Tortuguero - o „Amazonas da Costa Rica“
ed. A.A.Bispo

Revista

BRASIL-EUROPA 172

Correspondência Euro-Brasileira©

 
Tortuguero. Foto A.A.Bispo 2017. Copyright

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Fotos A.A.Bispo 2018©Arquivo A.B.E.

 


N° 172/13 (2018:2)




Tortuguero - o „Amazonas da Costa Rica“
A meta da neutralidade perante a mudança climática
na problemática de mangues, várzeas e regiões costeiras

 

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As expressões „mitigar e adaptar“ surgem assim como condutoras de iniciativas e da apresentação de metas à população e a visitantes estrangeiros.

Costa Rica apresenta-se e goza a imagem no Exterior de um país exemplar relativamente a questões ambientais e de clima na América Latina. Já o presidente Oscar Arias Sánchez (  ), em 2007, colocou o objetivo da neutralidade climática para a nação, salientando o papel das árvores. Por essa razão procurou-se aumentar as áreas florestadas, apoiando-se proprietários rurais em reflorestar pastos. Essa política levou a um aumento da consciência ambiental no país.

Considerável foi o desenvolvimento na área da proteção ambiental e climática nos últimos 30 anos. Em 1987, as florestas cobriam apenas 21 por cento do território. Um quarto do país encontra-se hoje sob proteção natural, a metade do seu território é coberto por florestas, e até 2030 essa área ainda deve aumentar. 90 por centro da energia é produzido por meios renováveis.

O govêrno pretende ainda alcançar mais, de modo que até 2021 o país deve tornar-se neutro climáticamente, ou seja, não emitir mais CO2 na atmosfera do que em 2005. Em encontro internacional sobre o clima em Paris, o país apresentou o plano de, até 2030, emitir no máximo 1,73 toneladas de CO2 por ano para impedir que a terra se aqueça mais de dois graus. Para alcançar essa meta, o país deve também preparar-se para as consequências da mudança climática.

Essa política pode ser observada sobretudo nos parques nacionais, onde, em grandes painéis, é elucidada e onde se apontam as medidas já tomadas. (Veja)

Tortuguero. Foto A.A.Bispo 2017. Copyright

Uma esfera difícil da problemática ambiental: manguezais e regiões costeiras

Um dos projetos diz respeito a áreas inundáveis que, no passado, eram cobertas de manguezais.

É o caso da costa na península Nicoya, onde, devido à retirada de árvores e arbustos para a coleta de sal, a terra se secou e os moradores já não encontram peixes e animais que ali viviam. Como a coleta de sal já não é lucrativa, a perda é total. Procura-se, assim, com muito esforço, replantar-se manguezais, o que é difícil, uma vez que a terra encontra-se extremamente salgada e com escavações feitas para a coleta de sal. Esse trabalho é apoiado por organizações não-governamentais em cooperação com as autoridades ambientas.

Esse esforço para salvar e recuperar os mangues é apoiado por entidades alemãs como a Sociedade Alemã de Cooperação Internacional. Os manguezais servem para melhorar o balanço de emissão de CO2 o país, pois coletamm 40% mais do que as florestas secas.  Também firmas estrangeiras procuram contribuir ao reflorestamento com empreendimentos sustentáveis e bio-certificados. Procura-se trazer à consciência a necessidade da vegetação de mangues para a regulação do nível de mar e para a sobrevivência de muitas espécimes animais.

Essas regiões depauperadas contrastam com a propaganda regional e nacional que salienta a exuberância de flora e fauna do país.

Encontra-se assim frequentemente esse contraste entre a riqueza do patrimônio vegetal e animal da Costa Rica e os problemas resultantes do mau uso dos recursos do meio. Esse contraste torna-se mais evidente considerando-se os grandes parques nacionais do país e suas regiões circundantes.

Como consequência da mudança climática, o período das chuvas transformou-se, tornou-se mais curto e as chuvas mais torrenciais. Nas regiões costeiras, as consequências da mudança climática são mais manifestas.

Com o aumento do nível das águas, as praias tornam-se menores, as árvores costeiras passam a ter as suas raízes cobertas de água e, por fim, caem. Esse desenvolvimento é negativo não só para os habitantes e para as localidades que temem inundações, mas também para os visitantes estrangeiros e, assim, de consequências para a imagem do país, para o turismo e para a economia.

Compreende-se, neste contexto, o significado dado à informação de visitantes sobre os intentos e as medidas tomadas para a defesa do meio ambiente.

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Parque Nacional Tortuguero

O Parque Nacional Tortuguero se situa também na Província Limón na costa caribenha de Costa Rica, a ca. de 80 km de Puerto Limón.  Foi criado m 1975. Tem uma área de 18.046,9 hectares na parte terrestre e 52.265 na marítima.

O seu estabelecimento teve o objetivo de proteger a flora e a fauna da região e também com objetivos científicos e educativos. Nele se encontram mata tropical muito húmida, mata premontana húmida de transição a básica e a mata tropical húmida.

É uma das regiões de mais chuvas da Costa Rica, com 5.000 a 6.000 mm por ano. Distinguem-se os aguaceiros locais de curta duração, frequentes, e os temporais, que, como em outras regiões do Caribe, duram vários dias.

É uma das regiões de mais exuberante vegetação, com grande variedade em fauna e flora, tendo como característica principal os seus canais. Identificaram-se 11 habitats, com um total de 2000 espécies de plantas e 400 de árvores.


A sua maior inportância reside no fato de ser área procurada pela tartaruga verde (Chelonia Midas) para desova, uma espécie sob o risco de extinção, assim como outras tartarugas marinhas. Ali vivem também vacas marinhas, crocodilos, crustácios de várias espécies e peixes.

A fauna inclui muitas espécies de animais e aves, algumas protegidas. Os canais e as lagoas que possui, navegáveis, formam um vasto systema de caminhos aquáticos naturais e criados pelo homem, usados para transportes e entradas na floresta. Esses canais, abertos em parte a visitantes, também com acompanhamento científico, contribuem à imagem do país como rico em bens naturais e atento à sua preservação.

Um problema da meta da neutralidade climática - a poluição devido a veículos

O grande problema da meta da neutralidade climática, em dimensões mais amplas, reside no tráfego e no aumento de veículos e, sobretudo de caminhões.

O setor dos transportes apresenta-se como um dos grandes problemas a ser solucionado, para o qual apenas cooperações interdisciplinares entre a política, a indústria, planejadores e urbanistas podem abrir perspectivas.

Trata-se assim de um projeto de natureza também cultural, pois leva a metas que pressupõem mudança de mentalidades e procura de soluções criativas para o futuro na organização do país e da sociedade. Medidas destinadas à diminuição de emissão de carros são tomadas assim paralelamente àquelas de proteção ambiental.


De ciclos de estudos sob a direção de

Antonio Alexandre Bispo


Indicação bibliográfica para citações e referências:
Bispo, A.A. „Tortuguero - o ‚Amazonas da Costa Rica‘. A meta da neutralidade perante a mudança climática na problemática de mangues, várzeas e regiões costeiras“
. Revista Brasil-Europa: Correspondência Euro-Brasileira 172/13 (2018:2).http://revista.brasil-europa.eu/172/Amazonas_da_Costa_Rica.html


Revista Brasil-Europa - Correspondência Euro-Brasileira

© 1989 by ISMPS e.V. © Internet-edição 1998 e anos seguintes © 2017 by ISMPS e.V.
ISSN 1866-203X - urn:nbn:de:0161-2008020501


Academia Brasil-Europa
Organização de Estudos de Processos Culturais em Relações Internacionais (ND 1968)
Instituto de Estudos da Cultura Musical do Espaço de Língua Portuguesa (ISMPS 1985)
reconhecido de utilidade pública na República Federal da Alemanha

Editor: Professor Dr. A.A. Bispo, Universität zu Köln
Direção gerencial: Dr. H. Hülskath, Akademisches Lehrkrankenhaus Bergisch-Gladbach
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