Verona-Macau-Malaca-Santos: Canossianas

ed. A.A.Bispo

Revista

BRASIL-EUROPA 167

Correspondência Euro-Brasileira©

 

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Malaca. Foto A.A.Bispo 2017. Copyright


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Malaca. Fotos A.A.Bispo 2017©Arquivo A.B.E.

 


A.A.Bispo
N° 167/12 (2017:3)

Cultura espiritual e atribuições de valores e características aos portugueses
na imagem da pátria virtual dos moradores do
Chão di Padre
Herança da Restauração na assistência e no ensino
Canossianas: Verona-Macau-Malaca-Santos

Pelos 20 anos de encontro euro-brasileiro no Instituto Inter-Universitário de Macau
e dos 70 anos da vinda de Canossianas a Santos

 

No âmbito dos estudos realizados pelo ISMPS em Hong Kong e Macau por motivo da passagem desses territórios à China, em 1996/1997, em particular em encontros na Diocese em cooperação com Instituto Inter-Universitário de Macau - hoje Universidade de S. José - considerou-se, entre outras questões, o papel desenvolvido por ordens religiosas em processos religioso-culturais de comunidades asiático-portuguesas no Oriente.

Considerou-se, então, ser um êrro dirigir a atenção apenas ao papel de missionários à época dos primeiros encontros, conquistas, estabelecimentos e formação de comunidades nos séculos XVI e início do XVII.

Também a ação de ordens religiosas nos séculos posteriores, mesmo em regiões não ou não mais sob a jurisdição portuguesa deve ser considerada com atenção. Elas marcaram desenvolvimentos religioso-culturais de grupos populacionais, determinaram, com a sua cultura espiritual, orientação teológica, história, objetivos e práticas, diferenças e transformações que se fazem sentir nas suas consequências até o presente.

Seria também um procedimento questionável projetar situações culturais atuais, observadas empiricamente, indiferenciadamente àquelas dos primeiros séculos luso-asiáticos.

Importante é sobretudo considerar que as diferentes ordens religiosas se inseriram em tradições e contextos de sua época, foram marcadas por necessidades, visões e concepções que devem ser estudadas adequadamente nos seus fundamentos e nas suas transformações através do tempo.

Apesar de todos os elos de continuidade determinados pela sua origem, história e tradição, essas mudanças decorreram não só na Europa como também a partir dos locais de sua ação, onde tiveram que adaptar-se às condições existentes, levando a interações de processos em andamento em dimensõe globais.

Ordens femininas em processos culturais: Canossianas na Ásia e no Brasil

Nos diálogos de 1996/1997 na Diocese de Macau, salientou-se a necessidade de uma maior atenção à ação de ordens religiosas femininas, de ordens remontantes à vida, à ação e à exemplaridade de fundadoras e, em geral, ao papel da mulher na história religioso-cultural, na vida de comunidades, na vida quotidiana e na formação de gerações no Oriente nas suas interações com o Ocidente.

Os estudos de processos culturais, que incluem necessariamente análises de natureza demopsicológica e da história das mentalidades, não podem deixar de considerar a influência da cultura religiosa das diferentes congregações femininas nas sociedades em que atuaram.

Nesse contexto, entre outras congregações, lembrou-se do papel caritativo e educacional desempenhado pelas Canossianas junto aos pobres, necessitados e abandonados em várias regiões, em particular a crianças e que marcou com a sua particular tradição, vivência e expressões de espiritualidade a vida, a psique e a mentalidade de amplos grupos populacionais em intensidade até hoje insuficientemente considerada.

Essas religiosas atuam desde 1860 em Hongkong e desde 1874 em Macau.

As Canossianas - assim como os Canossianos - estão também presentes no Brasil em várias cidades, em particular no Estado de São Paulo. Criam pontes com o Oriente, em especial com populações de descendência portuguesa de vários países.

Em 2016, a história e o presente dos Canossianos voltou a ser mais amplamente lembrada com os festejos do jubileu dos religiosos Canossianos no Brasil (1966-2016), celebrado principalmente na cidade de Araras. Em 2017, transcorrem os 70 anos da vinda das Canossianas a Santos.

Considerar os fundamentos da ação dos religiosos que dão continuidade à obra de sua fundadora, Magdalena Gabriella de Canossa (1774-1835), aristocrata de Verona, assume relevância para os estudos de processos culturais e atualidade sob diferentes aspectos.

Magdalena de Canossa e a tradição de Verona: Zeno, „o bispo mouro“

Os ciclos de estudos levados a efeito pela A.B.E. em Verona, em 2015. (Veja) dirigiu a atenção aos pressupostos culturais que contribuem à compreensão da vida de Magdalena Gabriella de Canossa (1774-1835) e da orientação do movimento por ela iniciado e que seria de tão grande significad
Verona. Foto A.A.Bispo 2015. Copyright
o para as comunidades asiáticas, em particular luso-asiáticas.

Entre os principais monumentos procurados por visitantes de Veneza - sobretudo a Arena (Veja) e a casa de Julieta e Romeu (Veja) - salienta-se a catedral-basílica de S. Zeno como um dos mais importantes monumentos do patrimônio arquitetônico da cidade, da Itália e da Europa. Se a Arena traz à memória um passado romano visto como marcado por interesses materiais e que levaram ao embrutecimento do homem, se o romance de Romeu e Julieta celebra o amor, o padroeiro da cidade é venerado pelo seu amor no sentido mais amplo do termo, da caridade no viver junto aos pobres e na liberdade e alegria que a superação da escravidão à matéria pode trazer.

Foi no bairro de S. Zeno que sobretudo atuou a marquesa Magdalena de Canossa, ali fundando, em 1808, um orfanato para o abrigo e ensino de crianças
desamparadas, a origem da futura congregação.

Zeno, nascido na Mauritânia, foi o oitavo bispo de Verona, morto no ano de 380. Assim como outros antigos santos, os dados históricos a respeito da vida de Zeno são parcos e muito do que a tradição transmite pode ser visto como atualizações de aspectos de um sistema de imagens de natureza antropológica em determinado contexto histórico.

Designado como „bispo mouro“, Zeno é representado como sendo um homem de tez escura nas suas imagens. Insere-se, assim, na simbologia da cor de pele negra que marca muitos vultos, masculinos e femininos da hagiologia e que merece ser estudada não apenas sob o aspecto da facticidade histórica ou de interpretações étnicas ou raciais, mas sim e sobretudo sob o aspecto imagológico
de antigas concepções.

Como fundamento dessa imagem do homem tem sido estudada a tripartição que tem a sua expressão na imagem dos três magos ou sábios do Oriente que, após terem venerado a Sabedoria, recuperaram a posição perdida na queda de Adão do Paraíso, readquiriram simbolicamente a coroa e retornaram como reis em alegria. Neste contexto, a figura de Baltasar tem recebido particular atenção nos estudos culturais euro-brasileiros desenvolvidos desde meados dos anos de 1970 em Colonia, cuja catedral guarda um relicário dos Reis Magos. (Veja)

Trata-se, também no caso de Zeno, da concepção de um homem que teria tido elevada cultura - proveniente de uma região marcada por antiga erudição - mas que passou a levar uma vida simples e austera como pescador, empenhando-se tanto no combate tanto de resquícios da antiga religião como no de movimentos considerados como heréticos. A alegria decorrente dessa condução de vida entre os modestos pescadores expressa-se na face risonha que caracteriza as suas imagens: é o São Zeno que ri.

Lembrando uma época revolucionária e de guerras em
Verona

O caminho de vida de Magalena de Canossa e a orientação da sua futura congregação podem ser compreendidos a partir de sua própria infância, de sua formação na atmosfera católica de Verona e da situação social difícil criada pelas batalhas entre a França e a Áustria na região norte-italiana da época de Napoleão. (Veja)

Tendo perdido cedo os seus pais, de profunda religiosidade, a aristocrata pensou inicialmente tornar-se carmelita. Uma vida contemplativa pareceu-lhe porém não corresponder às exigências do tempo. Justamente foi Verona uma das cidades envolvidas nos conflitos entre as forças francesas de Bonaparte e as austríacas, causando grande número de feridos e levando a graves consequências sociais.

Sobretudo após a batalha de Arcole, em 1796, a cidade foi assolada por conflitos e dominação alternada de forças francesas e austríacas. Rebeliões contra os franceses de veroneses foram combatidas com violência. Os exércitos austríacos, em fuga, retiraram-se ao Trentino e, em parte, a Peschiera. Em perseguição, Bonaparte entrou no territorio de Veneza e ocupou Verona. Imigrados
franceses do Ancien Regime, entre êles futuro Luís XVIII da França, (Veja) ali exilado desde 1794, foram obrigado a abandonar a cidade.

Também havia na cidade, sobretudo nos meios mas simples da população e entre as famílias que tinham perdido filhos na guerra, tendências revolucionárias. Os conflitos tiveram relações com a religião; ao contrário dos austríacos, que eram profundamente católicos, os franceses e os jacobinos locais mantinham distância quanto ao culto.

Em 1797, houve violentos conflitos gerais na população, que terminaram com a derrota de Verona e forneceram motivos para a invasão de Veneza por Bonaparte com o argumento que nos hospitais venezianos os soldados feridos eram maltratados.

No seu retorno a Verona, em 1797, Napoleão estabeleceu-se no Palazzo Canossa, quando teria então
tido ocasião de constatar a religiosidade de Magdalena de Canossa. Após o Tratado de Campoformio nesse ano, os austríacos retornaram a Verona, e o Palazzo Canossa passou a ser sede do govêrno.

Em 1801, Verona foi dividida em duas partes, uma dominada pelos austríacos, outras pelos franceses, sendo a primeira marcada pelo fomento do culto e da religião, a segunda pela restrição de atos religiosos e mesmo de secularizações de igrejas. Em 1805, a cidade passou a fazer parte do Reino Itálico, fase na qual criaram-se instituições de amparo a mendigos e a idosos desamparados, escolas para crianças e jovens.

É nesse contexto histórico que deve ser considerada a orientação de vida e as ações de Magdalena de Canossa. Após a experiência no amparo de necessitados em hospitais venezianos, a sua ação em Verona voltou-se sobretudo ao amparo a crianças de ruas e a jovens. Tornou-se exemplo de uma dama de sociedade que, partindo inicialmente de ações de benemerência, reconheceu a exigência de abandonar a sua posição social privilegiada, entregando-se completamente à ação direta entre os necessitados, procurando-os nas suas moradias e mesmo em regiões insalubres.

As origens da obra que criou deve portanto ser estudada no âmbito das tensões entre revolução e restauração, assumindo, neste sentido, atualidade para os estudos de processos culturais à luz de desenvolvimentos sociais e político-culturais do presente. 

É significativo que, essa dama profundamente católica tenha sido apoiada pelo Imperador Francisco I da Áustria (1768-1835), o pai da Arquiduquesa Leopoldina (1797-1826), primeira imperatriz do Brasil. Insere-se, assim, na história da Restauração Européia.

Canossianas ao arquipélago malaio - iniciativa portuguesa

Se a ordem nasceu na Itália, a sua ação no arquipélago malaio deveu-se em grande parte à iniciativa portuguesa através de D. Antonio Joaquim de Medeiros (1846-1897).

Esse prelado desempenhou relevante papel na história mais recente do Catolicismo nessa região do globo, atuando em diferentes regiões, tais como Goa, Macau, Timor e, em Malaca, na comunidade de São Pedro. Aqui, a sua atenção foi despertada para a situação precária de vida dos pescadores malaio-portugueses, dispersos pelas costas.

Fomentando o trabalho das irmãs canossianas, D. A. J. de Medeiros teve a intenção primordial de amparar e educar a meninas pobres.

O trabalho em Malaca do que veio a ser Malaysian Canossian Daughters of Charity teve início com a vinda de cinco religiosas em 1905, provenientes de diferentes países: Luigia Spazzini, da Itália, Catherine McBean e Felicia Victor, de Macau e Ermelinda Rozario, esta da comunidade portuguesa de Singapura.

Entre os desfavorecidos da região encontravam-se sobretudo descendentes dos antigos portugueses, moradores também ali em regiões insalubres. Dando continuidade aos objetivos da fundadora, passaram a empenhar-se no oferecimento de ensino escolar a crianças pobres e à catequese. Esse apoio às crianças e aos jovens desamparados representavam também um apoio às mulheres malaio-portuguesas.

Seguindo o exemplo de Magdalena de Canossa, dedicaram-se também ao desenvolvimento de valores espirituais e de sensibilização de mulheres de posição mais privilegiada para com os pobres, fomentando ações não só beneméritas, mas contribuindo a que saíssem de suas esferas reservadas e protegidas, superando fronteiras sociais na assistência direta nas áreas de moradia de pobres em exercício mais pleno do amor caritativo.

Estabeleceram-se em Banda Hilir, dando início a uma escola mixta em Tengkera. A casa onde se estabeleceram passou a ser conhecida como Portuguese Convent, tendo sido o edifício, dedicado ao Sagrado Coração, consagrado pelo açoriano Dom José da Costa Nunes (1880-1976), em 1937, bispo de Macau (1920-1940), uma época em que já se encontrava em instalação o Portuguese Settlement com o apoio da Missão Católica Portuguesa.

Sendo o assentamento malaio-português resultado de esforços missionários que procuraram criar unidade entre os pescadores malaio-portugueses dispersos pela costa a partir de valores humanos na tradição católica, compreende-se o significado da educação e do ensino.

Escola no Portuguese Settlement na rêde de instituições canossianas

Em 1968, as Canossianas de Banda Hilir instalaram no Settlement uma escola para cursos de grau secundário. Inicialmente, ali se ofereceram aulas para os anos mais avançados, complementando aqueles predominantemente do primário e dos primeiros anos do secundário do Portuguese Convent de Banda Hilir. Desde 1984, todo o secundário é ali oferecido a várias centenas de jovens que fizeram o primário na escola do Convento do Sagrado Coração em Banda Hilir.

A rêde canossiana aumentou consideravelmente no decorrer das décadas. Além daquelas de Singapura com o importante convento canossiano de Santo Antonio de Singapura e o de Malaca, criaram-se estabelecimentos em Kluang (1950), Segamat (1956), Jinjang (1961) e Sungai Siput (1984).

A história da ação canossiana na Malásia é estudada pelas próprias religiosas, que, em 2015, por ocasião da comemoração dos 110 anos, realizaram uma exposição de materiais documentais no convento da Banda Hilir.

Paralelos com a ação das Canossianas em Santos

Se já na sua aparência urbana e no seu meio natural o Portuguese Settlement muito lembra regiões à beira-mar da baixada santista (Veja), as dimensões mais profundas desses paralelos derivam da presença das religiosas Canossianas nos dois contextos.

Também a vinda dessas religiosas para Santos, em 1947, foi motivada pela situação de penúria que dominava entre os portuários, muitos deles portugueses e de origem portuguesa, moradores em grande número no morro de Nova Cintra. Essa situação marcada por necessidades agravara-se com a decadência econômica que já se iniciara com a crise nas exportações de café em 1929.

Também em Santos foram mulheres de situação social e econômica mais elevada que se empenharam em atos caritativos e de distribuição de sopa aos pobres. Maria Luiza de Cunha Magalhães, que assumiu a direção desse assim-chamado „Prato de Sopa“, ofereceu espaços da sua sede para que nele se instalassem religiosas canossianas que chegaram da Itália, nele atuando até 1967.

A cultura espiritual canossiana e suas consequências

A espiritualidade canossiana tem influência na cultura do Portuguese Settlement, o que se revela na auto-imagem da comunidade e é constatada por observadores externos. Percebe-se, aqui, os resultados da ação de religiosas que fomentaram valores como espírito de caridade, doçura, mansidão, humildade, zêlo e fortaleza, amabilidade, generosidade e paciência.

A consideração do acento dado à felicidade por parte dos malaio-portugueses do assentamente e em textos - mesmo de pesquisadores - deve ser feita em grande parte sob o signo do conceito condutor das canossianas: a caridade.

Entretanto há uma situação singular que merece ser registrada e considerada com mais atenção. Esses valores, modos de vida e de atitude passaram a ser considerados como tipicamente portugueses.

Não considera-se, nessa atribuição, que foi na situação social de desamparo, de miséria e de abandono de crianças e necessitados do período revolucionário na Itália e em cidade já marcada por uma exemplaridade de vida na imagem de S. Zeno que nasceram as linhas condutoras de ações que determinaram posteriormente a ação de religiosas canossianas no arquipélago malaio.

Tende-se a projetar uma cultura espiritual desenvolvida nessas condições à um modo de ser essencialmente português, o que contribui ao carisma do Portuguese Settlement.

A idealização histórica dessa pátria longínqua e virtual dos malaio-portugueses favorece que se projete esses valores humanos e atitudes ao passado do século XVI e XVII.

Esquece-se, porém, que os portugueses dessa época de audaciosas viagens, de conquista, de combate ao Islão e de defesa possuiam uma cultura espiritual com outras características, com outras orientações e pesos teológicos, de culto e de prática religiosa. Dificilmente poder-se-ia atribuir a vultos de militares e navegadores como Afonso de Albuquerque (1453-1513), apesar de todo o seu Catolicismo, qualidades como doçura, mansidão e amabilidade!

Há outro aspecto que mereceria ser considerado quanto a consequências culturais das atividades canossianas.

A ação de sua fundadora, voltada à vida ativa junto a necessitados, ao amparo e à educação não poderia deixar de diferenciar-se de ordens nas quais a prática de coro, das horas de ofício, o cultivo do Canto Gregoriano e, em geral, o cuidado pela solenidade do culto constituiam elementos constitutivos.

Já no século XVI, os Jesuítas haviam pedido dispensa da prática de coro para o uso do tempo para as suas atividades de militância.

Como vem sendo discutido em diferentes ocasiões e considerado no Pontificio Istituto di Musica Sacra em seminários levados a efeito por ocasião da fundação do ISMPS (1985), esse direcionamento da atenção implica numa menor valoração do canto como parte integrante do culto, assim como outras formas de expressão artística.

Música, dança e outras expressões culturais passam a ter uma função instrumental a serviço da atração, da catequese e da criação de valores emocionais e afetivos na comunidade. Há assim o risco de fomento de formas de expressão exteriorizadas, entusiásticas ou emocionalmente tocantes, mais marcadas por sentimentalidade ou espetacularidade, distantes de intenções de natureza qualitativa ou de desenvolvimento de linguagens, formas e estilos. Esse direcionamento da atenção - e não o de colocar a serviço do culto o mais alto que o homem pode oferecer - correria o risco de fomento de mediocridade e levaria a um pauperismo cultural.

Os malaio-portugueses, cuja formação no longínquo passado e cuja agregação no Portuguese Settlement foram marcadas pela ação de Jesuítas, e abrigando no seu centro a escola das Canossianas, não poderiam ter o seu senso diferentemente direcionado.

De ciclo de estudos da A.B.E. sob
a direção de

Antonio Alexandre Bispo



Indicação bibliográfica para citações e referências:
Bispo, A.A..“Cultura espiritual e atribuições de valores e características aos portugueses
na imagem da pátria virtual dos moradores do Chão di Padre. Herança da Restauração na assistência e no ensino.- Canossianas: Verona-Macau-Malaca-Santos“
Revista Brasil-Europa: Correspondência Euro-Brasileira 167/12(2017:3). http://revista.brasil-europa.eu/167/Malaca_Santos_Canossianas.html


Revista Brasil-Europa - Correspondência Euro-Brasileira

© 1989 by ISMPS e.V. © Internet-edição 1998 e anos seguintes © 2017 by ISMPS e.V.
ISSN 1866-203X - urn:nbn:de:0161-2008020501


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Organização de Estudos de Processos Culturais em Relações Internacionais (ND 1968)
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