Ano Lutero 2017: Estrasburgo e Brasil
ed. A.A.Bispo
Revista
BRASIL-EUROPA 166
Correspondência Euro-Brasileira©
Ano Lutero 2017: Estrasburgo e Brasil
ed. A.A.Bispo
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BRASIL-EUROPA 166
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Fotos A.A.Bispo 2017©Arquivo A.B.E.
N° 166/5 (2017:2)
Ano Lutero 2017 - 500 anos da Reformação
Estrasburgo e Brasil
Cidade dos Direitos Humanos e a Ética de respeito à vida de Albert Schweitzer (1875-1965)
Reflexões euro-brasileiras na igreja de S. Tomás de Estrasburgo
O corrente ano de 2017 é marcado internacionalmente pela passagem dos 500 anos da Reformação. Em eventos vários, atos comemorativos, de culto, em conferências, publicações e concertos, sobretudo na Alemanha, lembra-se que, em 1517, Martinho Lutero (1483-1546) expôs publicamente, em Wittenberg, as 95 teses que desencadearam o movimento reformatório que marcou a história religiosa e cultural da Humanidade.
O ano de 2017 foi preparado desde 2008 por eventos vários que focalizaram determinados complexos temáticos relacionados com a Reforma, tais como a rememoração dos 450 anos da morte de Philipp Melanchthon (1497-1560) em 2010 e, em 2015, a celebração os 500 anos de nascimento de Lucas Cranach, o jovem (1515-1586).
Essa década não poderia deixar de ser considerada sob a perspectiva dos estudos relacionados com o Brasil, levando a visitas de centros históricos da Reforma na Alemanha promovidas pela A.B.E.. (Veja)
Não só porém o significado do Protestantismo para a as relações Alemanha-Brasil justificam uma atenção especial desses 500 anos da Reformação sob a perspectiva euro-brasileira.
A crescente expansão no Brasil de igrejas e comunidades que se inserem através de complexos caminhos em processos desencadeados pelo ato de Lutero exige a consideração da história do Protestantismo nas suas relações com o Brasil e suas consequências.
Essa atenção é favorecida pelos sinais vindos de Roma que indicam novas aproximações a fatos e desenvolvimentos que causaram cisões e conflitos na história eclesiástica e que passam a ser reconsiderados e mesmo co-celebrados. Esse desenvolvimento não pode deixar de ser considerado em estudos de processos culturais que decorrem no presente.
A necessidade de estudos e cooperações sob o signo do diálogo interconfessional para o Brasil no tratamento de questões culturais, em particular no caso da música nas suas relações com a religião foi salientada no IV Simpósio Internacional "Música Sacra e Cultura Brasileira", realizado pelo encerramento do triênio de estudos pelos 500 anos do Brasil em sessões no Rio Grande do Sul, em 2002. (Veja)
Os trabalhos do ano Lutero de 2017 apresentam acentos especificamente teórico-culturais. Retoma-se, com esse intuito, uma preocupação que há muito vem caracterizando as reflexões no âmbito dos estudos de processos culturais. As reflexões das últimas décadas demonstraram há muito a problemática de relações interdisciplinares entre os Estudos Culturais, a Teologia e a Ciência das Religiões.
Abertura de trabalhos na igreja de S. Tomás de Estrasburgo
Por diversos motivos escolheu-se a igreja de S. Tomás de Estrasburgo para o início das reflexões no âmbito das celebrações dos 500 anos da Reformação sob a perspectiva de estudos referenciados segundo o Brasil.
Essa igreja, considerada como "catedral do protestantismo luterano da Alsácia", traz à memória o papel excepcional da cidade que é hoje considerada como "capital da Europa" para a história da Reformação. Trata-se de uma região marcada pelo campo de interações e tensões culturais entre a esfera alemã e a francesa através dos séculos.
O edifício, considerado como um dos mais significativos monumentos da arquitetura religiosa da cidade famosa pela sua catedral gótica, possui antigas raízes, remontantes à história missionária dessa região da Europa através de religiosos da Grã-Bretanha no século VI.
A atual construção remonta ao século XIII, sendo a sua configuração interior marcada por trabalhos realizados entre 1260 e 1270 e que criaram um significativo exemplo de um tipo de construção relativamente raro na região, o de uma sala com cinco naves.
A Reforma foi ali introduzida em 1524 por Martin Bucer (1491-1551), o reformador de Estrasburgo, pastor local entre 1524 e 1540 e que hoje é lembrado em antiga capela.
Significado de S. Tomás de Estrasburgo sob o aspecto da música
O principal motivo que justifica a abertura dos trabalhos euro-brasileiros pelo Ano da Reformação de 2017 é o significado da igreja de S. Tomás sob o aspecto histórico-musical.
Nesse contexto, tem-se considerado com especial atenção a recepção de concepções de Albert Schweitzer no Brasil. Em trabalhos anteriores realizados na Alsácia, várias cidades ligadas à vida desse organista, teólogo e filósofo foram visitadas. (Veja) A visita à igreja de São Tomás de Estrasburgo inseriu-se, assim, nessa já longa série de atividades.
A música da América Latina esteve presente na programação de concertos da igreja de São Tomás de Estrasburgo em concerto beneficiente realizado no dia 5 e junho de 2016. Sob o título „Musique d‘Amérique latine et d‘ailleurs“, o conjunto vocal De-çi De-là, dirigido por Marie Saint-Martin Baumgartner e a Orchestre d‘harmonie de Truchtersheim, regida por Daniel Sablayrolles, apresentaram, entre outras, um arranjo de música popular brasileira.
Aspectos das reflexões: dependências e revisões de premissas
O recrudescimento do significado da religião na atualidade - e os graves problemas derivados de fundamentalismos religiosos em várias regiões do globo - levantam a questão se tem-se dado adequada atenção à problemática religiosa na pesquisa em relações internacionais.
Parece ser à primeira vista surpreendente que assuntos relacionados com a religião e com religiões tenham ocupado papel tão relevante no intercâmbio acadêmico e em iniciativas universitárias.
Várias são as razões que podem explicar esse significado de preocupações religiosas nas relações entre os dois países. Uma delas reside no papel exercido por religiosos alemães - sobretudo Franciscanos e Beneditinos - na revitalização de conventos e mosteiros no Brasil, o que lançou bases para os laços estreitos entre instituições e universidades católicas de ambos os lados.
Outra razão é a dos elos históricos do Protestantismo no Brasil com a terra da Reformação e, por consequência, de meios universitários luteranos do Brasil com a Alemanha.
Instituições que atuam em solidariedade religiosa entre alemães e latino-americanos, fornecendo bolsas, possibilitando viagens, intercâmbios, encontros, simpósios e exposições foram e são influentes fatores que explicam o significado da religião na vida acadêmica da Alemanha e do Brasil.
Tanto na esfera católica como na protestante constata-se uma particular atenção a questões musicais no intercâmbio acadêmico e nas iniciativas universitárias através das décadas.
Também esse fato, que pode parecer surpreendente à primeira vista, pode ser explicado por razões históricas. Justamente à época da ida de missionários alemães para repovoar os conventos brasileiros, salientava-se a Alemanha no movimento de restauração sacro-musical, tendo sido Regensburg um dos seus principais centros.
Dependendo dos respectivos elos históricos, de ordens, de relações entre professores e alunos, os muitos centros de estudos e as várias universidades alemãs que mantiveram através de décadas contatos com o Brasil adquiriram características diferenciadas quanto à sua cultura de saber.
Apesar de todas as diferenças, esses vínculos tiveram natureza confessional, eclesiásticas, bases teológicas e missionárias.
Uma preocupação científica sem vínculos confessionais ou eclesiais nem sempre encontrou espaço favorável nessa situação tão intensamente marcada por instituições e rêdes de natureza confessional nos dois países.
Uma problemática dos estudos da própria ciência e da análise de rêdes
Recebendo apoios de instituições e integrando-se em círculos específicos na Alemanha, latinoamericanos que até então tinham tido antes um interesse cultural pela religião experimentaram não raro uma reconscientização religiosa, um estreitamento de vínculos eclesiais, assumindo posicionamentos e perspectivas de fundamentação teológica no tratamento de assuntos relacionados com a religião.
Em alguns casos de universidades que, ao lado de faculdades de teologia também possuem institutos de ciência comparada das religiões ou departamentos de etnologia religiosa, estabeleceram-se situações dúbias, difíceis para aqueles latinoamericanos que acabaram por prender-se por laços de dependência econômica, amizade e solidariedade com círculos eclesiais.
Essa situação agrava-se no caso daqueles que se dedicam ao estudo de relações entre música e religião.
A volumosa literatura especializada em música sacra e/ou religiosa, ou em órgão é na sua grande maioria de cunho confessional. Livros e sobretudo grande número de periódicos são publicados por institutos e sociedades vinculadas à Igreja. Autores de publicações coletivas são na sua maioria pessoas de convicção religiosa e engajados na prática musical de culto.
Aquele que procura dedicar-se sob um ponto de vista distanciado, exclusivamente científico a temas relacionados com música e religião não consegue evitar contatos pessoais mais estreitos com autores e colegas, passando a experimentar influência doutrinal ou missionária. Todo e qualquer relativação é sentida como sinal de falsidade, de falsa solidez doutrinária ou indícios de apostasia.
Nas bibliotecas especializadas em música, em particular de institutos de musicologia, os estudantes e pesquisadores encontram grande quantidade de publicações e periódicos que, embora tratando de música, possuem uma orientação decididamente religiosa.
Mesmo que neles os interessados procurem artigos selecionados, são confrontados com questionamentos, eventos, notícias e anúncios que o fazem imergir na esfera de vida e de preocupações religiosas, assumindo vocabulários, modos de pensar e de ver desenvolvimentos. O pesquisador torna-se parte de um sistema aliciante, até mesmo instrumento de propagação religiosa e missão.
Essa situação coloca obstáculos para um tratamento que procura objetividade de observação, de análise e julgamento à distância de desenvolvimentos, de visões de acontecimentos e épocas, de dimensões sociais, políticas e outras de ações e iniciativas religiosas.
Sobretudo tentativas de análise de sistemas de concepções e imagens de visão do mundo nos quais se inseririam edifícios religiosos e suas práticas surgem como relativadoras de convicções religiosas.
Análises imagológicas das Escrituras, salientando a linguagem visual e metafórica e assim colocando em dúvida a historicidade de muitos fatos e decorrências, surgem como incompatível com convicções teológicas e eclesiais.
Uma Ciência da Cultura que procure desenvolver estudos de fundamentos do sistema de concepções e imagens surge assim em situação de tensão relativamente à teologia. Apesar de toda a proximidade e até mesmo reconhecendo e partindo de elucidações teológicas, leva à sua relativação como parte e expressão da cultura.
Muitas foram as ocasiões nas últimas décadas nas quais procurou-se tematizar essa difícil situação que coloca dificuldades para um tratamento de questões relacionadas com a religião a partir de posicionamentos exclusivamente científicos.
Os debates foram acompanhados compreensivelmente por conflitos e distanciamento entre colegas. Na abertura dos trabalhos internacionais do terceiro milênio, pareceu porém ser inadiável confrontar estudantes de universidades alemãs, em particular daqueles de musicologia, com essa situação que impede o desenvolvimento de estudos científicos de temas relacionaos com a religião.
„Música e Religião“ como objeto de estudos universitários
Música e Religião foi tema de um seminário que teve lugar no semestre de verão de 2003 no instituto de musicologia da Universidade Renana Friedrich Wilhelms de Bonn. Nessas preleções foi tratada a situação da discussão teórico-metodológica do estudo científico de relações entre música e religião. À luz dessa discussão consideraram-se exemplos selecionados em contextos culturais cristãos e não-cristãos, dando-se particular atenção a desenvolvimentos no Brasil.
A realização de um seminário dedicado a esse tema na universidade de Bonn seguiu-se à realização do mencionado IV Simpósio Internacional "Música Sacra e Cultura Brasileira" no Rio Grande do Sul, São Paulo e Rio de Janeiro, em 2002.
Esse evento, paralelo ao congresso de encerramento de triênio de eventos científico-culturais pelos 500 anos Brasil, foi organizado pelo Instituto de Estudos da Cultura Musical do Mundo de Língua Portuguesa (ISMPS) juntamente com o Instituto de Estudos Hinológicos e Etnomusicológicos da organização pontifícia de música sacra.
Esse simpósio foi o primeiro da série iniciada em 1981 que teve uma orientação explicitamente ecumênica. O evento contou com o apoio e a colaboração da Comissão de Liturgia da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, da Arquidiocese de Porto Alegre e várias outras dioceses, assim como da Universidade Luterana do Brasil.
Um dos temas tratados foi o das interações de aproximações e métodos histórico-musicais da pesquisa hinológica e os estudos antes empíricos etnomusicológicos e de uma antropologia da música de orientação cultural. O simpósio não apenas fechou um desenvolvimento de reflexões que marcou a última metade do século XX como marcou o início das discussões, de perspectivas e projetos do século XXI.
A realização do seminário na Universidade de Bonn e que se seguiu a esse simpósio pôde contar com uma já tradição de décadas quanto a iniciativas relativas à música sacra na antiga capital da Alemanha e na qual o Brasil desempenhou um papel relevante.
Já no Congresso Internacional de Música Sacra ali efetuado em 1979, vários representantes do Brasil estiveram presentes. Dessa participação nasceu a proposta de realização do primeiro Simpósio Internacional "Música Sacra e Cultura Brasileira" em 1981, e que procurou trazer à consciência a diversidade no tempo e no espaço no patrimônio sacro-musical do Brasil e, assim, corrigir visões e perspectivas marcadas pela distinção entre o europeu e o não-europeu e, assim de superação de determinações disciplinares convencionais a favor de uma focalização científico-cultural dirigida a processos.
A antiga capital da Alemanha foi também uma das sedes do II Simpósio Internacional "Música Sacra e Cultura Brasileira", realizado em várias cidades da Alemanha com a participação de delegação brasileira de pesquisadores culturais em 1989.
Nas sessões realizadas em Bonn, de iniciativa e organização do Instituto de Estudos da Cultura Musical do Mundo de Língua Portuguesa (ISMPS), tratou-se de estudos de tradições religiosas e sincretismo no Brasil, ou seja, de questões de natureza científico-cultural, de ciências comparadas da religião e de estudos da Antiguidade.
Esse evento seguiu-se ao Simpósio "Música e Religião" da Fundação Konrad Adenauer em Schwäbisch-Gmünd, um evento que tematizou o significado da música para a religião e da religião para a música.
Uma discussão de décadas: orientações teológicas X religioso-comparativas
Os estudos das relações entre música e religião não foram isentoss de diferenças fundamentais quanto a objetivos, perspectivas e orientações. As discussões tiveram início com a fundação do Instituto de Estudos Hinológicos e Etnomusicológicos da organização pontifícia de música sacra em 1977, com centro de estudos em Maria Laach, não distante de Bonn.
Já no início dos trabalhos etnomusicológicos constatou-se a existência de situações teóricas conflitantes derivadas de diferentes posicionamentos: o teológico dos representantes eclesiásticos e aquele antes das ciências comparativas da religião. Também a cultura cristã-ocidental merecia sob essa perspectiva ser tratada a partir de uma perspectiva distanciada mesmo por aqueles pesquisadores por ela marcados pela formação e pelo contexto.
Esse posicionamento correspondia a exigências de renovação de perspectivas já constatadas no Brasil e que levou, em 1968, à fundação de sociedade voltaa estudos de processos culturais e suas implicações na prática. (ND) O direcionamento da atenção a processos em superação de uma orientação segundo esferas culturais ou outras categorizações do objeto também tinham consequências para a consideração de critérios de sacralidade.
Enquanto na tradição teológica predominava a preocupação quanto à sacralidade na música nas suas relações com a liturgia - visto de forma exemplar no Canto Gregoriano - uma orientacão científico-cultural voltava a sua atenção às condições culturais de valorações do sacral de fenômenos musicais em diferentes contextos.
Os principais conflitos deram-se porém com pesquisadores de música sacra e etnomusicólogos de Berlim que colocavam a pesquisa a serviço de objetivos missionários e pastorais sem a preocupação de questionamento e análise mais fundamental do edifício cultural de concepções e imagens.
Graves problemas teóricos derivaram-se desses intentos e que se interrelacionaram de modo altamente complexo e questionável com questões da própria área de estudos levando a perpetuações de distinções entre o europeu e o não-europeu e a intensificações de anelos que já se supunham superados da estética nacionalista do passado.
A necessidade da distinção entre orientação teológica ou científico-cultural e das ciências comparativas das religiões no tratamento das relações entre música e religião no estudo da musicologia deriva do fato de que grande parte da numerosa literatura especializada é proveniente de músicos, teólogos e pesquisadores vinculados a instituições eclesiásticas.
Pelo grande número de periódicos e publicações dedicados à música sacra, parte considerável da literatura musicológica é constituída por textos que refletem interesses temáticos e questionamentos de fundamentação teológica ou eclesiástica em geral.
A Ética de respeito à vida de Albert Schweitzer e sua atualização
Essa problemática teórica debatida sobretudo no âmbito musicológico, em particular nos estudos de música sacra, possui dimensões amplas, que dizem respeito também à Filosofia, em particular à Ética.
Albert Schweitzer, cuja memória é cultivada na igreja de São Tomás de Estrasburgo, foi não apenas organista e musicólogo, mas também filósofo que se distinguiu pelo seu empenho por uma Ética de respeito à vida.
É sobretudo neste sentido - além da memória de suas atividades humanitárias - que Albert Schweitzer é lembrado no presente. O seu nome encontra-se sempre presente em instituições, ações e eventos que se dedicam ao respeito e à proteção da vida animal.
Na situação deplorável do tratamento de animais pelo homem no presente, que atinge dimensões de barbárie nunca antes conhecida na história da Humanidade, Albert Schweitzer surge como exemplo e pioneiro na tematização de um grave problema de humanidade, de cultura e civilização.
Nas reflexões encetadas na igreja de São Tomás de Estrasburgo, porém, lembrou-se que Albert Schweitzer, sendo teólogo, inseriu-se numa cultura religiosa e confessional, o que refletiu-se também na fundamentação de seus pensamentos éticos de respeito à vida.
Evidencia-se, assim, uma similar problemática discutida no âmbito musical. Também aqui coloca-se a exigência de aproximações e posicionamentos distanciados, científico-culturais para a renovação do tratamento das questões tão graves reconhecidas por Schweitzer.
A questão dos direitos dos animais, que hoje se impõe e que exige esforços de superação do antropocentrismo na própria cultura, leva a ampliações de concepções relativas a direitos. Essas reflexões não poderiam encontrar cidade mais adequada para serem encetadas do que em Estrasburgo, sede que é do tribunal europeu de Direitos Humanos, conceito que se encontra em instituições e logradouros públicos.
De ciclos de estudos sob a direção de
Antonio Alexandre Bispo
Indicação bibliográfica para citações e referências:
Bispo, A.A. "Ano Lutero 2017 - 500 anos da Reformação. Estrasburgo e Brasil. Cidade dos Direitos Humanos e a Ética de respeito à vida de Albert Schweitzer (1875-1965)“. Revista Brasil-Europa: Correspondência Euro-Brasileira 166/5 (2017:2). http://revista.brasil-europa.eu/166/Ano_Lutero_em_Estrasburgo.html
Revista Brasil-Europa - Correspondência Euro-Brasileira
© 1989 by ISMPS e.V. © Internet-edição 1998 e anos seguintes © 2017 by ISMPS e.V.
ISSN 1866-203X - urn:nbn:de:0161-2008020501
Academia Brasil-Europa
Organização de Estudos de Processos Culturais em Relações Internacionais (ND 1968)
Instituto de Estudos da Cultura Musical do Espaço de Língua Portuguesa (ISMPS 1985)
reconhecido de utilidade pública na República Federal da Alemanha
Editor: Professor Dr. A.A. Bispo, Universität zu Köln
Direção gerencial: Dr. H. Hülskath, Akademisches Lehrkrankenhaus Bergisch-Gladbach
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