História dos transportes Canadá/Brasil. Revista BRASIL-EUROPA 128. Bispo, A.A. (Ed.). Organização de estudos culturais em relações internacionais





Revista

BRASIL-EUROPA

Correspondência Euro-Brasileira©

 

Revista Brasil-Europa - Correspondência Euro-Brasileira 128/13 (2010:6)
Prof. Dr. A.A.Bispo, Dr. H. Hülskath (editores) e Conselho Científico
da
Organização Brasil-Europa de estudos teóricos de processos inter- e transculturais e estudos culturais nas relações internacionais (reg. 1968)
- Academia Brasil-Europa -
de Ciência da Cultura e da Ciência

e institutos integrados

© 1989 by ISMPS e.V. © Internet-edição 1998 e anos seguintes © 2010 by ISMPS e.V. Todos os direitos reservados
ISSN 1866-203X - urn:nbn:de:0161-2008020501

Doc. N° 2669


A.B.E.


História cultural do comércio e dos transportes entre o Canadá e o Brasil
Pedro II° e círculos britânicos na América do Norte
Dugald MacDonald (1838-1918) e William Darley-Bentley (1840-1888?)


Ciclo "Indian Summer" preparatório aos 300 anos da ida ao Canadá de Joseph-François Lafitau (1681-1746)
pioneiro dos estudos culturais comparados, da Antropologia Cultural e disciplinas afins
Montreal: exposição pública de fotografias de William Notman (1826-1891) do
Museum McCard

 
  1. Montreal. A.A.Bispo©

  2. Montreal. A.A.Bispo©

  3. Montreal. A.A.Bispo©

  4. Montreal. A.A.Bispo©

  5. Montreal. A.A.Bispo©

  6. Montreal. A.A.Bispo©

  7. Montreal. A.A.Bispo©


  1. Fotos A.A.Bispo
    ©Arquivo A.B.E./I.S.M.P.S.e.V.

 
Halifax.A.A.Bispo©

Quando se considera relações entre o Canadá e o Brasil, a primeira tendência é dirigir a atenção aos elos comerciais entre os dois países e aqueles com estes relacionados dos transportes e de representações. Esquece-se, porém, que o desenvolvimento desses vínculos foram inseridos em determinados contextos histórico-culturais, resultados de processos anteriormente postos em vigência e de idéias, visões e iniciativas de determinadas personalidades que viveram e atuaram em determinada época e região, marcadas nos seus impulsos por condicionamentos culturais.

O estudo dessa inserção cultural dos elos criados por intercâmbios comerciais, de tráfego, de representações governamentais e privadas surge como necessário para a compreensão de seu vir-a-ser, de sua estrutura e de seus mecanismos.

O eestudo do contexto histórico-cultural das rêdes assim constituidas não tem apenas interesse especificamente histórico, de alcance de conhecimentos de fatos e ocorrências de passado distante. É de relevância para o presente, pois auxilia a elucidar situações, aguçar a percepção para contextos e, assim, possibilitar análises e delinear caminhos para o futuro.

Essas refllexões, porém, possuem implicações para os próprios estudos culturais, pois, em correspondência ao escopo específico da A.B.E., os colocam em situação de particular preeminência. Nessa orientação, sob o aspecto historiográfico, não a história econômica surge como condutora das reflexões, mas sim a cultural. Uma das tarefas desta última é também examinar os processos e os contextos que levaram a um predomínio de uma orientação dirigida à  economia na historiografia, e na qual a cultura surge muitas vezes apenas como um epifenômeno. O estudo do desenvolvimento da historiografia norte-americana sob o pano de fundo dos processos culturais em ação nos Estados Unidos e no Canadá oferece aqui significativos subsídios.

Para o tratamento dessas questões, torna-se necessário levantar dados dispersos em fontes várias, reconstruir rêdes e analisá-las sob o aspecto das inserções culturais daqueles que nelas participaram. Essas tarefas deparam-se naturalmente com grandes dificuldades e o estado dos conhecimentos é fragmentário e insuficiente. Somente gradativamente poderão ser delineados quadros mais nítidos e fundamentados.  Pode-se, porém, já agora esboçar relações que revelam  contextos por vezes inesperados e que podem abrir caminhos para um prosseguimento diferenciado das pesquisas.

Local de Reflexões: Montreal: Exposição de fotografias de William Notman (1826-1891)

Exposicao Notman, Montreal. A.A.Bispo©

Documentos fotográficos que registram o extraordinário crescimento de Montreal no século XIX, são conservados no Musée McCord. Numa das principais avenidas da cidade, a que leva à McGill University, organizou-se uma exposição de fotografias, ao ar livre, que, sob o título D'Après/After possibilitam analisar a transformação da cidade desde o século XIX.

As fotografias originais são do estúdio de William Notmann (1826-1891), que registrou Montréal em fotografias, entre 1860 e 1915. Andrzej Machjewski tomou a si a tarefa de refotografar a cidade sob os ângulos das fotos de Notmann. As fotos foram montadas em meio de tela lenticular de modo que, ao mover-se, o observador pode constatar a transformação dos espaços urbanos, se houve melhoria ou degradação.

Montreal. A.A.Bispo©

Dugald MacDonald (1838-1918) e contextos novoescócio-brasileiros

Em 1878, D. Pedro II° mandava agradecer, ao Sr. Dugald MacDonald, de Montréal, a obra que dele recebera referente ao movimento dos corpos celestes (Aragão Araujo, Maria Walda, coord., Dom Pedro II e a Cultura, Rio de Janeiro: Ministério da Justiça/Arquivo Nacional 1977, Nr. 1352).

Trata-se, aqui, de uma obra relativa à mecânica celeste, de título The heavently bodies, how they move and what moves them: a new theory, publicado em Montreal, em 1877, na "Gazette" printing house. Exemplares dessa publicação, rara, encontra-se em poucas bibliotecas, entre elas na Biblioteca Nacional de Québec. Foi enviada a outras partes do mundo, pois é conservada também na Austrália.

Expondo os objetivos de seu trabalho, o autor salienta cinco fatores que foram decisivos para o estabelecimento de sua teoria. Em primeiro lugar, o fator bíblico; em segundo, as leis da filosofia natural; em terceiro, os testemunho de astrônomos; em quarto, o próprio olhar, e, em quinto, a matemática. O autor procura, na sua teoria, coadnuar concepções bíblicas da Criação do mundo com o pensamento científico então em desenvolvimento no século XIX.

O autor insere-se, assim, na tradição das concepções teológico-filosóficas relativas ao movimento e ao movimentado, e à causa do movimento, o que se evidencia no próprio título de seu trabalho.

Na sua teoria, propõe que, na consideração do mundo, o sol deve ser visto como a capital do sistema solar, e cada planeta como uma província desse sistema, e essas províncias, como o sol, são separadas entre si por um mar de medium. O calor do sol causa o movimento do medium. O movimento do medium leva o sol a revolver no seu eixo, assim como os planetas. A revolução do sol no seu eixo comunida uma segunda moção ao medium, levando a que esse revolva. Revolvendo o medium, os planetas a giram nas suas órbitas ao redor do sol. Por uma grande lei, o sol, em consequência de sua magnitude e da intensidade de seu calor, assume uma posição central e exerce influência em todas as direções. O sol não é, para Dugald MacDonald apenas a capital do sistema solar, mas por assim dizer o trono no qual se senta em magnifícência o Rei, que governa o movimento dos planetas.

O autor parte, assim, da questão referente a uma origem natural ou sobrenatural do movimento dos corpos celestes, o que dividia a opinião dos pensadores de sua época. Alguns, segundo êle, consideravam esse movimento originário de causas naturais, outros o explicavam com a intervenção da Divina Providência. O seu trabalho pode servir, assim, de exemplo para uma situação da história do pensamento na América do Norte, sobretudo em meios de origem escocesa, onde uma forte tradição religiosa de leitura literal da Bíblia confrontava-se com o desenvolvimento das pesquisas astronômicas. Significativamente, a questão do Creacionismo marcou a história do pensamento norte-americano.

Ainda que não se saiba a razão do envio do trabalho a Pedro II°, esse fato chama a atenção para elos entre meios escócio-irlandeses da América do Norte e o Brasil.

Como indica a sua menção no Dictionary of Glengarry Biography, o nome de Dugald MacDonald surge no contexto do Glengarry County, uma região da província de Ontario, fundada em 1792, marcada pelo povoamento através de colonos vindos das terras altas da Escócia, os Scottish Highlanders, pressionados à emigração no contexto da remoção ou "limpeza" (Clearance) de terras por proprietários para o seu uso à pecuária em grande escala.

Esses emigrantes, marcados por profundo tradicionalismo, - e pelo uso do escocês gálico como idioma - desempenharam importante papel no loyalism no continente americano.

A teoria de Dugald MacDonald, oferecendo uma explicação de causas naturais do movimento dos corpos celestes com uma centralização no sol, e utilizando-se na sua descrição termos como capital, províncias e rei que tudo move, e, portanto, com implicações supranaturais, oferece uma construção associada com conceitos de Estado.

Nesse contexto é significativo considerar que MacDonald também se ocupava com problemas políticos, também com aqueles referentes à escravidão, como o testemunha a publicação de uma conferência que havia proferido anos antes no Instituto de Mecânica de Montreal (A lecture on the American war of secession delivered by Dugald MacDonald, on the 9th of August, 1864, in the Hall of the Mechanics'Institute, Montreal: J. Loveli, 1865). Um exemplar dessa publicação, rara, é conservada no Public Archives of Canada.

Uma consideração da instituição na qual MacDonald proferiu a sua conferência pode abrir caminhos para o exame de contextos.

Mechanics'Institute - "Liceu de Artes e Ofícios" do Canadá inglês

O Mechanics' Institute,  fundado em 1828, com o empenho de Sir James Kempt (c. 1765-1854), governador do Baixo Canadá, tinha como objetivo suprir a necessidade de formação de trabalhadores para as indústrias da cidade, então em surto de desenvolvimento. Entre os seus membros diretivos, industriais, empresários, negociantes e políticos, deve-se mencionar Louis-Joseph Papineau (1786-1871), representante da Assembléia do Baixo Canadá, político liberal, cujo nome se relaciona com a complexa situação existente entre os franco-canadenses e os ingleses em período do crescimento de poder econômico da classe comercial britânica.

Importante mentor da instituição foi Henry Esson (1793-1853), educador e pastor de origem escocesa da Igreja da Escócia na St. Gabriel Street, mais tarde professor do Knox College em Toronto. O Mechanics' Institute remontava a modêlos escoceses, também estabelecidos em Londres e surgiu numa época de preocupações pela educação no Canadá, também do ensino superior, como o testemunha a criação de escolas superiores da McGill University (Veja artigo nesta edição).

O Mechanics'Institute, podendo ser comparado com os Liceus de Artes e Ofícios do Brasil, procurava instruir os seus membros - artistas, artesãos, operários - nas artes e nas várias áreas das ciências e do conhecimento útil. A utilidade, o pragmatismo determinava a orientação do instituto. As aulas eram complementadas por aulas-conferências, no sentido de preleções, havendo sessões semanais de informações.

Após interrupções de suas atividades por motivos políticos, o instituto entrou numa nova fase na década de 40, agora sob a direção de John Redpath (1796-1869), um dos motores do desenvolvimento industrial de Montreal de meados do século XIX.

O objetivo das conferências era o de despertar desejos por conhecimentos. Com isso, o Mechanics'Institut transformou-se numa das primeiras instituições de educação de adultos do Canadá. Passou a oferecer cursos noturnos, entre outros em leitura, escrita, aritmética, francês, desenho técnico. Realizavam-se anualmente exibições industriais, com o sentido de tornar conhecidos novos desenvolvimentos técnicos: o Mechanics' Festival, acompanhado com programações musicais. O seu moto na década de 50 era o de fazer "o homem um melhor mecânico e o mecânico um melhor homem". Com um grande auditório, biblioteca e sala de leitura, a instituição tornou-se um dos centros culturais de Montréal.

A partir de 1868, o Board of Arts and Manufacturers, mantido pelo govêrno, passou a assumir as aulas de desenho mecânico, geometria prática e de maquinário, concentrando-se a instituição às aulas públicas. Foi nessas condições que MacDonald proferiu as conferências que deram origem às publicações.

Um aspecto importante a ser considerado é o elo do Instituto com o Presbiterianismo e o abolicionismo. Os principais motores da fundação da instituição tornaram-se abolicionistas, entre êles os citados presbiterianos Henry Esson e John Redpath.

William Darley Bentley (*1840) e ligações diretas entre a América do Norte e o Brasil


Em 1882, Pedro II° mandou agradecer ao Sr. William Darley Bentley, em Montreal, pelo recebimento de um álbum com vistas do Canadá, que este lhe havia sido oferecido. (Aragão Araujo, Maria Walda, coord., Dom Pedro II e a Cultura, Rio de Janeiro: Ministério da Justiça/Arquivo Nacional 1977, Nr. 1352).


William Darley Bentley era, na época, cônsul do Brasil em Montreal. No estado atual dos conhecimentos, bastante insuficientes, nasceu em Birkenhead, Cheshire, Inglaterra, em 1840. Era de família escocêsa, sendo o seu pai original de Glasgow. Casado com Frances Charlote Coates (1842-1887), na Inglaterra, em 1864, teve vários filhos, sendo o último, Gerald, já nascido em San Francisco, California, em 1878.


O seu filho Francis Wilfred (Frank Darley Bentley), cuja esposa, com a qual se casou após 1898 pertencia a círculos de elos irlandeses e presbiterianos de San Francisco, é considerado como descobridor de ouro em Colombia. Retornou a Londres para pedir a seu irmão, negociante da bolsa, meios para prosseguir nas suas explorações na América do Sul. Os elos com a Colombia manifesta-se também no fato de outro filho de William Darley Bentley, Sydney, ter morrido nesse país.


O San Francisco Directory de 1878 (Fevereiro), inclui o nome de William Darley Bentley como cônsul do Brasil e de David Boyle Blair, agente consular. Entretanto, o nome de William Darley Bentley surge ainda em censo inglês de 1881. O jornal The London Gazette, de 4 de maio de 1880, comunica a sua nomeação a cônsul geral para Pedro II° no domínio do Canadá: "THE Queen has been pleased to approve of Mr. William Darley Bentley as Consul-General for the Dominion of Canada for His Majesty the Emperor of Brazil."


Pedro II° conhecia pessoalmente a família Darley Bentley, uma vez que existe uma referência a que Violet, sua filha, nascida em 1873, ter-se sentado nos seus joelhos (darley-bentley.com/familytree).


O nome de William Darley Bentley, o papel por êle desempenhado no desenvolvimento do comércio e da instalação da linha direta de navegação entre o Brasil e o Canadá, assim como a sua inserção no contexto da união política canadense foi relembrada nos últimos anos a partir de um trabalho publicado na revista de história de transportes do University College of Leicester (Kenneth S. Mackenzie, "William Darley Bentley and the burden of Canadian unity: the Canadian and Brazilian Direct Mail Steam Ship service", 1879-83, The Journal of Transport History II ser.,4, 1983, 1, 25).


Essas atividades de William Darley Bentley iniciaram-se com a sua contratação, pelo Brasil, para o estabelecimento de uma linha mensal de vapores de mala postal entre o Rio de Janeiro e Halifax/Nova Scotia, fazendo escalas na Bahia, em Pernambuco, no Ceará, no Maranhão, no Pará, em St. Thomas,  realizando a viagem do Rio em 20 dias, e de Halifax em 28 dias, com privilégio de parar em Montreal, a critério do contratado.


Já em 1876, John Roach & Sons fundara a United States and Brazil Mail Steam Ship Company, que  operava entre New York, e o Rio de Janeiro, fazendo escalas em St. Thomas, Pernambuco e Bahia. A John Roach & Sons, maior empresa construtura de navios da América do Norte, havia sido fundada por John Roach, um imigrante irlandês.


Segundo o contrato com William Darley Bentley, navios deveriam ser de no mínimo 118 toneladas, com acomodações para 40 passageiros de primeira classe e 100 outros. O subsídio foi de 100.000 mil réis por ano, e o contrato para dez anos.  O Brasil podia cancelar o contrato, com seis meses de antecedência. O contrador devia dar a garantia de 10.000 mil réis dentro do prazo de três meses da data do contrato.


A Amazon Steam Navigation Compagny era vista na América do Norte como empresa de alto crédito. Salientava-se que o Brasil possuia, em fins de 1879, 1.911 milhas de estradas de ferro e 4.340 milhas de telégrafo, com 123 estações, possibilitando 232.033 despachos. O serviço começou em primeiro de outubro de 1881.


Uma das perspectivas comerciais residia na exportação da juta. Considerava-se que havia um privilégio para a sua produção em grandes áreas no Brasil, sobretudo na vizinhança do Rio de Janeiro, planejando-se, nessa cidade, uma permanente exibição de manufaturas americanas.


Como cônsul empenhado em questões comerciais em Montreal, em 1882, o nome de William Darley Bentley surge em publicação desse ano dedicada a expor as perspectivas dos negócios entre o Canadá e os vários países, entre êles o Brasil e a Austrália (William Wickliffe Johnson, Sketches of the Late Depression; Its Cause, Effect And Lessons. With A Synoptical Review Of Leading Trades During The Past Decade, Montreal 1882, 223).


Nessa publicação, observava-se que o Brasil também abria portas para as manufaturas e produções mercantís do Canadá:


"That country wants so many of our goods that only wonder is, we have not for years done more with her. A new line of fine steamers leaving Rio de Janeiro will call at Canadian ports during the coming season, and there is now ervery indication that our trade with South America will grow." (loc.cit.).


O autor cita uma carta de Darley Bentley dirigida no início daquele ano por  ao Monetary Times, com explicações relativas à situação e às possibilidades de comércio entre os dois países.


Questões historiográficas: economia e relações do mundo anglofone com o lusófono


Os contextos acima esboçados a partir da consideração de dois nomes da história das relações entre o Canadá, os Estados Unidos e o Brasil no século XIX chamam a atenção para o significado de rêdes britânicas, escócio-irlandesas e anglo-americanas nos contatos e iniciativas. Essa constatação pode surpreender, pois seria antes de se esperar, pelo menos no caso do Canadá, que primeiras aproximações dirigidas a relações com o Brasil pusessem em relêvo antes elos com a sociedade francofone.


Esse surpreendente significado dos vínculos do Brasil com círculos não-latinos da América do Norte salienta a necessidade de uma perspectiva dirigida a processos culturais no estudo da própria história econômica. No caso, trata-se sobretudo do desenvolvimento econômico e social da comunidade escócio-americana e irlandesa-americana e do papel de círculos lusófonos no movimento comercial e industrial do Canadá.


Também nos Estados Unidos, mesmo escoceses e irlandeses que se dedicavam a profissões mais simples encontraram, no decorrer do século XIX, prosperidade e sucesso, com a intensificação de sua auto-consciência. Com a chegada de maior número de imigrantes de países do sul e e sudoeste da Europa, escoceses, irlandeses e seus descendentes passaram a ser valorizados. Tem-se aqui, assim, uma questão que diz respeito à consciência histórica norte-americana, do desenvolvimento de sua historiogriafa, o que apenas pode ser considerada adequadamente considerando-se, em cooperação internacional, o debate específico na América do Norte.



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Indicação bibliográfica para citações e referências:


Bispo, A.A. (ed.). "História cultural do comércio e dos transportes entre o Canadá e o Brasil. Pedro II° e círculos britânicos na América do Norte: Dugald MacDonald (1838-1918) e William Darley-Bentley (1840-1888?)". Revista Brasil-Europa 128/13 (2010:6). www.revista.brasil-europa.eu/128/Elos-Canada-Brasil.html




  1. Observação: o texto aqui publicado oferece apenas um relato suscinto de trabalhos. Não tendo o cunho de estudo ou ensaio, não inclui aparato científico. O seu escopo deve ser considerado no contexto geral deste número da revista. Pede-se ao leitor que se oriente segundo o índice desta edição e o índice geral da revista (acesso acima). Pede-se ao leitor, sobretudo, que se oriente segundo os objetivos e a estrutura da Organização Brasil-Europa, visitando a página principal, de onde obterá uma visão geral e de onde poderá alcançar os demais ítens relativos à Academia Brasil-Europa de Ciência da Cultura e da Ciência (culturologia e sociologia da ciência), a seus institutos integrados de pesquisa e aos Centros de Estudos Culturais Brasil-Europa: http://www.brasil-europa.eu


  2. Brasil-Europa é organização exclusivamente de natureza científica, dedicada a estudos teóricos de processos interculturais e a estudos culturais nas relações internacionais. Não tem, expressamente, finalidades jornalísticas ou literárias e não considera nos seus textos dados divulgados por agências de notícias e emissoras. É, na sua orientação culturológica, a primeira do gênero, pioneira no seu escopo, independente, não-governamental, sem elos políticos ou religiosos, não vinculada a nenhuma fundação de partido político europeu ou brasileiro e originada de iniciativa brasileira. Foi registrada em 1968, sendo continuamente atualizada. A A.B.E. insere-se em antiga tradição que remonta ao século XIX.


  3. Não deve ser confundida com outras instituições, publicações, iniciativas de fundações, academias de letras ou outras páginas da Internet que passaram a empregar designações similares.



 

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