Revista

BRASIL-EUROPA

Correspondência Euro-Brasileira©

 

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Título e coluna lateral. imagens de Paul Marcoy (http://www.revista.akademie-brasil-europa.org/CM07-01.htm). No texto: mapa de Wilhelm Sievers, Süd-und Mittelamerica, 2a. Aufl., Leipzig e Viena: Bibliographisches Institut 1903) e artigos dos Westermann's Monatshefte.


 

Revista Brasil-Europa - Correspondência Euro-Brasileira 141/10 (2013:1)
Prof. Dr. A.A.Bispo, Universidade de Colonia
Dr. H. Hülskath e Comissão especializada

Organização de estudos de processos culturais em relações internacionais (reg. 1968)
- Academia Brasil-Europa -
e institutos integrados


© 1989 by ISMPS e.V. © Internet-edição 1998 e anos seguintes © 2013 by ISMPS e.V. Todos os direitos reservados
ISSN 1866-203X - urn:nbn:de:0161-2008020501

Doc. N°2966




Do Purus na ligação do Peru ao Atlântico através do Brasil
na sua recepção na Alemanha do século XIX
O livre comércio como constante na história das relações entre a Alemanha e os países latino-americanos.
Relendo textos de Adolf Glaser (1829-1915) II

Alemanha-Brasil
Diálogos de Berlin-Charlottenburg pelos 30 anos do simpósio euro-brasileiro de renovação dos estudos da emigração alemã ás Américas
no ano da Cumbre Unión Europea-CELAC 2013

 

Em ano dedicado primordialmente às relações entre a Alemanha e o Brasil nos estudos euro-brasileiros (http://revista.brasil-europa.eu/141/Brasil-Alemanha-2013.html), surge como oportuno recordar o interesse alemão pela Amazônia nos anos 60 do século XIX. Sob vários aspectos iniciou-se então um processo que tem prosseguimento até o presente e trazê-lo à memória surge como pressuposto para analisar a sua inserção em contextos internacionais.

Os observadores alemães tiveram a consciência do significado do desenvolvimento que então se iniciava com a abertura do Amazonas e de seus afluentes à navegação comercial de todas as nações e que representava para o mundo um novo Descobrimento, o de uma imensa região desconhecida, de imensas riquezas naturais, agora à disposição do livre trânsito e comércio, de explorações, especulações e povoamento.

Em publicação de divulgação popular de conhecimentos, os Illustrirten Deutschen Monatshefte, um "livro para famílias" dedicado à vida intelectual do presente, redigido por Adolf Glaser (1829-1915), os rios da Amazônia foi alvo de artigos que até hoje não receberam a atenção que merecem. Esses artigos testemunham a atenção com que as viagens de exploração da região passavam a receber na Alemanha após ter-se conhecimento da intenção do Brasil em abrir a região à navegação comercial das nações. ( http://revista.brasil-europa.eu/141/Alemanha-Brasil-Abertura-do-Amazonas.html)

Um dos rios particularmente considerados nessa publicação foi o Purus. ("Der Purus-Strom", Westermann's Jahrbuch der illustrirten deutschen Monatshefte: Ein Familienbuch für das gesammte geistige Leben der Gegenwart 21 (October 1866- März 1867), Braunschweig: George Westermann 1867, 440-441).

A ligação de regiões peruanas com o Atlântico. Esperado significado do Purus

O texto demonstra os estudos feitos por Adolf Glaser para redigí-lo e documenta, como outros artigos, o quanto se tomava consciência, na Alemanha, da falta de conhecimentos não apenas sôbre o Amazonas, como também a respeito dos muitos rios da região, muitos deles maiores do que os mais importantes rios da Europa.

Glaser inicia assim o seu artigo recordando o grande número de afluentes do Amazonas e que muitos deles não tinham apenas significado para o Brasil.

Glaser salienta assim um fato de grande importância para estudos de relações internacionais na América do Sul sob a perspectiva de interações de processos atlânticos e interamericanos. Êle traz à consciência dos leitores que regiões do leste de países do Pacífico, nomeadamente do Peru e do Equador, eram separadas do oceano pela cordilheira dos Andes.

Essas regiões, para terem acesso ao oceano e serem alcanças pela navegação comercial européia, precisavam ser consideradas a partir do vale do Amazonas. O estabelecimento de elos com o Atlântico surgia assim como tarefa de significado para vários países. Tinha-se contado até então com o Purus como a via fluvial que possibilitaria tal ligação das regiões peruanas com o Atlântico e, assim, com a Europa.

"O Amazonas, que na sua boca tem 40 milhas alemãs e cuja correnteza pode ser percebida no oceano ainda à distândia de 44 milhas, recebe ca. 60 afluentes, dos quais cada um é tão grande como o Danúbio. Muitos deles podem vir a ser de grande significado não só para o Brasil mas também para as partes orientais do Peru e do Equador que, devido à barreira dos Andes separados do Pacífico, precisam de uma ligação com o Oceano Atlântico. Sob este aspecto contou-se em particular com o Purus, que se despeja no Amazonas ca. 240 milhas alemãs acima da embocadura do grande rio." (loc.cit.)

Estado do saber sôbre o Purus: conhecimentos locais e explorações

Transmitindo dados da literatura consultada, Glaser lembra alguns fatos relativos ao alcance de conhecimentos sobre o Purus.

O rio não era desconhecido em grande parte, uma vez que era navegado por comerciantes brasileiros. Estes não tinham encontrado obstáculos à navegação, o que prometia que o Purus pudesse tornar-se a esperada via de interligação.

Para além dos conhecimentos de comerciantes locais, o Govêrno brasileiro passara a fomentar explorações sistemáticas. Glaser menciona trabalhos de Manoel Urbano, de 1860, um empreendimento que merece particular atenção dos estudos culturais por ter sido conduzido não por um cientista, mas por um conhecedor das condições locais e que, conhecendo idiomas indígenas, pôde estabelecer contatos e cooperações. O interesse teria sido nessa época sobretudo o de verificar se havia de fato uma suposta ligação entre o Purus e o Madeira.

"Comerciantes brasílicos do Amazonas já tinham navegado por uma considerável parte do Purus sem encontrar qualquer obstáculo. Recentemente, também o Govêrno brasileiro ordenou viagens exploratórias. A primeira foi realizada em 1860 sob a direção de Manoel Urbano, um mulato de pouca formação, mas com grande natural entendimento. Com tato, diligência e coragem alcançou grande influência sobre os índios e conhecia o idioma de muitas tribos. O principal objetivo da sua viagem foi o de adquirir certeza se realimente havia uma ligação entre o Purus e o grande rio Madeira, do qual se afirmava que existia acima das correntezas do último. Urbano convenceu-se que essa ligação era fabulosa." (loc.cit.)

Dando continuidade à história da exploração do Purus, Glaser menciona uma expedição realizada em 1862, à qual o Govêrno concorreu com um vapor colocado à disposição. Percorrendo grande extensão do rio, sem encontrar obstáculos, constatou-se as vantagens que oferecia à navegação. Por falta de aparelhagem e de orientação científica, porém, não se fizeram trabalhos astronômicos, de modo que, no meio da floresta, em região plana, pouco se pode constatar quanto a orientações.

"Em 1862, realizou-se uma expedição maior, à qual o Govêrno brasileiro colocou um vapor à disposição. Alcançou-se porém muito pouco e não se fez nem uma só observação astronômica. O vapor navegou o Purus 1809 milhas alemãs e não encontrou em nenhuma parte uma profundidade menor do que sete e meia Faden." (loc.cit.)

Essa série de tentativas de pouco sucesso foi prosseguida com um empreendimento mais feliz, a do inglês William Chandless. Diferentemente das anteriores, foi essa um empreendimento particular e de estrangeiro. Com um barco fretado em Manaus e com indígenas bolivianos, Chandless iniciou a sua viagem em 1864, retornando no início de 1865 à capital do Amazonas. Nesses meses, chegou quase a alcançar as fontes do rio. Muito melhor preparado e dispondo de aparelhos, realizou mapeamentos precisos e levantamentos topográficos. Uma cópia desses trabalhos enviou à Sociedade Geográfica de Londres, o que garantiu que fossem conhecidos pelos cientistas britânicos e divulgados em revistas científico-culturais.

"A terceira e a mais importante viagem foi feita pelo inglês Chandless à própria custa. Na cidade Manaos no Rio Negro alugou um barco aberto com uma tripulação de índios da Bolívia e comecou a sua subida no dia 12 de junho de 1864. Conseguiu quase chegar às fontes dao rio; em fevereiro de 1865 já se encontrava de novo no Amazonas. Bem equipado com instrumentos astronomicos e de medições topográficas, realizou um mapa do rio com precisão, do qual enviou uma cópia à Sociedade Geográfica de Londres. O comprimento do rio, da sua desembocadura até o ponto alcançado por Chandless é de 415 milhas alemãs." (loc.cit.)

Novos conhecimentos divulgados a partir da expedição de Chandless

Certamente com base nas referências publicadas em revistas européias da época, Glaser oferece uma descrição do Purus e os resultados da expedição de Chandless. Registra que este pôde constatar ser errônea a suposta ligação do Purus com o Madre de Dios. Na região mais próxima das fontes, Chandless encontrou grupos indígenas isolados que ainda não conheciam o uso de instrumentos de metal.

"O Purus tem um curso extraordinariamente serpenteado, que não é interrompido em nenhum ponto por corredeiras. Ele flui por uma planície rica, coberta densamente com grandes árvores, de modo que Chandleß não pode em nenhum lugar ter uma visão geral da região. A suposição de que o Madre de Dios, tamém chamado de rio sul-peruano é identico com o curso superior do Purus mostrou-se errônea. A fonte do Purus encontra-se dois graus mais a norte do que o ponto mais próximo tocado pelo Madre de Dios. Os pequenos grupos indígenas, que vivem nas proximidades da fonte nem nunca tiveram contato com as tribos semi-civilizadas mais abaixo e trabalham ainda com machados de pedra. Possuem cães, mas não aves. Tapirs são  muito numerosos nessas regiões distantes. Eles parecem mais se surpreender ao ver os viajantes do que cairem em temor e distanciam-se em geral apenas quando estes a êles se dirigem." (loc.cit.)

Planos para uma nova expedição ao Aquiro e novas expectativas de interligação

Somente nessa região do alto Purus, quando é formado por dois rios que nele confluem é que Chandless encontrou obstáculos à navegação. Numa próxima viagem, o pesquisador inglês pretendia verificar se o Aquiro tinha uma ligação com o Madre de Dios. Apenas nesse caso haveria realmente a possibilidade do rio tornar-se via de comunicação de utilidade para os indígenas dos vales povoados peruanos.

"Aqui no território das fontes, a saúde começou a ser atacada e a metade da tripulação adoeceu em febre. Nas proximidades das fontes unem-se dois rios de similar tamanho. Eles são os rios de origem do Purus. Chandleß subiu ambos. Encontrou-os cobertos de pedras e corredeiras. No ponto mais alto que alcançou no braço norte, o rio tinha em média ainda 40 braços de largura e a fonte encontrava-se provavelmente ainda há quatro milhas alemãs. Esse ponto mais distante por êle alcançado encontra-se sob 10 graus 36 Min. 44 Sec. da latitude sul, 72 graus 9 Minutos de longitude ocidental e tem uma elevação do mar de 1088 pés. Chandleß prepara-se agora para uma segunda viagem para averiguar se o Aquiro, um afluente ao sul do Purus, possui ligação com o Madre de Dios. Apenas se esse for o caso poderá o Purus tornar-se útil para os vales povoados do Peru, ainda que o seu curso cheio de curvas diminua o seu valor. Que êle é navegável até os dois rios que o formam, isso Chandleß tirou todas as dúvidas." (loc.cit.)

O Purus no Brasilien de J. G. Wappäus

Alguns anos após a publicação desse artigo de Glaser, uma súmula dos conhecimentos sôbre o Purus trouxe o livro de J. G. Wappäus publicado no "Manual de Geografia e Estatística" em Leipzig, obra magna para os estudos e a divulgação de conhecimentos relativos ao país. (http://www.revista.akademie-brasil-europa.org/CM15-02.htm)

Mais uma vez são salientadas as expectativas que durante muitos anos houve a respeito do interesse comercial do Purus caso possibilitasse de fato elos com outros rios da região. Lembra-se da hipótese de haver uma ligação com o Madeira, demonstrada como falsa, assim como os esclarecimentos trazidos pelas explorações de Chandless. Tomando conhecimento das suas muitas curvas e outras dificuldades, o leitor ganha a impressão que o Purus representou uma das grandes esperanças frustradas de estabelecimento de vias de comunicação e comércio do século XIX.

"O rio Purus é o maior afluente que o Amazonas recebe no trecho em que é chamado de Solimões e que já vem despertando há longo tempo o maior interesse comercial e econômico pois era-se da opinião que se encontrava ligado ao Rio Madeira e parecia ser provável ser o mesmo rio que sob o rio Madre de Dios no Peru nasce em Carabaya nos Andes. A primeira suposição foi provada como errônea por uma expedição brasileira em 1860 e desde então o inglês Chandless, de 24 de junho de 1864 a fevereiro de 1865 realizou um exame de todo o rio Purus e é certo que esse rio já termina há dois graus de latitude ao norte do Madre de Dios e tem as suas fontes em meio de florestas. O seu curso, que é muito cheio de curvas e de cataratas, atravessa uma planície aluvial rica que é coberta de florestas tão altas e densas que de nenhum ponto pode-se avistar as terras circundantes. Não longe de suas fontes o Purus recebe dois afluentes de quase igual quantidade de água e que foram navegados por Chandless, encontrando-os porém cheios de rochas. No ponto mais extremo que alcançou no ramal mais a norte, o rio tinha uma larguera de ca. de 40 jardas e o viajante estimou a distância de sua fonte a partir daí em menos de 20 milhas inglesas.(...)" (J. G. Wappäus, Brasilien in Handbuch der Geographie und Statisk, Leipzig: Hinrichs'schen Buchhandlung 1871, pág. 1238-1239)

Purus na "América do Sul e Central" de Wilhelm Sievers

Na segunda edição, ampliada e reelaborada da Allgemeine Länderkunde de Wilhelm Sievers, pode-se constatar o considerável aumento de conhecimentos a respeito do Purus em obras de Geografia em alemão pela passagem do século (Wilhelm Sievers, Süd-und Mittelamerica, 2a. Aufl., Leipzig e Viena: Bibliographisches Institut 1903).

"Os rios que correm entre o Ucayali e o Madeira são típicos rios de baixadas com correntes lentas, água negra e ampla navegabilidade quase que até as fontes, que de todos se encontram nas pré-alturas das cordilheiras, os assim chamados Andes Conomanas, em 350 m de altitude. Conta-se entre êles o Javary ou Jacaranda, o Jutahy, o Juruá e o Purus. Enquando porém o Javary, rio de fronteira que desemboca cerca de Tabatinga e o Jutahy descrevem simples arcos e quase que não recebem afluentes, o Juruá e o Purus consistem de sistemas fluviais de equilibrada constituição, no qual cada um deles possui um importante afluente direito, o Juruá o Tarauacá, o Purus o Acre ou Acquiry. Ambos são navegáveis por vapores quase que até às fontes, pois têm água suficiente e esta na maior parte, ao contrário dos outros rios do Amazonas, concentra-se num canal. Os cursos dos rios possuem porém muitos serpenteados, de modo que o comprimento do Purus de 1500 km chega a 3000 km; a sua profundidade, abaixo da confluência do Acre, é de 16 m, a largura de 300 m, a altura de nível até 18 m. Os rios mudam frequentemente as suas margens, tirando terra dos lados côncavos e levando-a aos convexos, ou  cortando-as em tiras. Da esquerda aflui no Purus o Tapaua, e da direita, o Paranapiruna, o Mucuim e o Itury mostram o caminho ao Madeira, com cujos afluentes se unem à época das chuvas. Antes da desembocadura do Paranapiruna ou Capauá, o Purus forma uma grande ilha e se despeja então com um delta no Amazonas. A paisagem do Purus é segundo P. Ehrenreich de opressora monotonia, nada mais do que água e floresta. "Em incontáveis curvas" o rio amarelo-lama corta a planícia, carregando abaixo massas densas de capim e enormes troncos, perigosos à noite mesmo a navios maiores." No curso inferior, a terra e na sua maior parte baixa, e só cerca de Labrea surge terra mais alta às margens, a "terra firme" dos brasílios." (op.cit.152)

Apresentando um histórico das explorações do Amazonas desde Spix e Martius (1819) a partir do Pará, passando por. Pöpping (1831-32), Smyth e Lowe (1835-36) e Castelnau (1847), que desceram do Peru, pelos ingleses Wallace desde 1848  (bis 1852) e H. W. Bates (bis 1859), lembra do início da exploração sistemática dos cursos desde 1862 por Azevedo e Pinto e W. Chandless, considera deste último não apenas a viagem ao Purus de 1864-65, como também ao Acre (Acquiry 1866), Juruá (1867) e aos rios entre o Madeira e o Tapajós (1868) e do Beni (1869).

Das expedições posteriores, cita a do americano James Orton, que pesquisou os afluentes peruanos e equatorianos do Amazonas, em particular o Napo (1873) e o admiral Tucker, que procurou esclarecer o sistema do Ucayali (1868-74). A obra salienta o significado da década de 70 para a pesquisa do território do Amazonas.

Nos anos de 1875-76, G.Church explorou novamente o Madeira e o Purus, em parte acompanhado pelo pintor de paisagens Keller-Leuzinger. Em nome do govêrno inglês, o geólogo C. B. Brown percorreu o Amazonas e os seus afluentes a sul, e, em 1878, T. O. Selfridge realizou registros do Rio Madeira até à cachoeira Teotonio. Também do Alto Madeira começou a ter-se mais conhecimentos nessa época.

O rio Beni, apenas explorado em parte por Orton, foi percorrido por G. Heath de Reyes. Ao mesmo tempo, as atenções dirigiram-se aos afluentes a norte do Amazonas, que em parte ainda não eram conhecidos. Em 1875, o Iça ou Putumayo, foi percorrido pelo colombiano Reyes, em 1876 por um vapor por A. Simson; registrado foi apenas por Jules Creveaux, que desenvolveu uma intensa atividade de exploração no Amazonas. (op.cit. págs. 28 e 29)

Cíclo de estudos sob a direção de
Antonio Alexandre Bispo


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Indicação bibliográfica para citações e referências:
Bispo, A.A. "Do Purus na ligação do Peru ao Atlântico através do Brasil na sua recepção na Alemanha do século XIX. O "livre comércio" como constante na história das relações entre a Alemanha e os países latino-americanos. Relendo textos de Adolf Glaser (1829-1915) II". Revista Brasil-Europa: Correspondência Euro-Brasileira 141/10 (2013:1). http://revista.brasil-europa.eu/141/Alemanha-Peru-Brasil-Rio-Purus.html