Recordando Dulce Martins Lamas
ed. A.A.Bispo

Revista

BRASIL-EUROPA 169

Correspondência Euro-Brasileira©

 
Herzogstand/Baviera. Foto A.A.Bispo 2017. Copyright

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Kochel am See/Walchensee/Herzogstand.Fotos A.A.Bispo 2017©Arquivo A.B.E.

 


N° 169/12 (2017:5)



Recordando cooperações com Dulce Martins Lamas (1941-1992)
interdisciplinaridade nos estudos músico-culturais:
a pesquisa da música popular na história da música
e a tradição dos estudos do folclore no exemplo de Heitor Villa-Lobos (1887-1959)


Reflexões de outono na Europa nos 25 anos do seu falecimento e 30 anos de sua participação no
I Congresso Brasileiro de Musicologia no „Ano Villa-Lobos“ - Herzogstand/Baviera

 
Dulce Lamas e Bispo. Foto 1992. Arquivo A.B.E. Copyright
Transcorrido um quarto de século do falecimento de Dulce Martins Lamas, significativa personalidade da pesquisa músico-cultural do Brasil e do ensino superior como Professora da Escola de Música da Universidade Federal do Rio de Janeiro, cumpre lembrar alguns aspectos de sua atuação em cooperações e iniciativas euro-brasileiras das últimas décadas.

Coincidindo esta rememoração com aquela de Luís Heitor Correa de Azevedo, também falecido há 25 anos, torna-se oportuno salientar aspectos de sua atuação que mais se relacionam com este seu mentor, com o qual sempre foi ligada por estreitos laços de amizade e admiração.

O seu falecimento deu-se no ano da realização do II Congresso Brasileiro de Musicologia, no Rio de Janeiro, evento motivado pela passagem dos 500 anos do Descobrimento da América e em cuja preparação e realização desempenhou um papel decisivo.

Esta sua atuação representou o término e o ponto culminante de cooperações de muitos anos em projetos, publicações e eventos que tiveram dimensões supra-nacionais e que merecem ser lembrados em alguns de seus pontos pelo seu significado no desenvolvimento das reflexões relativas à cultura e à música do Brasil.

Esse significado explica-se sobretudo pelo fato de tratar-se de questões téoricas de relevância para os estudos culturais em geral, para além de fronteiras nacionais, em particular também para uma musicologia de orientação cultural.

Um dos problemas tratados nesse intercâmbio de idéias e opiniões foi aquele da interdisciplinaridade, das relações entre a pesquisa empírica e os estudos históricos, das interações entre áreas de estudos e do questionamento de esferas culturais do erudito, do folclórico e do popular.

Dulce Martins Lamas no I Congresso Brasileiro de Musicologia no „Ano Villa-Lobos“

Principal testemunho da atuação de Dulce Martins Lamas nessa discussão foi a sua comunicação no I Congresso Brasileiro de Musicologia realizado em São Paulo, em 1987, ano do centenário de Heitor Villa-Lobos (1887-1959). Embora de renome sobretudo como especialista em estudos de folclore, Dulce Martins Lamas apresentou no congresso resultados de seus estudos relativos à música popular no Rio de Janeiro no seu significado para os estudos de Villa-Lobos.

Se até então distinguira-se sobretudo como folclorista - e participante no desenvolvimento das reflexões como representante do Brasil no International Folk Music Council - para o congresso Dulce Martins Lamas preparou uma conferência que ultrapassou convencionais limites da área compreendida como folclore através de exames de gravações de música popular do início do século.

O principal escopo de Dulce Martins Lamas - e o de maior significado para as reflexões relativamente a Villa Lobos - foi a de considerar os elos da prática musical dos choros como vivenciada pelo compositor com um modo de ser e de sentir que seria característico do Rio de Janeiro, salientando uma „afirmação da arte musical de feição carioca com projeção na música culta“.

Atualidade e dimensões das reflexões com Dulce Lamas no „Ano Villa-Lobos“)

A atualidade de uma reconsideração da situação dos estudos relacionados com a música do Brasil por ocasião do centenário de Villa Lobos reside sobretudo no inquietante fenômeno do recrudescimento do nacionalismo, do movimento identitário na França, na Alemanha, em outros países europeus e nos Estados Unidos no presente.

Esse refortalecimento de tendências que pareciam estar superadas desperta intuitos de reconhecimento de paralelos com expressões de nacionalismos, regionalismos, bairrismos e mesmo „povismos“ do passado e suas sobrevivências. Vem sendo, assim, considerado sob diferentes aspectos nos estudos euro-brasileiros.

Essa recapitulação, na sua atualidade, possui amplas dimensões teóricas e político-culturais que não se limitam aos estudos mais especificamente dedicados à pessoa, à obra e ao pensamento de Villa Lobos. Uma delas diz respeito ao papel desempenhado pela música em conceituações, sentimentos e aspirações de identidade nacional em geral no presente e no passado.

Nos estudos históricos do nacionalismo musical, a atenção tem sido dirigida quase que exclusivamente ao folclore e seu emprêgo na criação artística e no ensino. O reconhecimento dos problemas derivados desses estreitos vínculos com o pensamento político-cultural levou já há muito a esforços de reconsideração teórica, de redefinição do objeto e métodos do Folclore como disciplina, e por fim a uma crise que atingiu toda uma área de estudos, a redesignações e à perda de seu prestígio e diminuição de importância de respectivas instituições e órgãos. Ao contrário, os estudos da cultura e, em particular, da música popular recebem particular atenção e passam a ser conduzidos em departamentos e institutos universitários.

Problemas teóricos dos estudos da música popular na musicologia

Pouco se tem considerado, porém, os problemas teóricos e de coerência nesse desenvolvimento.  O estabelecimento de uma área específica de pesquisa da música popular perpetua categorizações de objeto de estudos e de esferas culturais que já foram motivo de preocupações da segunda metade da década de 1960.

Muitos folcloristas preocupavam-se em distinguir uma cultura „folk“ daquela popular, „popularesca“ ou de „massas“, difundida pela mídia, por gravações, rádio ou televisão. As dificuldades e insuficiências dessas tentativas - assim como de distinção dessas esferas em relação àquela do erudito ou da alta cultura ou música culta, levaram a intuitos de superação desse modo de pensar e suas consequências, passando-se a defender um direcionamento da atenção a processos.

Surge assim como questionável que, após tantos anos de reflexões e debates, se retorne por outros caminhos a essa distinção de esferas com a introdução da pesquisa da música popular como área institucionalizada ao lado da Musicologia Histórica e da Etnomusicologia. Dever-se-ia então aqui também reintroduzir o Folclore como área distinta? Volta-se assim, a um problema que já constituiu alvo de preocupações quando da Etnomusicologia nos cursos superiores em São Paulo, em 1972, quando, paralelamente, manteve-se a disciplina do Folclore.

Há ainda um outro problema que pouco tem sido considerado e que adquire particular atualidade em época de tendências neo-nacionalistas e identitárias: o de implicações político-culturais da área e do objeto de estudos. Um dos fatores condutores do pensamento, dos estudos e das reflexões é, com razão, aquele que diz respeito ao significado da música na identidade, na auto-consciência e auto-imagem de grupos, na imagem de países, regiões, cidades e até mesmo bairros.

Há porém uma diferença entre o estudar o papel desempenhado pela música em processos identitários e de consciência e mesmo orgulho urbano, regional ou nacional e uma orientação da própria área de estudos segundo uma consciência identitária e ufanista do pesquisador, o que traz em si o risco de aproximações direcionadas ideologicamente e, assim, de distorções em interpretações.

Enquanto se critica o nacionalismo da pesquisa de folclore das décadas de 30, 40 e suas sobrevivências, esquece-se que vários pesquisadores da música popular se destacaram por extremado nacionalismo, regionalismo e vínculos afetivos com cidades e mesmo bairros. Entre êles, encontram-se pesquisadores e jornalistas que marcaram o início dos estudos na área.

O desenvolvimento das reflexões teórico-musicais desde a década de 1960

O debate sobre ultrapassagem de fronteiras entre as esferas pré-estabelecidas do popular, do folclórico e do erudito, assim como as preocupações relativamente a posicionamentos político-culturais do observador teve um de seus principais momentos nas reflexões conduzidas em diferentes Estados do Brasil em 1970/71, também com protagonistas da música popular.

Entre êles, destacaram-se aquelas no então Conservatório Musical Alberto Nepomuceno, em Fortaleza, já possuidor de amplo acervo de gravações de música popular do passado. De ainda maior significado foram os encontros com pesquisadores do Rio de Janeiro que, embora na sua maioria marcados pela tradição da pesquisa do folclore, sentiam a necessidade de uma maior consideração da música popular urbana, reconhecida como de grande significado para o Rio de Janeiro.

Nesse sentido, apesar de afinidades, delineavam-se diferenças entre tendências no Rio de Janeiro relativamente àquelas de São Paulo, notando-se no meio carioca uma menor preocupação em distinguir de esferas do folclórico e do popular.

Esses debates tiveram continuidade em plano internacional nas décadas que se seguiram a 1974. Foram desenvolvimentos em encontros com pesquisadores e instituições da cultura popular (Volkskunde) da Alemanha e do Brasil, discutindo-se as transformações conceituais e de questionamentos da área.

Do Brasil, destacaram-se nessas discussões tanto pesquisadores da Associação Brasileira de Folclore e do Museu de Artes e Técnicas Populares (Folclore) de São Paulo liderados por Rossini Tavares de Lima (1915-1987) (Veja) como de pesquisadores do Rio de Janeiro que tinham como mentor Luís Heitor Correa de Azevedo (1905-1992). Duas correntes da história institucional e do pensamento da área interagiram no desenvolvimento das reflexões.

A explícita inclusão da pesquisa da música popular no congresso do „Ano Villa-Lobos“

Nas preparatórias para a fundação da Sociedade Brasileira de Musicologia, realizadas em encontros na Europa e em vários Estados do Brasil, foi questão indubitável que todos os aspectos músico-culturais deveriam ser considerados, e assim também a música popular e sua pesquisa, dando-se continuidade à discussão de relações interdisciplinares e de ultrapassagem de conceitos de esferas culturais.

Essa discussão tornou-se particularmente relevante e mesmo prioritária quando da preparação do primeiro Congresso Brasileiro de Musicologia a realizar-se no centenário de Heitor Villa Lobos.  Nos estudos da vida e obra de Villa Lobos e com êle do nacionalismo musical, a perspectiva dos estudos de folclore não surgia como suficiente. Mesmo estudiosos de folclore e admiradores de Villa-Lobos como Rossini Tavares de Lima reconheciam que na sua obra, nas suas visões e posições a música popular - ou no seu vocabulário „popularesca“ - desempenhou papel significativo. Vários dos biógrafos de Villa-Lobos salientaram que no desenvolvimento de sua personalidade, do seu pensamento e de sua linguagem composicional não só o folclore, mas sim também a vida musical popular urbana da passagem do século e primeiras décadas do XX foram de fundamental relevância.

A sua vivência de práticas musicais como a dos choros, a importância do violão na sua obra e mesmo referências a músicas de autores populares são alguns aspectos que sempre foram considerados na literatura e que exigiam aproximações que ultrapassam limites convencionais de áreas de estudos músico-culturais.

Momentos do diálogo internacional pelos 80 anos de Luís Heitor Correa de Azevedo

Os intercâmbios e cooperações com Dulce Martins Lamas intensificaram-se quando Cleofe Person e Mattos (1913-2002)  ), até então vice-presidente da Sociedade Brasileira de Musicologia, assumiu a sua direção com o falecimento de Roberto Schnorrenberg (1929-1983).

Nessa ocasião, lembrando-se que Luís Heitor Correa de Azevedo iria completar em breve os seus 80 anos, propôs-se que se publicasse um número especial do boletim da sociedade em sua homenagem, pedindo-se a Dulce Martins Lamas que o organizasse.

Em reuniões da sociedade em São Paulo e em encontro no Rio de Janeiro por motivo da fundação do Instituto de Estudos da Cultura Musical do Espaço de Língua Portuguesa (ISMPS), não só discutiu-se o projeto como também pediu-se a Dulce Martins Lamas que aceitasse ser indicada para a nova diretoria a ser eleita da entidade que deveria preparar o primeiro congresso de musicologia.

Se Dulce Martins Lamas não pôde aceitar esse convite pelas suas condições de saúde, dedicou-se inteiramente à preparação da obra em homenagem a seu mentor.

Juntamente com Cleofe Person de Mattos, entraram em contato com Edino Krieger na procura de meios junto à FUNARTE, que manifestou-se interessado sobretudo nos trabalhos publicados por Luís Heitor Correa de Azevedo no Exterior.

Desenvolveu-se uma intensa troca de correspondência a respeito dos textos a serem incluídos, assim como encontros com o próprio homenageado.

Para a discussão do conteúdo da publicação com base em carta enviada por Dulce Martins Lamas a 24 de setembro, o ISMPS realizou um encontro na Alemanha.

Arquivo A.B.E. Copyright

No dia 16 de janeiro de 1986, Dulce Martins Lamas enviou o índice da publicação, expondo a situação dos trabalhos de impressão e a inclusão de alguns textos em francês. Também anunciava que as personalidades convidadas para que colaborassem tinham aceito e em parte já enviado comentários. Entre êles, já contava com textos e Almeida Prado, Claudio Santoro, Eurico Nogueira França, Jack Bornoff, Jorge Antunes, Rossini Tavares de Lima e Vasco Mariz.


Já no dia 6 de fevereiro, mencionava que apenas esperava o envio, por parte de Luís Heitor Correa de Azevedo, da bibliografia com os seus escritos.


Entretanto, em 28 de fevereiro, lamentava que a FUNARTE não se via em condições de custear a publicação nas dimensões projetadas, obrigando a cortes e à retirada de imagens. A situação econômica do Brasil, com a alarmante inflação e a mudança da moeda como parte de medidas para conter a sua esvalorização levava a uma substancial diminuição da publicação.


Ao mesmo tempo, enviava, para serem considerados nos encontros, exemplares de suas publicações, uma separata de estudo so sobre Luciano Gallett, do discurso „A Música no Brasil“, assim como um exemplar da sua obra Pastorinhas, Pastorís, Presépios e Lapinhas recentemente publicada.

Esta última obra foi discutida na Alemanha sob a perspectiva dos trabalhos de levantamento de fontes históricas e de estudos de sistemas de imagens de obra sobre os fundamentos da cultura cristã no mundo extra-europeu da era moderna. Seria posteriormente discutido em sessões de Maria Laach e Bonn sobre „Tradições Cristãs e Sincretismo no Brasil“ com a presença de pesquisadores brasileiros em 1989. Para esse simpósio, prepararia um panorama sobre tradições musicais do Brasil, publicado a seguir no anuário do Institut für hymnologische und musikethnologische Studien.

Em 9 de junho de 1986, informava a respeito do andamento das publicações e o recebimento de publicações enviadas pela seção de Etnomusicologia desse instituto, em particular de artigo de Bruno Nettl („On method in the study of indigenous musics“), autor estreitamente relacionado com a instituição e cujas explanações foram constantemente refletidas e discutidas sob a perspectiva de uma orientação dirigida a processos.


Em 13 e agosto, comunicava que a entrega dos volumes já estava garantida para o fim do mês, tomando ela própria a incumbência da entrega de exemplares a instituições e personalidades do Rio de Janeiro. Em resposta a esta carta, no dia 24 de agosto, pedia-se a Dulce Martins Lamas que proferisse uma conferência na sessão dedicada à Etnomusicologia no Primeiro Congresso Brasileiro de Musicologia pelo Centenário de Heitor Villa Lobos.


Prosseguimento das cooperações após o congresso do „Ano Villa-Lobos“

Esse trabalho de Dulce Martins Lamas, pela sua relevância para o desenvolvimento das reflexões  levou a uma intensificação dos contatos e cooperações nos anos que se seguiram, culminando com o II Congresso Brasileiro de Musicologia, efetivado no Rio de Janeiro, em 1992, e em cuja concretização a pesquisadora desempenhou um papel decisivo. Um testemunho do seu empenho na organização desse evento, juntamente com outras pesquisadoras que tinham participado no primeiro congresso, é carta que enviou no dia 18 de fevereiro de 1992, dando conta das atividades desenvolvidas.


Em carta de 13 de março, informou a respeito de suas atividades desenvolvidas juntamente com a professora Kleide Ferreira do Amaral Pereira - que também participara no I Congresso Brasileiro de Musicologia - entre outras junto à Fundação Universitaria José Bonifácio.


No dia 1 de junho, enviava já foto do cartaz colocado na Escola de Música da UFRJ e texto publicado por Luiz Paulo Horta.


A intensidade da cooperação durante anos com Dulce Martins Lamas levou ao intento de transferir-se para o Rio de Janeiro a diretoria da Sociedade Brasileira de Musicologia segundo um plano de alternação de seu centro de atuações nos diferentes Estados. Por vários motivos não foi possível a concretização desse plano por razões de saúde de Dulce Martins Lamas, que viria a falecer no mesmo ano de 1992.



Indicação bibliográfica para citações e referências:
Bispo, A.A..“ Recordando cooperações com Dulce Martins Lamas (1941-1992) - nterdisciplinaridade nos estudos músico-culturais: a pesquisa da música popular na história da música e a tradição dos estudos do folclore no exemplo de Heitor Villa-Lobos (1887-1959)
. Revista Brasil-Europa: Correspondência Euro-Brasileira 169/12 (2017:5).http://revista.brasil-europa.eu/169/Dulce_Lamas_e_Bispo.html


Revista Brasil-Europa - Correspondência Euro-Brasileira

© 1989 by ISMPS e.V. © Internet-edição 1998 e anos seguintes © 2017 by ISMPS e.V.
ISSN 1866-203X - urn:nbn:de:0161-2008020501


Academia Brasil-Europa
Organização de Estudos de Processos Culturais em Relações Internacionais (ND 1968)
Instituto de Estudos da Cultura Musical do Espaço de Língua Portuguesa (ISMPS 1985)
reconhecido de utilidade pública na República Federal da Alemanha

Editor: Professor Dr. A.A. Bispo, Universität zu Köln
Direção gerencial: Dr. H. Hülskath, Akademisches Lehrkrankenhaus Bergisch-Gladbach
Corpo administrativo: V. Dreyer, P. Dreyer, M. Hafner, K. Jetz, Th. Nebois, L. Müller,
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