia do século XIX passou a adquirir uma relevância que ultrapassa de muito os limites regionais ou nacionais gregos.


O filohelenismo europeu na sua influência em processos políticos e político-culturais da Grécia no caminho de sua independência e no desenvolvimento do estado nacional oferece-se como um ponto de partida para a compreensão dos esforços de estabelecimento de uma continuidade entre a Antiguidade e a Grécia à época do movimento para a sua independência.


A consideração desse intento, porém, exige estudos mais aprofundados da própria polêmica da época relativa à existência ou não de continuidades étnicas e culturais, e que marcou o  debate intelectual e mesmo diplomático-cultural. A procura de elos com a antiga Grécia e o reconhecimento de que o povo grego é profundamente marcado pelo Cristianismo na tradição ortodoxa e assim por desenvolvimentos posteriores, determinam um quadro complexo de desenvolvimentos e um camapo de tensões que não admite leituras superficiais.


Essas tensões necessitam ser consideradas também em situações da imigração grega, como no caso do Brasil. Como discutido com Esther de Almeida Karwinsky, essa problemática continuou vigente no Brasil, uma vez que, embora procure-se explicar a origem das danças praticadas em remotas eras, a sua prática deu-se inicialmente ma esfera da igreja ortodoxa grega.


„Indumentárias são as escalas do senso artístico de um povo“


Em 1836, pouco depois da transferência da capital da Grécia para Atenas e ano de lançamento da pedra fundamental do palácio, publicou-se no „Panorama do Universo“, um jornal voltado à ilustração de „todos e de todos os países“, um artigo sobre trajes característicos das mulheres gregas que surge como significativo para estudos das visões da época relativas às tradições populares. O texto era baseado em dados de um relato de viajante russo. (Das wohlfeilste Panorama des Universums zur erheiternen Belehrung für Jedermann und alle Länder 52, 1836, 415-416)



O autor não queria falar da beleza das mulheres gregas, decantadas por Homero e Byron, que seria bem conhecida, mas sim sobre a sua indumentária que cobria as suas nobres figuras. As indumentárias seriam „a escala do senso artístico de um povo“. Lembrava-se que, assim como nos tempos de Filipe e Alexandre Magno, e ainda mais no período mais remoto da Guerra de Troia, a antiga Hellas era dividida em inumeráveis pequenos reinos e territórios, e assim como ainda no presente exitem inumeráveis ilhas, também ter-se-iam desenvolvido os trajes nesses territórios que então procuravam constituir um todo nacional.


As ilhas Paros e Naxos, que exteriormente se encontravam muito próximas umas da outras, diferenciavam-se porém profundamente através dos trajes dos seus habitantes. Em outros locais permanecera o traje que se conhece através das descrições de Homero ou que atravessou os séculos desde o antigo tempo grego até o presente nas obras salvas de artistas plásticos.  Ainda na época o viajante podia ver nas cabeças das belas mulheres de Smyrna o mesmo excelente tipo de turbantes femininos que já se conhecia de estátuas de mais de 2000 anos.


Sem discussão seria o fato de que os trajes das moradoras das ilhas eram mais belos e de mais bom gosto do que daquelas da terra firme da Grécia.


A maior diversidade dominava no modo com que cobriam a cabeça. Em algumas ilhas e em algumas partes do continente grego, as jovens solteiras andavam com a cabeça descoberta e sem outro enfeite do que suas belas tranças e entre elas flores e botões, em especial rosas, cravos e jasmins.

„Ainda que esse costume simples e elegante aumentasse os seus encantos naturais, tanto mais são estes prejudicados pelo fato de pintarem o seu belo cabelo profundamente negro com uma tinta feia, marrom amarelado, tendendo até mesmo ao vermelho. Esse costume, porém, era ainda desconhecido em parte bastante grande a Grécia, e homens e mulheres, que mereciam o epíteto do pai Homero de com ‚longos cabelos‘ deixavam o seu cabelo negro cair na nuca e nos ombros, sem artifícios e naturalmente.“


“Nas ilhas Ipsara e Mitilene, em Smirna e em todo o lugar onde se encontram povoados gregos nas costas da Ásia Menor, as mulheres trançam o cabelo e usam turbantes claros de musselina, diferentes quanto à beleza e ao valor dos tecidos, mas que em todo o lugar dão provas de bom gosto e de senso alegre. Extraordinárias são as altas coberturas de cabeça das belas e amáveis mulheres e Chios, feitas de linho e tão finas e belas que  envergonham a neve. Nas suas danças, cuja descrição já se encontra nas Ilias, onde Homero descreve o escudo de Aquiles, colocam entre os cabelos bonitas flores de laranja e limão e magníficas guirlandas de rosas, cravos, mirtas, palmas e ramos de ciprestes.“


„De resto, as mulheres de Chios trazem por baixo de suas curtas saias, que vão até os joelhos. calcinhas de sêda branca. Estranho segundo relato de um viajante russo é a indumentária das Ipsariotinas que, com o longo véu que cai a partir do nariz, se assemelham às turcas, mas relativamente ao corte das roupas e à quantidade de sininhos de prata ou outros metais parecem muito com as mulheres de algumas cidades russas.“



Relatos da viagem de estudos da A.B.E. à Grécia em 2017
sob a direção de
Antonio Alexandre Bispo




Indicação bibliográfica para citações e referências:
Bispo, A.A. „Trajes e danças tradicionais em processos de criação de consciência nacional na Grécia
e o Folclore grego em processos de identidade de imigrantes no Brasil - aspectos de um debate: continuidades e descontinuidades da Antiguidade ao presente“
. Revista Brasil-Europa: Correspondência Euro-Brasileira 170/(2017:6).http://revista.brasil-europa.eu/170/Folclore_grego.html


Revista Brasil-Europa - Correspondência Euro-Brasileira

© 1989 by ISMPS e.V. © Internet-edição 1998 e anos seguintes © 2017 by ISMPS e.V.
ISSN 1866-203X - urn:nbn:de:0161-2008020501


Academia Brasil-Europa
Organização de Estudos de Processos Culturais em Relações Internacionais (ND 1968)
Instituto de Estudos da Cultura Musical do Espaço de Língua Portuguesa (ISMPS 1985)
reconhecido de utilidade pública na República Federal da Alemanha

Editor: Professor Dr. A.A. Bispo, Universität zu Köln
Direção gerencial: Dr. H. Hülskath, Akademisches Lehrkrankenhaus Bergisch-Gladbach
Corpo administrativo: V. Dreyer, P. Dreyer, M. Hafner, K. Jetz, Th. Nebois, L. Müller,
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