De ilha do Tejo ao Atlântico: o gigante Almourol
ed. A.A.Bispo

Revista

BRASIL-EUROPA 175

Correspondência Euro-Brasileira©

 
Ilha de Sao Miguel. Foto A.A. Bispo 2018. Copyright

Ilha de Sao Miguel. Foto A.A. Bispo 2018. Copyright

Ilha de Sao Miguel. Foto A.A. Bispo 2018. Copyright

Ilha de Sao Miguel. Foto A.A. Bispo 2018. Copyright

Ilha de Sao Miguel. Foto A.A. Bispo 2018. Copyright


Fotos A.A.Bispo 2018©Arquivo A.B.E.

 


N° 175/4 (2018:5)




Imagens em narrativas tradicionais e contextos histórico-geográficos:
a época dos Templários em romance na personificação dos Açores
- de ilha no Tejo a São Miguel e Santa Maria no Atlãntico: o gigante Almourol e sua mulher Cardiga -

Aproximações interdisciplinares nos estudos Açores-Brasil:
estudos culturais empíricos e fontes históricas

In memoriam Profa. Dr.Dr. Julieta de Andrade (†2018)
Ribeira Seca, ilha de São Jorge, terra natal de Francisco de Almeida (1869-1934),
autor da obra orquestral Almourol, nas vésperas dos 150 anos de seu nascimento

Julieta de Andrade 2004. Arquivo ABE

 
Ribeira Seca. Foto A.A. Bispo 2018. Copyright

Ribeira Seca. Foto A.A. Bispo 2018. Copyright
Pelas suas condições naturais e pela sua formação histórico-cultural, os Açores merecem particular atenção sob a perspectiva das relações Cultura/Natureza nos seus diversos aspectos. 
No presente, são questões ecológicas e ambientais que compreensivelmente são mais tematizadas e tratadas prioritariamente. Os Açores também são atingidos por desenvolvimentos globais como o do aquecimento atmosférico e a mudança
Ribeira Seca. Foto A.A. Bispo 2018. Copyright
climática.

Registra-se no arquipélago intensa preocupação com a recuperação da vegetação endêmica e com o reflorestamento de ilhas que na sua pujança natural, sofreram modificações com o seu uso pelo homem.

A ecologia dos mares adquire naturalmente significado de primeira grandeza e também aqui colocam-se problemas de natureza cultural, entre outros o de heroizações e valorizações de atividades do homem que surgem hoje como altamente questionáveis
Ribeira Seca. Foto A.A. Bispo 2018. Copyright
pela sua crueldade para com outros seres viventes.

Nesses intentos, a perspectiva histórica torna-se indispensável por diferentes motivos. A consideração das interações entre as condições geográficas e a natureza do arquipélago de um lado e os processos históricos que determinaram o seu povoamento, colonização e desenvolvimentos posteriore de outro abrem perspectivas para análises de condicionamentos que podem contribuir à elucidação de mecanismos culturais que levaram a situações constatadas na atualidade.

Esse estudo de fundamentos culturais nas suas relações com a Natureza é de significado para outras regiões do globo cuja história apresenta estreitos vínculos com a dos Açores, como é o caso do Brasil.

Concepções e imagens marcadas pelo confronto do homem com a natureza do arquipélago foram levadas pelos emigrantes açorianos a regiões extra-européias, co-atuando em novos contextos. O estudo de fontes interage com aqueles científico-culturais, e questionamentos de áreas como as da etnografia e folclore contribuem à elucidação de contextos e sentidos na leitura de documentos históricos.

Nos estudos euro-brasileiros levados a efeito no arquipélago, em agosto/setembro de 2018, uma das questões levantadas foi a dos pressupostos culturais daqueles primeiros europeus que, atingindo as ilhas, as povoando e colonizando, interpretaram o que encontraram a partir não só de possíveis conhecimentos geográficos já existentes, como também de imagens transmitidas através de narrativas da tradição oral. Estas, embora referindo-se a passados fatos e decorrências, revelam em linguagem lendária ou mítica concepções de cunho sistemático e filosófico-natural de antiga proveniência.

Ponta Delgada.Foto A.A. Bispo 2018. Copyright

Personificações na Geografia - gigantes no Cabo das Tormentas e nos Açores

Neste sentido, foram retomadas nos Açores, em 2018, reflexões encetadas nos trabalhos euro-brasileiros realizados anteriormente no sul da África. (Veja) Considerando-se o Cabo das Tormentas e a sua redenominação de Cabo da Boa Esperança, trouxe-se então à consciência o significado das personificações do Cabo na linguagem das imagens tratadas literariamente em Os Lusíadas como a do gigante Adamastor  e à metamorfoseada Tétis. (Veja)

Embora levantando questões com a sua denominação, Adamastor remete a atenção aos gigantes da mitologia e, assim, a processos que, embora em personificações, podem ser considerados nas suas relações com aqueles elementares da antiga Filosofia da Natureza nos seus elos com a dinâmica do ciclo do ano. A consideração desse processo, em particular nos seus elos com a parte descendente do ano, foi retomada a seguir nos estudos levados a efeito na Sicília. (Veja)

Se o gigante Adamastor, tratado no epos de Camões, mantém-se em nome e figura conhecido e presente na atualidade, o mesmo não acontece com similar intensidade com outro gigante, aquele que se associa com os Açores, mais especialmente com a ilha de São Miguel: o gigante Almourol (Almoriol, Almorol, Almourel, Almuriel).

Entretanto, o principal vulto da história da música dos Açores, Francisco de Almeida (1869-1934), deixou uma obra orquestral que traz o nome Almourol. Às vésperas das comemorações dos 150 anos de seu nascimento, visitou-se a cidade de seu nascimento, Ribeira Seca, ali recordando a figura de Almourol.

Relembrar Almourol pode também abrir perspectivas para as reflexões concernentes a Adamastor. Referindo-se a uma figura e a episódios do contexto da Reconquista em Portugal, esse gigante revela transmissões de imagens através de estórias da narrativa tradicional e traz á consciência de que também a personificação do Cabo das Tormentas/Boa Esperança não deveria ser apenas considerada como expressão da recepção erudita de antigos autores à época do Humanismo renascentista.Tratar-se-ia possivelmente de concepções transmitidas por diferentes caminhos na tradição, ainda que de forma imprecisa e mesmo inconsciente, que adquiriram então maior precisão através de uma revalorização de antigas fontes à época do Humanismo.

De uma ilha do Tejo a uma ilha do Atlântico - Almourol transportado aos Açores

Almourol denomina uma ilha e um castelo no rio Tejo, na Praia do Ribatejo, próximo à Vila Nova da Barquinha. Esse castelo medieval em ilha na região central de Portugal, hoje procurado sobretudo pelas suas qualidades paisagísticas, adquire significado tanto sob o aspecto histórico como da pesquisa cultural pelas lendas e estórias que com êle se relacionam.

A fortificação da ilha já teria existido no século XIII, sendo denominada comno Al-morolan, termo que parece referir-se ao alto rochedo que se levanta das águas. De possíveis origens na Antiguidade - talvez a localidade Moron mencionada por Estrabo - teria sido conquistado pelos conquistadores muçulmanos e, em 1129, reconquistado por Dom Afonso Henriques (1112-1185).

Na memória histórica, a imagem de Almourol permaneceu marcada pelos mouriscos, os mouros cristianizados. Com a Reconquista, Almourol foi entregue aos Templários, a ordem de cavaleiros que ficou encarregada da defesa de Coimbra e do povoamento da região entre o Tejo e o Mondego. Com a extinção da Ordem dos Templários, bens e tradições passaram para a Ordem de Cristo, a ordem que desempenhou papel de primeira grandeza na história dos descobrimentos portugueses.

Esse complexo histórico estreitamente vinculado à Reconquista e ao processo de cristianização e de povoamento em determinado contexto ambiental de Portugal encontra singulares paralelos com a história dos Açores, até mesmo sugerindo intentos refletidos. O papel da Ordem de Cristo na empresa de descoberta e povoamento das ilhas pode explicar continuidades quanto a referências histórico-geográficas e à memória, e o transporte de mouriscos norte-africanos para o seu povoamento justificaria a lembrança de um castelo que teria representado um marco no processo de submissão e cristianização de mouros.

A consideração de Almourol no Tejo na sua singular extensão ao meio do Atlântico não pode proceder apenas por caminhos historiográficos convencionais. Almourol é motivo de lendas e estórias, de vultos e ocorrências que lembram romances de cavalaria medieval, sendo envolto ainda hoje por uma atmosfera de mistério, de vaga nostalgia e de saudades. Uma questão a ser levantada é se essa saudade não remontaria àquela dos mouriscos que, batizados após a sua derrota, se lembravam de um perdido passado de soberania. A consideração da singular translocação de Almourol do meio do Tejo ao meio do Atlântico poderia assim ser objeto de analíses demopsicológicas e de suas irradiações através de emigrações, entre elas ao Brasil.

O gigante Almourol nas Saudades da Terra de Gaspar Frutuoso (ca. 1522 - 1591)

O principal vulto da história intelectual dos Açores do século XVI, o erudito Gaspar Frutuoso, originário de São Miguel, dedicou todo um capítulo de sua obra Saudades da Terra ao gigante Almourol. Essa obra foi relida em aproximações interdisciplinares por ocasião dos estudos euro-brasileiros levados a efeito em Ribeira Grande, ilha de São Miguel. Considerou-se que as interrelações entre procedimentos históricos e etnográficos nos estudos do arquipélago não são recentes, lembrando-se sobretudo do tópico dedicado ao arquipélago dos Açores da Etnografia Portuguesa de José Leite de Vasconcelos (1858-1941), escrito a partir de fontes históricas, em particular de Gomes Eanes de Azurara (ca.1410-1474)  (vol.III, livro I, „A Terra de Portugal“, Imprensa Nacional-Casa da Moeda, facsimile da edição de 1980, 534 ss.). Considerou-se, porém, que a potencialidade de aproximações interdisciplinares não estão esgotadas,

Frutuoso trata da figura de Almourol na configuração da ilha de São Miguel como introdução à descrição da ilha e da sua costa marítima, lembrando que esta surgia como o gigante jazido no mar. („Da figura, que se imagina ter a ilha de São Miguel, do gigante Almourol, que alguns fingiram ser guarda de uma donzela, chamada Miraguarda, naquele castelo, assim chamado Almourol do seu nome que diziam ser seu; em que se descreve toda a sua costa marítima e a figura dela, a modo desste gigante, deitado ali no mar, com as povoações, cabos e enseadas que ao longo dela correm como membros e parte de seu corpo“) (op.cit., Capitulo XXXVII, 250 ss.).

Ilha de Sao Miguel. Foto A.A. Bispo 2018. Copyright
A projeção do gigante Almourol à ilha de São Miguel, ou a sua leitura segundo a imagem do gigante remontam segundo a narrativa de Gaspar Frutuoso àquele que foi enviado para „descobrir“ a ilha, cuja existência já era conhecida: Gonçalo Velho Cabral (1400-1460), membro da Ordem de Cristo, comendador do castelo de Almourol.

Ao mesmo tempo, Frutuoso menciona a concomitante vinda de mouriscos do Norte da África por ordem do Infante para povoar as ilhas.

A menção do Nome Cabral desperta a atenção nos estudos referentes ao Brasil, uma vez que revela uma relação de parentesco com o descobridor do Brasil, Pedro Álvares Cabral (1467-1520) através da mãe de Gonçalo Velho, Maria Álvares Cabral.

Constata-se, neste contexto, o papel desempenhado por esssa rede familiar no povoamento dos Açores e que pode ser estudado a partir dos dados genealógicos oferecidos por Gaspar Frutuoso.

Frutuoso menciona que, em 1431, Gonçalo Velho, então na Vila de Tancos, nas margens do Tejo, recebeu a ordem do Infante Dom Henrique (1394-1460) de navegar em direção a ocidente para „descobrir“ terra, trazendo mais dados sobre as ilhas detectadas por Diogo de Silves, em 1427.

Se Gonçalo Velho Cabral encontra-se presente em monumento no centro de Ponta Delgada, a principal cidade de São Miguel, o Infante é lembrado em estátua em na Vila Franca do Campo.

Após ter descoberto as ilhas posteriormente
denominadas de Formigas, Gonçalo Velho tornou-se um dos membros da escola náutica de Sagres, fundada em 1432 pelo Infante e para o qual passou a atuar.

Enviado novamente a descobrir terras no oceano, das quais se tinham vagas notícias de antigas fontes gregas, a primeira ilha que encontrou foi denominada de Santa Maria, fato compreenssível sob o pano de fundo da intensidade do culto mariano entre os homens de mar.

O fato de Gonçalo Velho ser comendador de Almourol e a seguir o primeiro capitão das ilhas de Santa Maria e São Miguel teria sido a principal causa da projeção da imagem do gigante e sua mulher a essas ilhas do Atlântico

Localidades e personificações no Tejo: Armourial, sua mulher e filhos

O nome de Almourol estava estreitamente relacionado com a história do castelo do mesmo nome acima da vila de Tancos junto ao Tejo, sendo esse burgo designado segundo o gigante ou este segundo o castelo - em todo o caso, o castelo passou a ser conhecido pelo nome daquele que o comandara.

Segundo a tradição, era um gigante de extraordinárias dimensões e assustadora aparência. Essas características valeriam também para o seu filho, Taco, de descomunal estatura, irascível e intempestivo. Também a história de Taco refere-se à sua morte e afundamento nesta parte profunda do rio, assim como à permanência de seu nome em localidades. no caso  Tancos e a vila de Tanquinhos.

Os paços de Almourol teriam sido erguidos por ordem do Fr. António de Tomar, um reformador da vida conventual.

O texto de Frutuoso sugere o conhecimento de antigas narrativas conhecidas de novelas e romances. Assim, pode-se salientar o fato de mencionar que esse gigante mourisco era o senhor do castelo onde encontrava-se em guarda a uma donzela Miraguarda, famosa pela sua grande beleza, um contexto complexo de narrativas que exigem considerações mais aprofundadas e amplas, ultrapassadoras de contextos e fronteiras.


Os cadáveres de gigantes transportados pelas águas ao oceano Atlântico

Segundo o texto, morrendo, Almourol foi enterrado ao longo do rio Tejo, junto a seu castelo, porque nele não cabia devido a seu grande porte. O seu repouso de morte foi porém perturbado por uma grande enchente que, removendo a terra, deixou que o seu corpo aparecesse e que fosse levado pelas águas.

Frutuoso descreve essas decorrências com grande dramaticidade. Fala da despedida do morto com imensas saudades do seu castelo e antiga morada, assim como do mosteiro da Esperança e das vilas de Tancos e Tanquinhos. Vendo-o assim despedir-se na sua ida rio abaixo, e lembrando-se de que Almourol fora seu senhor, casado com Cardiga, sua senhora, já morta, os habitantes deram grandes gritos, lamentando o desastre da partida. (Cap. XXXVII, 250)

Revelando a recepção da literatura mais recente da época dos Descobrimentos, o texto faz referências mitológicas e às „naus das Índias“. Nele se desscreve como as „ninfas Tágides“, acostumadas a ver monstros marinhos, não temendo o grande vulto do corpo do gigante, mergulharam nas águas, das quais emergiam de tanto em tanto, observando a monstruosidade que passsava, fazendo suposições quanto à sua origem, se era um monstro marinho ou pai das naus da India, dos juncos, ou das grandess urcas de Flandres. Outras afirmavam que era nada mais do que uma grande serra que as águas doces do rio levavam às águas salgadas do mar.

Nesse procedimento que relaciona mitologia, geografia, história e etnografia, o texto diz que quando Apolo com o seu carro do sol imergiu no Ocidente ao cair da tarde, as sentinelas da Torre de São Gião, assombradas pelo estranho vulto, não acordaram os seus companheiros nem fizeram fogo, antes se afastando como moços medrosos.  Na região dos Cachopos, peixes espadas morreram de medo do gigante morto que passava, não ousando atacá-lo, julgando ser grande baleia.

Passando o canal de São Gião e escapando dessses perigos, o corpo entrou no oceano em direção a Ocidente, e dele fugiam as ondas no grande e espaço vale, vindo encalhar abaixo das ilhas Formigas. Como era corpo de enormes dimensões e pesado, ali ficou assentado, sepultado para sempre, tornando-se o corpo em terra.

O texto também registra narrativas de uma outra e anterior enchente do Tejo e da vinda do corpo da sua mulher Cardiga.  O seu corpo, transformado em terra, formou a ilha de Santa Maria. Almourol, seu marido, teria vindo para dela ficar próximo, nas Formigas, em abraço de sua amada, unidos assim em laço de amor sepulcral.

As ilhas seriam assim os seus jazigos, uma vez também que toda e qualquer ilha desse oceano seriam sempre prisões e sepulturas.

A ilha de São Miguel lida segundo a figura do gigante Armourol

Gaspar Frutuoso entra em pormenores na interpretação topográfica da ilha a partir da imagem do gigante. Assim, a cabeça do cadáver, encostado de lado, constituia o morro do Nordeste; água Retorta seria uma orelha, o pescoço começaria da freguesia de São Pedro ao norte e do Faial ao sul, estendendo-se até a Povoação. A longa barba seria Achada Grande, estendendo-se até Achada Pequena, tornada calva no segundo terremoto que cobrira o terreno com pedra pome.

Os Fenais da Maia, e a Ponta da Garça, constituiriam os seus ombros. A Maia e Vila-Franca, eram os cotovelos de seus braços, tendo o ilhéu de Vila-Franca como escudo. Porto Formoso e o de S. Lázaro seriam os seus braços, cujas pontas eram os portos de Santa Iria e de Vale de Cabaços. Aqui apareciam as suas mãos, tendo os dedos apontando no pico de Santa Iria com sua Ribeira Grande e, ao norte, na Água do Pau com a ponta da Galé.

A cintura, com um valioso cinto, ia de Rabo de Peixe até a Alagoa, onde a ilha é mais estreita. A falda da malha seria os Fanais em Rosto de Cão, ambos termos da cidade, onde o cinto criava uma figura de rosto de cão, com o focinho para o mar e o rabo voltado à terra.

Do sítio de Santo António até à Bretanha, surgia o pé direito do gigante e, ao sul, a cidade de Ponta Delgada, Relva e Feiteiras, constituia a sua coxa esquerda. A ponta da Bretanha e a Candelária eram os joelhos, a grota de João Bom e a localidade de São Sebastião assuas pernas.


O pé esquerdo era o local chamado Sete-Cidades, que, segundo Gaspar Frutuoso tinha sido antes levantado, mas que, com o grande peso, sumira e se estendera ao mar, criando a fajã de Mosteiros, deixando surgir a ponto dos dedos do pé nos ilhéus e nos penedos.

O pé direito do gigante constituía o Pico das Camarinhas, também levantado e que depois se abaixou, estendendo-se pelo mar, mostrando-se armado com armas de fortes penedos e ferro jorjados por Vulcano, razão pela qual o povo chama aquele local de Pico das Ferrarias. No meio desses horrendos pés se estenderia a bainha do manto que o gigante trazia sobre as armas, abotoada em algumas partes, tendo como botões os altos e grandes montes. (Livro Quarto, Cap. XXXVII, 151)


De ciclo de estudos sob a direção de
Antonio Alexandre Bispo


Indicação bibliográfica para citações e referências:
Bispo, A.A. „Imagens em narrativas tradicionais e contextos histórico-geográficos: a época dos Templários em romance na personificação dos Açores - de ilha no Tejo a São Miguel e Santa Maria no Atlãntico: o gigante Almourol e sua mulher Cardiga“
. Revista Brasil-Europa: Correspondência Euro-Brasileira 175/4 (2018:5).http://revista.brasil-europa.eu/175/Almourol.html


Revista Brasil-Europa - Correspondência Euro-Brasileira

© 1989 by ISMPS e.V. © Internet-edição 1998 e anos seguintes © 2017 by ISMPS e.V.
ISSN 1866-203X - urn:nbn:de:0161-2008020501


Academia Brasil-Europa
Organização de Estudos de Processos Culturais em Relações Internacionais (ND 1968)
Instituto de Estudos da Cultura Musical do Espaço de Língua Portuguesa (ISMPS 1985)
reconhecido de utilidade pública na República Federal da Alemanha

Editor: Professor Dr. A.A. Bispo, Universität zu Köln
Direção gerencial: Dr. H. Hülskath, Akademisches Lehrkrankenhaus Bergisch-Gladbach
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