Doc. N° 2129

Revista Brasil-Europa

Prof. Dr. A. A. Bispo, Dr. H. Hülskath (editores) e curadoria científica
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104 - 2006/6


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Sabedoria e cultura na mística de Santo Antonio de Lisboa e sua influência no Brasil

Rio de Janeiro: Convento de Santo Antonio e Igreja da Ordem Terceira de São Francisco da Penitência

 

Santo Antonio RJ
O tema "Sabedoria e Cultura", que marcou os trabalhos da Academia Brasil-Europa dos meses de novembro e dezembro de 2006, levou a reflexões concernentes à transmissão de conceitos correspondentes ao Brasil através da ação de ordens religiosas, em particular dos beneditinos e dos franciscanos.

No Rio de Janeiro, no Natal, época teologicamente adequada para o tratamento desse tema, visitou-se com essa intenção, entre outras, a Igreja do Convento de Santo Antonio, ao qual adjunta-se a Igreja da congregação leiga da Ordem Terceira de São Francisco.

De importância histórico-arquitetônica e artística pelos trabalhos de entalhe e douramento executados sobretudo pelos artistas portugueses Manuel e Francisco Xavier de Brito, no século XVIII (1726-1739), o local deu sobretudo ensejo a reflexões concernentes à questão da Sabedoria na cultura franciscana, a sua inserção na mística de Santo Antonio de Lisboa e o significado de suas expressões no âmbito do movimento antoniano dos séculos XVII e XVIII, na África e no Brasil.

Considerando-se a popularidade do culto a Santo Antonio no Rio de Janeiro, refletiu-se a respeito do significado da mística antoniana nas diversificadas expressões tradicionais da cultura religiosa popular e na eventual permanência de conceitos correspondentes de Sabedoria - ainda que inconsciente - na mentalidade de grupos já secularizados da população. Aqui se abriria possibilidades para análises referentes à valorização da simplicidade, da modéstia, da humildade e da pobreza no Homem assim impregnado, com as suas possíveis conseqüências sociais e nas expressões exteriores da arquitetura.

Em trabalhos futuros, a A.B.E. dará continuidade a análises de valores vinculados à pobreza evangélica, considerando as conseqüências dessas concepções no âmbito de processos secularizadores da cultura. Procurar-se-á, aqui, caminhos para um estudo mais positivo de determinados desenvolvimentos urbanos e arquitetônicos dos morros e das periferias.

 

Observação: o texto aqui publicado oferece apenas um relato suscinto de trabalhos. Não tendo o cunho de estudo ou ensaio, não inclui notas e citações bibliográficas. O seu escopo deve ser considerado no contexto geral deste número da revista. Pede-se ao leitor que se oriente segundo o índice desta edição (acesso acima).